Sempre dou preferência a vinhos australianos mais evoluídos. Quando jovens, sua potência me incomoda um pouco. Mas com uma década na adega, já arredondam e mostram muita elegância. E é claro, isso fica mais patente no caso de vinhos de primeiro escalão. É o caso desse Peter Lehmann Stonewell 2001. A vinícola é tradicional, mas relativamente jovem. Seu primeiro vinho foi produzido em 1980. Na época, apenas um Shiraz era produzido. Com o tempo, Peter Lehmann e o seu enólogo chefe, Andrew Wigan, selecionaram uvas que chamam de "pequenas jóias negras", as quais destinam para a produção de seu vinho top, o Stonewell. Elas são escolhidas de não mais que 12 vinhedos antigos, sendo um deles plantado em 1885. Bem, mas vamos a esse 2001...
O vinho matura 18 meses em barricas francesas (90%) e americanas (10%). É um vinho com aromas de frutas maduras, como cassis e ameixa, em um fundo levemente tostado e rico em especiarias, como anis, cravo e alcaçuz. Muito rico! Em boca é intenso, muscular, mas sem perder a elegância. O tempo já lhe deu um polimento incrível e o vinho é muito, muito redondo. Os taninos são muito sedosos e seu final, interminável. Um vinhaço, que alia potência e elegância. De deixar saudades. Fez companhia mais que perfeita para um Ragu de Cordeiro com Polenta mole, feito por esse que vos escreve e que, por um grande pecado, esqueci de fotografar.
A propósito, os vinhos de Peter Lehmann são importados pela Decanter.
A propósito, os vinhos de Peter Lehmann são importados pela Decanter.
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