Nesse feriado prolongado o confrade Paulinho nos convidou para um almoço na sua casa, no qual o Caião faria sua famosa Paella Caieciana. E foi uma tarde das melhores. Aliás, como sempre são aquelas que passamos com a família do Paul...
Abrimos a tarde com um branco que levei, o Trimbach Riesling 2011, um alsaciano de produtor muito tradicional. É um vinho floral, cítrico, com notas de maçã verde e aquelas minerais típicas da casta (mas sem exageros). Ao fundo, um toque de mel na medida e bem agradável. Em boca, super fresco, com acidez vibrante e muita mineralidade. Perfeito para frutos do mar, de preferência ostras frescas. Uma delícia de Riesling! Dá para beber agora ou guardar com tranquilidade.
Ainda nos brancos, o Thiago levou um que estava muito curioso para conhecer: El Enemigo Chardonnay 2011. Vinho das Bodegas Aleanna (Alejandro Vigil e Adrianna Catena). É um vinho feito com uvas plantadas a 1.500 metros de altitude e fermentadas em barricas de carvalho francês. O legal é que a barrica é muito bem utilizada, sem deixar marcas profundas. Tem aromas muito finos de pêra e camomila, amendoado e com um fundinho leve de abacaxi e favo de mel. Em boca é muito elegante, sem exageros de nada, com ótimo frescor e mineralidade. Eu esperava um Chardonnay mais pesado, como costuma ser os argentinos, mas não, era elegante e fino. Espero que o mantenham assim. Muito bom!
E para fechar a lista dos brancos, a foto abaixo mostra a garrafa do excelente E.Guigal Hermitage branco 2010, que levei para os confrades conhecerem Este já foi descrito aqui no blog e não precisa falar mais nada. Só que é um vinhaço!
E no meio da foto acima (e isolado na foto lateral) está o primeiro tinto da tarde, ofertado pelo anfitrião, Paulinho. Era um Bruno Clair Savigny-Les-Beaune Premier Cru 2010. Outro vinho de primeira grandeza. Ao nariz mostrava notas de cereja e morango, em meio a especiarias e toques terrosos. Depois de um tempo em taça, mostrou toda a sua força. Em boca mostrava acidez vibrante e taninos firmes. Era um vinho fresco e muito mineral, com final longo e especiado. Uma delícia de Borgonha! Ótimo agora e com grande potencial para uns bons anos de adega.
Não contente, o Paulinho abriu uma de suas especialidades: Vinho português! E não era qualquer um! Simplesmente, um Incógnito 2009, da Cortes de Cima. Também não há muito que falar desse grande Syrah, que também já foi citado aqui no blog. Um vinhaço, fresco, mineral, com excelente fruta e um final interminável. Vinhão top, que teria muitos anos pela frente... Esse, já foi! rs.
E para finalizar, um belo Sauternes: Le Dauphin de Guiraud 2004. Aqui o negócio pega. É o segundo vinho do grande Chateau Guiraud, do qual sou fã incodicional. Atualmente, leva o nome Petit Guiraud. É um vinho feito no mesmo estilo de seu irmão maior, mas para ser bebido mais jovem. Leva 65% Semillon e 35% Sauvignon Blanc. A maturação é feita em barricas por 12 meses. É um vinho mais "comportado" que seu irmão, com aromas mais frescos e menos explosivos. Mas nem por isso, menos encantadores. Mostra notas de damasco, pêssego, pêra, gengibre e nozes. Os aromas de botrytis estão lá, dando charme ao vinho. Em boca mostrava frescor, com ótima acidez equilibrando o dulçor. Uma delícia, que escoltou com muita classe a bela torta de maçã feita pela anfitriã Dani, esposa do Paulinho!
Uma tarde de gala! Grazie mile, Flaquer Family!
Torta de maçã feita pela Dani: Crocante e caramelada, par perfeito para o Guiraud. |
Caião elaborando sua famosa Paella |