O começo foi com um que levei embrulhado e a moçada (?), em sua maioria, chutou ser um espanhol de classe. E era um argentinão, de Susana Balbo, o Benmarco Expresivo 2005. Vinho que tem a Malbec contribuindo com um pouco mais de 50% e os restante dividido entre Cabernet Sauvignon, Merlot, Bonarda e Syrah. Eu achei o vinho mais pronto e elegante da noite. Nada de muita extração e madeira passando por cima de tudo. Um vinho com aromas maduros e lembrando mesmo Espanha. Notas de cereja em licor, figo, framboesa, caixa de charuto e depois de um tempo, café. Em boca, muito, muito redondo, com taninos perfeitos, arredondados pelo tempo. A acidez era correta e o vinho tinha um final longo e muito sedoso. Realmente um ótimo vinho e que evoluiu muito bem. Mais um que comprova que vinhos argentinos evoluem muito bem, principalmente os cortes.
O segundo vinho foi o La Massa 2009, levado pelo JP. Corte de Sangiovese, Merlot e Cabernet Sauvignon. Vinho com bons aromas, de framboesa, cereja e tabaco. Em boca é seco, com acidez de italiano e fundo mineral. Os taninos ainda pegam e pedem uns aninhos de adega. É um vinho que deve melhorar com o tempo. Agora, tá pegando um pouco, mesmo para quem é fã de italiano. Eu gostei mais do 2008.
Passamos então para outro argentino, levado pelo confrade Rodrigo, o Luca Beso de Dante 2007. Mais um vinho que mostra a habilidade de Laura Catena. Corte de Malbec e Cabernet Sauvignon, cheio de classe. Obviamente, tinha aquele docinho ao nariz e na boca, mas com o tempo, tudo foi se integrando e o vinho foi ficando muito bom. Notas de figo, ameixa, aniz, alcaçuz e café com leite. Os taninos são sedosos e o final muito agradável. Imagino que deve ficar uma beleza com alguns anos de adega. Ótimo vinho! Assim como seu colega Benmarco, teve 92 pontos da WS e na minha opinião, ficou lado a lado com ele.
E para finalizar, o vinho que o Tonzinho levou, e que ele mesmo, não gostou. Na verdade, a turma toda torceu o nariz, mas eu não. Era um Etna Rosso di Verzella 2005, da vinícola Siciliana Benanti. O vinho é feito com Nerello Mascalese e Nerello Cappuccio. Já citei aqui no blog que a Nerello Mascalese disputa com a Aglianico o posto de melhor uva do sul da Itália. A maturação do vinho é feita por 10 meses em barricas de 225 litros. Era um vinho que fugia às características dos primeiros. Já de cara mostrava uma cor clara, lembrando borgonha. Ao nariz mostrava notas de frutas vermelhas, tabaco e especiarias, como a baunilha, cravo e alcaçuz. Em boca, mostrava corpo médio, ótima acidez e taninos perfeitos. O final era persistente. Eu gostei do vinho, que me surpreendeu positivamente. Sem dúvida quero experimentar mais vinhos feitos com a Nerello.
Isso aí, pessoal! Vinhos parelhos em mais uma noite boa na confraria...
Flavio,
ResponderExcluirVinhos de qualidade, sem dúvida.
E com rótulos de uma beleza impressionante.
Abraço!
Grande Alexandre!
ExcluirRealmente os vinhos estavam muito bons. Boa lembrança quanto aos rótulos. Um dos confrades não parava de elogiar o rótulo do Benmarco, que também achei muito legal. O do Etna Rosso também é muito bonito. O do Beso de Dante até não parece muito, mas na garrafa, ao vivo, tem destaque.
Abraços,
Flavio
Opa, Flávio! Vou colocar o Benmarco na lista.
ResponderExcluirFaz tempo que não provo, e por uma bobeira. Comprei um velhinho, esquecido na prateleira. Acho que era 2001. Quando fui provar, tava morto. Fiquei chateado e abandonei o vinho. Sem razão, pq ele não tem culpa pela má conservação. Acho que vi um 2007 na última passagem pela fronteira. Se encontrar de novo, é sacola!
Abs.
Oi Vitor!
ExcluirPois é, as vezes a gente bebe um vinho, não gosta dele por algum motivo e o deixa de lado. Mas pode ser por um motivos extracampo...rs. Esse 2005 estava elegante demais. Acredito que o Benmarco deve ter um bom preço na froteira, pois mesmo aqui, já tem baixado um pouco. E pelo preço que vi, vale tranquilo.
Abraços,
Flavio