Nessa última semana, desfalcados de Fernandinho e Rodrigo, apreciamos belos vinhos na Confraria. Eu levei um top Chileno, o Domus Aurea 2007, da Viña Quebrada de Macul. Já havia apreciado o 1999 e tinha curiosidade para apreciar este mais novo, para verificar se as características mudaram de lá para cá. E para minha surpresa, não! O vinho foge aquele padrão internacional que fica cada vez mais comum. É vinho com personalidade própria. Diferentemente do de 1999, tinha menos eucaliptol, o que me agradou (embora um pouquinho dele não me incomode). Ao nariz, mostrava de cara notas terrosas interessantes, mescladas a notas especiadas, de tabaco e ótima fruta (cassis e ameixa). Em boca, repetia o nariz e era muito equilibrado, com taninos levemente terrosos. Um belo vinho que ganhei de presente de aniversário dos meus queridos orientados.
O Caião me fez uma homenagem! Como sou fã incondicional de vinhos italianos, e havia acabado de participar do evento do Gambero Rosso, levou um Sassoalloro 2008, de Jacopo Biondi-Santi (vinho que gosto muito! Ver aqui). E estava uma beleza! Notas de cereja preta, amora e chá estava perfeitamente integradas em um vinho musculoso, cheio. Os taninos estavam lá, presentes, como se espera de um bom italiano, assim como uma bela acidez. Vinho que deve ganhar com tempo em adega. Ficou perfeito com a Rabada com Polenta Gratinada! Valeu Caião!
O JP também mandou ver! Levou um excelente Quinta do Carmo Reserva 2008. Belo vinho feito com 40% Aragonez, 20% Cabernet Sauvignon, 30% Syrah e 10% Alicante Bouschet. Eu já apreciei o 2005 e 2007, que me impressionaram positivamente. Este 2008 não ficou atrás. Apesar da juventude, já estava perfeitamente apreciável. O destaque neste vinho é a elegância. Ele é bem aromático, mas sem exageros. Tem um nariz muito complexo, com notas de geléia de amora, Kirsch, violetas e chocolate. Em boca, é sedoso que dá gosto! Uma beleza! Obviamente, agradou a todos.
O Tonzinho levou um de um produtor que estava curioso para conhecer (li sobre ele no Louco por Vinhos, do colega Vitor). Era o argentino Carmelo Patti Cabernet Sauvignon 1996. Isso mesmo: 16 aninhos! E estava inteirão. Aliás, aguentaria mais uns bons anos. Já estava com borra, mas o vinho em si estava perfeito. É completamente diferente de outros Cabernet Argentinos (e chilenos...). Tinha uma cor rubi bonita e apesar da idade ainda mostrava boa fruta. É um vinho bem seco, o que me chamou bastante a atenção. Um bom vinho, diferente das mesmices. O único problema é que tinha ali do lado um Domus... Aí o negócio pega.
Nota pós-postagem: Os vinhos Carmelo Patti estão sendo importados para o Brasil pela Neve Wines.
E para finalizar a postagem, um vinho espanhol de Ribeira del Duero, o Casajus Vendimia Selecionada 2007. O seu irmão menor, Splendore, tem feito sucesso dentro daquela lista de espanhóis que a Grand Cru está trazendo, bem avaliados pelo Mr. Parker. Confesso que gostei mais de eu irmão menor, que era um vinho fácil de beber. Este irmão maior é um pouco enjoativo. Tem um nariz doce, meio licoroso. Em boca até que vai, mas não tem a tipicidade de Ribeira del Duero, de jeito nenhum... Pode ter o seu público, mas não somos nós da Confraria do Ciao. Aliás, nem o Paulão, que o levou, gostou do danado. Mas como eu lhe disse, não foi ele quem o fez... Só levou! Mas se abusar, ganha o troféu Rabo Amarelo este ano.
Nota: Mr. Parker (ou seus pupilos) deram 92 pontos para o Casajus... Será que avaliaram estes vinhos no primeiro de abril?
O Tonzinho levou um de um produtor que estava curioso para conhecer (li sobre ele no Louco por Vinhos, do colega Vitor). Era o argentino Carmelo Patti Cabernet Sauvignon 1996. Isso mesmo: 16 aninhos! E estava inteirão. Aliás, aguentaria mais uns bons anos. Já estava com borra, mas o vinho em si estava perfeito. É completamente diferente de outros Cabernet Argentinos (e chilenos...). Tinha uma cor rubi bonita e apesar da idade ainda mostrava boa fruta. É um vinho bem seco, o que me chamou bastante a atenção. Um bom vinho, diferente das mesmices. O único problema é que tinha ali do lado um Domus... Aí o negócio pega.
Nota pós-postagem: Os vinhos Carmelo Patti estão sendo importados para o Brasil pela Neve Wines.
E para finalizar a postagem, um vinho espanhol de Ribeira del Duero, o Casajus Vendimia Selecionada 2007. O seu irmão menor, Splendore, tem feito sucesso dentro daquela lista de espanhóis que a Grand Cru está trazendo, bem avaliados pelo Mr. Parker. Confesso que gostei mais de eu irmão menor, que era um vinho fácil de beber. Este irmão maior é um pouco enjoativo. Tem um nariz doce, meio licoroso. Em boca até que vai, mas não tem a tipicidade de Ribeira del Duero, de jeito nenhum... Pode ter o seu público, mas não somos nós da Confraria do Ciao. Aliás, nem o Paulão, que o levou, gostou do danado. Mas como eu lhe disse, não foi ele quem o fez... Só levou! Mas se abusar, ganha o troféu Rabo Amarelo este ano.
Nota: Mr. Parker (ou seus pupilos) deram 92 pontos para o Casajus... Será que avaliaram estes vinhos no primeiro de abril?
Tenho aqui um Domus Aurea 2007. Quanto você acha que devo esperar para o vinho estar em seu auge?
ResponderExcluirabraços e parabéns pelo blog
Marcelo
Caríssimo Marcelo!
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita e comentário! O Domus Aurea evolui muito bem. Eu bebi um 1999 no ano passado e ele estava perfeito. Para mim, o 99 já estava em seu auge. É um dos vinhos chilenos de maior capacidade de guarda que conheço. Eu acredito que este 2007 pode ganhar mais complexidade com um ou dois anos de adega (e bem acondicionado, aguenta até 2017 sem problemas). Mas não sei se ele estará em seu auge nestes dois anos. Talvez... No entanto, ele já pode ser bebido agora sem problema algum, pois está ótimo! Ele só pede uma aeração em decanter por um tempo para melhor manifestar suas qualidades. Tenho certeza de que você vai gostar!
Um grande abraço e seja sempre bem-vindo!
Flavio
Flávio, dessa vez vocês se superaram! Parabéns por mais essa degustação.
ResponderExcluirEsse Carmelo Patti 1996 é uma tremenda raridade. E mesmo conhecendo a longevidade do vinho, é incrível que tenha chegado inteiro aos 16 anos.
Para as safras mais recentes, ele começa seco e fica mais suave após 01h ou 01h30min de decanter. Só que fazer isso com um vinho 1996 é grande risco... vai que o vinho morre na sua frente...
Depois me diga se virá até a fronteira em maio mesmo. Tô precisando reforçar alguns estoques tb.
Abç.
Obrigado Vitor! Realmente estava boa a noite. Também acho que o Carmelo Patti merecia respirar mais. Mas não teve jeito. Os bebuns mandaram ver!!! kkkkk... E estava inteirão o danado. Uma ótima surpresa. Se eu achar em Puerto Iguazu vou comprar. Ah, vou mesmo em maio para Foz. Quando for te escrevo para combinarmos algo.
ExcluirAbraços,
Flavio
Os vinhos de Carmelo Patti chegam a Brasil em 2013 por intermédio da Neve Wines. www.nevewines.com.br
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