sábado, 31 de julho de 2010

Manso de Velasco 2006 - Uau!


Acabei de apreciar aquele que foi considerado por Patricio Tapia, no Guia Descorchados 2010, como sendo o melhor Cabernet Sauvignon Chileno. Tapia lhe outorgou merecidos 95 pontos (a WineSpectator o subestimou, dando-lhe 91 pontos, o que já é, no entanto, excelente).
O vinho Manso de Velasco, de Miguel Torres é excelente, untuoso. É feito com uvas provenientes de parreiras de 115 anos de idade. De corpo amplo, possui acidez correta que se destaca, e a madeira aparece, mas não atrapalha. O aroma é uma maravilha- Frutas e mais frutas. No inicio o cassis e blueberry se destacam. Com o tempo, aparecem as frutas maduras, compotadas, principalmente a ameixa. Notas também de cacau e tabaco. De-lhe tempo na taça e terá surpresas a cada gole. Decantá-lo por no minimo uma hora vai ajudar a liberar seus aromas, mas não espere - Abasteça a taça e vá apreciando as camadas e camadas de frutas. Patricio Tapia recomenda harmoniza-lo com Javali assado. Eu o apreciei com uma picanha de novilho precoce assada inteira e a moda argentina, bem devagar. Nem preciso dizer que os taninos do vinho adoraram a gordura da picanha, e eu, adorei ambos! Quem conseguir esperar, o vinho deve melhorar ainda mais nos próximos anos se bem acondicionado. A maravilha é importada pela Reloco (http://www.reloco.com.br/ ). Eu o adquiri nas Casas Deliza, em Araraquara (http://www.casadeliza.com.br/ ) por justos R$149,00.

Novo ícone chileno: Viña Santa Carolina Herencia Carmenère


Agora já pode ser encontrado no Brasil o novo lançamento da Viña Santa Carolina. O Santa Carolina Herencia é um novo vinho ícone da vinícola elaborado com a cepa Carmenère. Vem da região de Peumo (isso mesmo, aquela de onde vem o estrondoso Carmin de Peumo, da Concha y Toro). Segundo consta no site da WineStore (www.winestore.com.br) o vinho tem cor rubi intenso e profundo com reflexos granada, aromas de frutas escuras maduras (cerejas) com notas e especiarias (cravo) e tabaco. O vinho é majoritariamente de Carmenère (94%), mas possui pitadinhas de Cabernet Sauvignon e Malbec. 100% das uvas são de vinhedos próprios. As garrafas são importadas da França; as cápsulas são de estanho (não usa-se o chumbo) e as rolhas são especiais. O rótulo tem o mesmo estilo do rótulo original criado em 1952. Herencia significa herança, e esse vinho é um tributo a mais de 130 anos de tradição vinícola. Bem, tudo isso tem seu preço: Na WineStore (www.winestore.com.br ) pode ser encontrado por R$389,61 (preço de lançamento). Já estou com água na boca!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Confraria do Ciao em 30 de julho: Anwilka 2006, Baron de Magaña e Emina Prestigio 2006

A turma estava um pouco cansada ontem... Apreciamos apenas 3 vinhos. Os 3 bons. Paulão nos brindou com um Anwilka 2006, sulafricano - Stellenbosch (para lembrar a copa... rsrs). O vinho é um corte de 66% Cab. Sauvignon 29% Shiraz 5% Merlot e que estagiou 10 meses em barricas de carvalho francês. A vinicola é uma Joint Venture de três grandes estrelas do mundo do vinho: Bruno Prats, ex-proprietário do Cos d´Estournel, Hubert de Bouard de Laforest, do Château Ângelus e Lowel Joostte do Klein Constantia (famosa pelo branco de sobremesa). Vinho muito bom, moderno, muito equilibrado e fácil de beber. Notas de framboesa, groselha, café e baunilha. Nada de excesso de tostado comum em alguns vinhos sulafricanos (mas ele estava lá...rs). A meu ver Paulão, o destaque da noite... O vinho pode ser encontrado na Grand Cru (http://www.grandcru.com.br/) e Estação do Vinho (http://www.estacaodovinho.com.br/).
O outro vinho foi levado pelo amigo João Paulo e é um espanhol de Navarra, o Baron de Magaña. Esta vinícola é conhecida pelos bons Merlots. No entanto, este vinho é um corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Tempranillo (as proporções são meio controversas...). É um vinho tranquilo, com notas de couro, café e fumo. Gosto destas características. O João Paulo não gostou muito. Penso que é um vinho que pede comida. O vinho pode ser encontrado na Vinci Vinhos (http://www.vincivinhos.com.br/).
O terceiro vinho é um vinho que gosto bastante, e que agradou a todos (principalmente o Fernando Tinton) - Emina Prestígio 2006. Tempos atrás tomamos o 2003, que a meu ver estava um pouco melhor. Acho que o 2006 vai melhorar com um ou dois anos na adega. Mas já está muito bom. Emina é um dos grandes projetos do Grupo Matarromera, do baixo Duero, parte histórica e privilegiada na produção de vinhos. É um tempranillo puro, moderno e equilibrado. Notas florais e de cereja e amora, com taninos bem integrados (mas que vão arredondar com um pouco de tempo). O tostado do carvalho aparece, mas é adequado. O vinho pode ser encontrado na World Wine (http://www.worldwine.com.br/) e está em uma promoção excelente: Pague um e leve dois! Imperdível! 

Bem, por hoje é só... 

terça-feira, 27 de julho de 2010

Erasmo 2006 - La Reserva de Caliboro

Apreciei um Erasmo 2006 com meu amigo Fernando Tinton, no Ciao Bello, poucos dias atrás. O vinho teve 94 pontos do Guia Descorchados 2010 e foi eleito a melhor mescla chilena e segundo melhor vinho da américa latina. É um corte bordalês clássico (Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc) e produzido por um italiano (Conde Marone Cinzano) no Chile. É muito elegante, com grande delicadeza. A fruta não aparece excessivamente doce, como é moda, e sim, fresca. Tudo é equilibrado no vinho: acidez, álcool e madeira. Discordo completamente da Wine Spectator, que o considerou levemente rústico e lhe atribuiu apenas 88 pontos, com a indicação de consumo até 2011. O Guia Descorchados sugere decantar e consumir entre 2011 e 2021. Não sei se chega até lá, mas uma sobrevida maior é mais provável. O vinho ainda está meio fechado, e só começa a se abrir depois de um bom tempo em decanter (mínimo 2 horas). Na taça ele também se mostra aos poucos, como deve ser com um bom vinho. Por isso, não é para quem bebe ligeiro, sem apreciar. É um vinho para curtir. Depois de aberto dá para sentir notas de amora, groselha, tabaco e uma pitadinha de azeitona verde.Quanto ao preço, é bastante honesto, pelo que oferece e quando comparamos com ícones chilenos (R$99,00). 



Dicas da Winespectator

A partir de hoje colocarei dicas diárias (em inglês) da mais prestigiosa revista de vinhos, a Winespectator.