Nessa última quinta-feira o amigo Paulo me ligou dizendo que levaria um "Senhor de Respeito" na confraria. E não deixou por menos: Levou um Casa Ferreirinha Reserva Especial 1997! Que beleza! Irmão do Barca-Velha, este Reserva Especial esbanjou complexidade, e para mim, estava melhor que o Barca-Velha 2000 que bebemos no final de ano (veja comentários). O que mais me impressionou no vinho foi a sua elegância. Tudo nele é equilibrado. Não sobra uma aresta sequer. Que exemplo para os novo-mundistas! Nada de exagero de madeira, de fruta ou de álcool. O Paulão abriu mais cedo, como sugere o produtor. Bebemos depois de bom tempo aberto (e poderia ter ficado mais). Ao nariz já mostrou sua elegância. Notas de tabaco (segundo o Paulão, apreciador de charutos, era de caixa de charutos), alcaçuz, amora, kirsch e com o tempo chocolate com leite e melaço leve. Vinho cheio de camadas. Para tomar devagar, curtindo. Em boca repetia o nariz e mostrava-se sedoso, com taninos finíssimos e sem uma arestinha sequer. O final é longo e delicioso. O vinho de 14 anos esbanjava jovialidade e nem precipitado tinha, inclusive, sua cor era de vinho jovem. Já li em alguns blogs opinões controversas sobre este vinho. Alguns, dizendo que esperavam mais, outros, falando mil maravilhas. Eu prefiro pensar que os primeiros deram azar e pegaram uma garrafa ruim, ou em algum momento mal-acondicionada, ou que não deixaram respirar o suficiente. Fico com aqueles que acharam o vinho uma maravilha, principalmente pela enorme elegância. Pode repetir Paulão!!!
Flavio realmente como você disse esse vinho é controverso. Já tomei esse 97 em uma degustação e estava bouchoné, uma pena. Mas também tive a oportunidade de tomar o mesmo vinho 96 em magnum e estava perfeito.
ResponderExcluirPois é Eugênio. Acho que você deu azar. Este 97 estava um primor, perfeito, vivíssimo.
ResponderExcluirAbraços,
Flavio