O amigo Carlos André nos convidou para o aniversário da Tequila, e foi em grande estilo. A abertura foi com um Sol de Sol Chardonnay 2008. Este é considerado um dos melhores Chards chilenos, e eu ainda não o conhecia. O vinho produzido pelas Viña Aquitania tinha notas de abacaxi compotado e melão, com um fundinho tostado. Em boca bastante amplo, mineral e com boa acidez. Um ótimo vinho. Mas confesso que prefiro o Maycas Quebrada Seca, que me lembra mais alguns borgonheses.
E nos tintos, a sequência foi ibérica e muito boa mesmo. Começamos por um Callabriga Douro 2008. Vinho das Casas Ferreirinha, feito com Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Esta última reina no inicio, com notas fortes de violeta. A madeira aparece bem após o descorche, mas com o tempo o vinho foi melhorando bastante, ficando mais harmônico. Notas de cereja e ameixa se destacavam em um fundo especiado. Um bom vinho! No entanto, ficou à sombra, e muita sombra, do próximo apreciado, do mesmo produtor.
Eu não conhecia o danado. Era um Quinta da Leda 2008. Que beleza de vinho! Destaque total! Um equilibrio impressionante. Notas deliciosas de framboesa, ameixa e cassis, em meio a chocolate, leve baunilha, caixa de charuto e café com leite. Em boca, sedosidade pura. Todos ficaram encantados com o vinho, que a meu ver, briga de frente com seu irmão maior Casa Ferreirinha Reserva Especial.
E depois do belo Quinta da Leda, um espanhol de peso: La Vicalanda Gran Reserva 2001. Vinho Riojano produzido pelas Bodegas Bilbaínas. Eu já havia bebido o La Vicalanda Reserva 2004, mas não este top do produtor. Um belo vinho. Aromas de cereja, tabaco e de casca de laranja, e um toquezinho caramelado e de mentol (como bem observado pelo Akira). Em boca, uma ótima acidez e taninos já domados pelo tempo. Não dos mais potentes, e sim, equilibrado. Delícia de vinho ofertado pelo amigo Carlos.
Bem, eu levei o espanhol Casalobos 2005, que não gostei muito. Estava meio sem graça. Fiquei devendo para os colegas um bom vinho.