Apreciamos dias atrás 3 vinhos completamente distintos, tanto em origem quanto em características de aromas e sabores. O primeiro deles é um já bem conhecido, da vinícola chilena Santa Rita, neste caso o Medalla Real Cabernet Sauvignon 2008. Já comentei aqui sobre o 2007. Este 2008 tem aromas firmes de cassis, ameixa, tabaco e chocolate. Em boca é potente e o álcool aparece um pouco. A madeira aparece mais do que eu desejaria. Um bom vinho, novomundista típico, mas que deixa o meu estômago meio nervoso.
O outro vinho apreciado foi o alentejano Quinta do Carmo 2007. A Quinta foi adquirida em 2008 pela Bacalhôa, e mantém a mesma qualidade de quando era uma joint venture com o grupo Lafite Rothschild. Este Quinta do Carmo 2007 fica no mesmo nível de um Crasto ou um Duas Quintas, sendo talvez até um pouco mais refinado e complexo. É feito com Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon. Possui aromas gostosos de cereja e amora, com um toquezinho de baunilha ao fundo. Em boca, é bem elegante, com tudo em cima. Gostoso o danado. Agrada bem mais meu paladar que o Medalla.
E o terceiro vinho foi um australiano feito com uma uva que eu não conhecia. O Calabria 2008 é feito com a rara Saint Macaire, que foi praticamente extinta em bordeaux e é plantada por Bill Calabria em apenas dois hectares na Austrália. Bill é descendente de uma familia italiana que chegou na Austrália em 1927. A vinícola se chamava Calabria Wines, mas Bill mudou para Westend Estate em 1974. Além do Calabria Saint Macaire a vinícola produz um com a uva italiana Aglianico. Bem, mas vamos ao Calabria Saint Macaire 2008. O vinho tem aromas exóticos. É bastante floral ao nariz, com notas de violetas e pétalas de rosas. Pode-se sentir também aromas de marmelo e baunilha. Em boca, repete o nariz e é seco, com final tânico. É um vinho para envelhecer bastante e com grande aptidão gastronômica. Uma boa surpresa! Para quem quer fugir um pouco dos Syrah australianos.
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