Bem, os amigos podem achar que cometo um pecado já no título desta postagem, mas confesso que queria escrever um título bem diferente. Mesmo por que, tem já alguns anos que eu queria apreciar um Caymus tinto com calma, sem pressa. O último deste produtor que apreciei assim foi um branco, o Conundrum 1997, que estava uma beleza.
A vinícola Caymus, propriedade da família Wagner, é muito prestigiada, não apenas nos EUA, mas internacionalmente. Seus vinhos são sempre merecedores de prêmios. Seu top de linha, o Caymus Cabernet Sauvignon Special Selection, faturou por duas vezes o título de vinho do ano da Wine Spectator. Desta forma, era normal que JP, Fernandinho, Tom e este que vos escreve, tivéssemos grande expectativa quando apreciamos o digníssimo da foto, o Caymus Cabernet Sauvignon 2007, que levei nesta última quinta-feira. O vinho é correto, liso, sem arestas e deve agradar um número imenso de enófilos. Mas tem um pecado que vejo em muitos vinhos americanos: Um fundinho doce que diminui o desejo pela próxima taça. Ele tem um nariz charmoso, com notas de ameixa mescladas com tabaco doce, tostado e alcaçuz. Em boca, tudo (ou quase tudo...) correto: Sedoso, com taninos doces, redondos, e muito boa presença. Mas estava lá o docinho no fundo que incomodou não só a mim, mas a todos da mesa. Como eu queria que tivesse sido diferente, mas não gostamos e sobrou vinho, o que é de matar, principalmente porque é um vinho de preço alto. Mas não teve jeito e tenho que ser sincero em minha opinião. Eu espero um dia apreciar outras garrafas, sem medo algum de mudar meu parecer, o que farei sem nenhum problema (se ele me convencer). Os vinhos Caymus são importados pela Mistral.