Nesse final de semana o Akira nos brindou com um belo Palácio da Bacalhôa 2007, o irmão maior do sempre bom Quinta da Bacalhôa. O Palácio é um corte de Cabernet Sauvignon (70%), Merlot (25%) e Petit Verdot (5%), envelhecido por 18 meses em barricas de carvalho Allier e que descansa 12 meses em garrafa antes da comercialização. Este, da bela safra de 2007, tinha belos aromas de café, ameixa, menta, leve apimentado, chocolate amargo e depois de um tempo liberava notas gostosas de amora. Em boca, mostrava juventude, mas já dá grande prazer. É vinho de bom corpo, denso, e com taninos finos. Um belo vinho, e que deve ficar muito gostoso com algum tempo de adega. De qualquer forma, se você não resistir, não deixe de decantá-lo antes de beber. O amigo Carlos André nos levou um Merlot americano que estava bastante fechado, principalmente no começo, quando as notas herbáceas roubavam a cena. Mudou um pouco com o tempo, liberando um pouco de fruta, lembrando groselha, mas a madeira era muito presente. Bem, não fez muito minha cabeça não... Tanto que esqueci o nome! (rs). Qual era Carlão? Saint Andrews ou algo parecido.
Mas o Carlos levou um outro Merlot, o conhecido Marques de Casa Concha 2005, que estava muito bom. Bem, os vinhos desta linha costumam agradar, e o Merlot, em minha opinião, é o melhor deles. Este, de uma bela safra, ainda estava vivão, e o tempo lhe amaciou os taninos de maneira bem correta. Logo que foi aberto já mostrou notas de ameixa e amora, mescladas com notas de café e um tostado na medida, que se mantinha em boca. Mas foi melhorando na taça. Um vinho bem gostoso, redondo e com tudo correto. Para mim, bem melhor que o americano (sorry Carlão!).
Eu levei um que já comentei aqui, o espanhol Emina Prestigio 2006, de Ribeira del Duero. Vinho bom, mas que nesta safra não repetiu o sucesso do 2003, por exemplo, que era mais redondo. Mas depois de um bom tempo aberto mostrou boas qualidades, com notas de cereja e tabaco típicas. Mas eu esperava que ele tivesse melhorado desde o ano passado, quando apareciam notas herbáceas que incomodavam um pouquinho. Elas ainda aparecem.
Bem, a meu ver, a noite foi mesmo do Bacalhôa...
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