segunda-feira, 30 de julho de 2018

Chablis Drouhin-Vaudon 2013, Drouhin Arthur Oregon 2007, Seghesio Sonoma County Zinfandel 2007 e Vallado Touriga Nacional 2007

Chablis Drouhin-Vaudon 2013, levado pelo Thiago. Vinho feito com uvas de vinhedo biodinâmico, pela família Drouhin em Chablis. O vinhedo Vaudon fica no Vale de Vauvillien e é vizinho de dois Premier Cru de Chablis. Passa 12 meses em barricas de carvalho usadas. Ao nariz mostra notas de limão, abacaxi, minerais e cera de abelha. Em boca mostra bom frescor e mineralidade, com final longo e cítrico. Se contrapôs ao vinho levado pelo JP, também feito pelo Drouhin, no Oregon. 

Drouhin Arthur Oregon 2007, levado pelo JP. Apesar de eu ser fã de vinhos do Oregon, este Chardonnay estava do jeito que eu não aprecio muito. Sua cor, amarelo mais escura, já denunciava que estava entrando em fase de declínio. Ao nariz, notas de abacaxi, mais maduro, maracujá, manteiga e côco. Em boca, faltava-lhe frescor e mineralidade. Apenas bebível. Tinha que ser bebido uns 5-6 anos atrás.

Seghesio Sonoma County Zinfandel 2007: Não lembro quem levou. Acho que foi o JP. Era uma garrafa pequena. Bebemos muitas vezes este vinho de 2007, que agora, com 11 anos, ainda está bom. Zinfandel clássico, com fruta madura, defumado e aquele dulçor típico, mas que este produtor equilibra bem com boa acidez e taninos finos. Número 10 da lista dos Top 100 da Wine Spectator em 2008, com 93 pontos. Para os fãs do estilo.

Quinta do Vallado Touriga Nacional 2007, levado por este que vos escreve. Vinho de ótimo produtor, bela safra e com seus 11 anos de idade. 94 pontos merecidos da WS. Notas florais, fruta madura, kirsch, chocolate amargo e tabaco. Em boca, muito sedoso, com notas achocolatadas e terrosas. Final longo e prazeiroso. Uma beleza de vinho! Tranquilo o melhor da noite. 




Brunello di Montalcino Tenute del Cerro 2010: Nervoso!

Quando digo que um vinho é nervoso é por que é daqueles que me chacoalham a cachola, mostrando a que veio. E é claro, que ele ainda está "pegado", com taninos evidentes, acidez vibrante e com potencial longevidade. Este Brunello di Montalcino Tenute del Cerro 2010 é feito pela La Poderina. Acho que recentemente mudaram o rótulo, incluindo estas letras etruscas. A vinícola é do grupo Unipol, uma das maiores seguradoras européias. O vinho, de grande safra na Itália, tem bela cor rubi escura, límpida, e aromas ricos de cereja preta, chá, especiarias, alcaçuz, e notas amadeiradas. Em boca mostra acidez vibrante, taninos nervosos e final longo e amadeirado. Com o tempo em taça vai ficando mais comportado. Mas ficou bom mesmo depois de 1-2 dias. O bebi sozinho, tranquilo, em tres jantares no Bourbon Atibaia em férias com a família. Assim, tive tempo de curtir sua evolução. E nem usei vacuntainer para guardar. Rolhona mesmo, sem preocupação. O vinho é ótimo! Nervoso, como deve ser um Brunello, com muita presença. E tem muitos anos pela frente. Se for bebê-lo agora, decanter sem dó no bichão. Ou abra no dia anterior, sem medo de ser feliz. E para acompanhar, carne gordurosa! Depois você se entende com o colesterol...rs.



segunda-feira, 2 de julho de 2018

Gran Enemigo Single Vineyard Gualtallary Cabernet Franc 2013: 91, 95, ou 100 pontos?

Desde a primeira vez que bebi o Gran Enemigo Cabernet Franc eu fiquei muito bem impressionado e o considerei um dos melhores vinhos argentinos. O meu gosto pela casta deve ter ajudado. Mas o vinho realmente é grande. O 2012, muito badalado, bebi duas vezes, e na segunda gostei mais que na primeira. É um vinho potente, concentrado, CF ao estilo Bordeaux, não Vale do Loire. Ele precisa de tempo respirando antes de ser apreciado. É vinho para curtir adega, sem dúvida. O 2012 ganhou 98 pontos da Wine Advocate e 89 da Wine Spectator. Que diferença enorme de opiniões! Este Gran Enemigo Single Vineyard Gualtallary Cabernet Franc 2013 acabou de ganhar 100 pontos da Wine Advocate, depois de ter arrebatado 99 de James Suckling. Dando uma olhadinha, vi que levou também 91 da Wine Enthusiast. Há alguma confusão no site da WE, pois eles dão 94 para um que é feito com Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, que parece ser aquele blend que tinha ainda a Petit Verdot e Malbec. A revista Vinous lhe outorgou 93 pontos e a Decanter 95. Notas bem diferentes, não? Com quem você fica? O fato é que faturar 100 pontos, seja de quem for, não é para qualquer um e merece ser celebrado. E eu fico feliz por ser um Cabernet Franc argentino, que há tempos tem sido minha uva preferida de lá. O problema é que agora vai todo mundo sair atrás dele para beber um vinho de "100 pontos" Parker, e o preço vai aumentar.