sábado, 30 de abril de 2016

Grandes vinhos no aniversário do Doc: Brunello Costanti 2004, Quinta do Noval 2008, Quinta da Pacheca Vinha da Rita 2007, Seña 2007, Pago de Carraovejas Crianza 2012, Chateau d'Aussieres 2009 e um Taylor's 20 Anos para arrematar!


Nessa semana que passou celebramos o aniversário de nosso querido amigo Rodrigo, que nos brindou com uma bela recepção em sua casa. O único porém foi que tivemos que assistir um jogo do São Paulo contra um tal de "Boluca", que não ganhava nem do juvenil do São Carlense...rs. Mas o restante, estava excelente! Os vinhos, de primeira, claro.
O Joãozinho levou um Quinta da Pacheca Vinha da Rita 2007, vinho top da vinícola que tem um grande portfólio. É feito com Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e outras castas de uma parcela centenária da Quinta. Ao nariz mostrava notas florais, de amoras, chocolate amargo e especiarias. Em boca era denso, com nervo, ótima acidez e mineralidade. Grande vinho que tem ainda muitos anos pela frente. Para minha felicidade, comprei na última promoção da Vinci.
Ainda nos durienses, eu levei um Quinta do Noval 2008. Este já pintou por aqui e trata-se de um grande vinho. Diferente do Pacheca, ele mostrava fruta um pouco mais madura, com notas de amoras, framboesas e cereja preta, envoltas em alcaçuz e cacau. Em boca, repetia o nariz e mostrava grande vigor para os seus 9 anos. É vinho para muito tempo de adega. Dos grandes, como devemos esperar da Noval. 
O Paulinho levou um belo Seña 2007. Este estava curioso para beber há tempos, pois sempre leio elogios sobre ele. Obviamente, toda vez que levamos uma taça com vinho chileno ao nariz já pensamos naqueles aromas apimentados. Mas aqui o negócio é diferente. Até tem um aroma ao fundo de pimenta preta, mas é aquele elegante, sutil. O nariz é rico, com cassis e especiarias, e em boca, muito elegante, com taninos finíssimos e final longo. É vinho que deve aguentar ainda muito tempo. Parece novo. Eu queria bebê-lo daqui a uns anos. Ótimo vinho! 
O Thiago levou um Pago de Carraovejas Crianza 2012. Esse sou fã de carteirinha dos vinhos dessa vinícola de Ribera del Duero. Já bebi de safras anteriores, e sempre agradam muito. É um vinho que se destaca pelas especiarias. Esse, pela idade, ainda mostra muita fruta, cereja viva e ameixa, e pede uns aninhos para que a fruta se equilibre com o conjunto. Mas é um belo vinho, riquíssimo e deve evoluir maravilhosamente. Se tiver um desses, guarde.
O JP levou um que também sou fã: Brunello di Montalcino Costanti 2004! Bela safra e produtor de primeiríssima. O estande de Andrea Costanti era o primeiro que visitava nas degustações da Mistral. Ficava sempre do lado de outro grande: Altesino! Gostava de bater um papo com os dois produtores, e é claro, beber seus vinhos. Este Brunello 2004 estava uma beleza. É claro que deveria ter sido aberto horas antes, pois se mostrava fechado no começo. No entanto, com o tempo foi mostrando a beleza que é o Brunello do produtor. Aromas de ameixas, cerejas e cogumelos. Em boca, acidez perfeita, sedoso e com final muito longo. Grande vinho, como era de se esperar. Só precisava de umas 4 horas de decanter...
O Caião levou um Chateau D'Aussiéres 2009. Costumávamos beber bastante seu irmão menor. É vinho produzido pelo Chateau Lafite Rothschild no Languedoc-Roussilon. Este, em particular, tinha, no começo, bons e agradáveis aromas frutados e de especiarias. Mas com o tempo em taça, começou a mostrar um toque de Brett acima do ponto, que me incomodou. O Joãozinho também notou a característica. É para quem gosta do estilo. Eu não coloco na cesta...
Bem, para arrematar, o Rodrigo abriu ainda um Taylor's Fladgate Porto 20 Anos, que dispensa comentários. Porto finíssimo, com notas de frutas secas, toques de tabaco e especiarias na medida. Uma beleza! Perfeito com os doces caseiros que o Doc serviu.
Bela celebração de aniversário, confrade Rodrigo!