quarta-feira, 30 de março de 2011

Notas de Guarda 2002

Bem, o ciclo "4 Estações" da vinícola chilena Santa Helena já é bem conhecido no Brasil. Começa com o batido Selección del Directório, passa pelo mais potente Vernus, pelo Notas de Guarda e finaliza com o DON (De Origen Noble). Todos eles têm uma característica em comum: Madeira em excesso! Até o DON peca neste aspecto. O Notas de Guarda já bebi várias vezes e ele nunca me convenceu. Dois anos atrás, levei uma garrafa do 2002 à casa de meu cunhado Carlos, em Jaú, para ele experimentar. Deixamos horas no decanter para poder tomar o danado, que não agradou. Neste último final de semana dei mais uma chance para ele me convencer. Ledo engano! Esta garrafa do Notas de Guarda 2002, que deixei bem adegado para envelhecer um pouquinho, manteve a mesma característica das anteriores. No nariz já mostrava o álcool e a madeira se sobressaindo. Há notas tostadas, chocolate e mentoladas. A fruta, principalmente o cassis, é encoberta pelo excesso de madeira. O vinho é tudo que novo-mundista adora, ou seja, potencia exagerada. Para mim, não dá! E o pior foi que o bebi no dia seguinte que bebi o Casa Ferreirinha 1997, que é elegância pura. Foi botar a pá de cal. Nunca mais ele me pega, afinal, não sou cupim! Dizem que ele será substituido pelo Parras Viejas. No entanto, espero que não substituam apenas o nome, e sim o conceito.

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