quinta-feira, 29 de junho de 2017

Cune Gran Reserva 2008

Cune Gran Reserva 2008: Vinho da tradicional CVNE (Compañia Vinicola del Norte de España) que reune ainda a vinícola Imperial, Contino e Viña Real. É feito com Tempranillo e pitadas de Graciano e Mazuelo, de La Rioja Alta. Maturação por 24 meses em barricas francesas e americanas, e 36 em garrafa antes de sair ao mercado. Clarificação com claras de ovos antes do engarrafamento. Cor cereja, com leve opacidade, aromas de cereja seca e framboesa, em meio a toques cítricos, tabaco e especiarias. Em boca, ótima acidez, cítrica, especiarias e taninos macios. Final especiado. A safra não foi lá de grande destaque, mas o vinho mantém a qualidade de sempre da tradicional vinícola. Não foi dos melhores que bebi deles, mas gostei, claro. Pede decanter e comida. Estava jogado em uma caixa da Total Wine... Paguei uma bagatela.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Champagne De Margerie Grand Cru À Bouzy: Foi perfeito para celebrar um grande momento!

Champagne De Margerie Grand Cru À Bouzy - Indicação do truta da Total Wine Orlando. O cidadão me recomendou fortemente, dizendo que era impossível encontrar algo parecido pelo preço. Eu concordo. Fiquei arrependido de não ter socado outras garrafas na mala. Feita com 90% Pinot Noir e 10% Chardonnay. Champagne de classe, cor palha, bonita, bolhas fartas e pequenas, aromas de fermento fresco, frutas cítricas e minerais. Em boca, muito frescor, cremosidade e elegância. Show de Champagne, a um preço convidativo. Dá baile em outras marcas badaladas, facilmente encontradas no mercado, e que às vezes custam até mais caro. Gostei bastante! Foi perfeito para celebrar um momento muito feliz de minha vida, que foi reencontrar meu filhão depois de mais de 9 meses!
Dia muto feliz! Eu era risada só! Acho que isso contribuiu para que eu gostasse ainda mais deste Champagne...




terça-feira, 27 de junho de 2017

Rosso dei Notri 2013, Emilio Moro 2007, Quinta da Bacalhôa 2011 e Quinta da Pinheira 2009

Rosso dei Notri 2013: Levado pelo Caião, que de vez em quando acerta. Sangiovese com pitadas de Cabernet Sauvignon e Merlot. Vibrante, cereja, cassis, especiarias, fruta viva, taninos firmes e final especiado. Muito bom! Deve melhorar com o tempo. Ganhou merecidos 91 pontos da Wine Spectator. Estava em oferta na World Wine esses dias. Vale a pena.



Quinta da Pinheira 2009. Levado pelo JP. Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet, com estágio de 6 meses em barricas novas de carvalho francês. Típico Alentejano. Nariz frutado, ameixas, baunilha. boca sedosa, passas, e final vegetal. Um pouco doce para o meu gosto. 
Quinta da Bacalhôa 2011: Não lembro quem levou. Mas que tava bão, tava...rs.   Pimenta se acertando, fruta discreta mas que surge com o tempo. Cassis e framboesa. Final levemente picante. Muitos anos pela frente. Bacalhoa já é bom... Em grande safra, fica melhor ainda! Esse sempre tenho na adega.
Emilio Moro 2007: Levado por mim. Fresco, cítrico, lembrando Rioja moderno. Cereja seca, tabaco, madeira acertada, leve tostado. Final longo e notas de alcaçuz. Delicioso! Sempre bom e com preço justo. 

Resumo da noite: Pinheira na rabeira e empate técnico dos outros três em primeiro.




domingo, 25 de junho de 2017

Planeta Chardonnay 2011 e Evening Land Seven Spring Vineyard Summum Chardonnay 2009: Dois estilos, dois vinhões!

No aniversário do Fernandinho o Paolão e eu combinamos de levar vinhos brancos, pois o dia estava quente. Eu levei o Planeta Chardonnay 2011. Cor amarela, dourada, brilhante, bem bonita. Ao nariz, notas cítricas, de nectarina, leve baunilha e amendoado. Em boca, acidez vibrante e muita presença. Nada de amanteigado ou abacaxi saltando da taça. Para mim, melhor que o 2009 que bebi anos atrás. Devia ter tirado uma foto deste 2011, para mostrar a cor e comparar com o próximo. Mas olhando a do 2009 pode-se ter uma ideia.
O Paolão pegou pesado e levou um Evening Land Seven Spring Vineyard Summum Chardonnay 2009, americano do Oregon. E não é só o nome do vinho que é grande. Ele também. Só por curiosidade, teve 95 pontos e muitos elogios da Wine Spectator. Se os Pinot Noir do Oregon têm ótima qualidade, lembrando borgonheses, este Chardonnay não fica atrás. Aliás, o estilo é bem borgonhês. Tem cor mais clara, aromas sutis, toque de erva-doce, limão siciliano, pera e minerais. Em boca, frescor e mineralidade, com final longo. Muito refinado! Destaca-se pela delicadeza. Um vinhão! Seu problema é só o preço, salgado até lá nos EUA...



sábado, 24 de junho de 2017

Tony's Visit in July: Four Vines Chardonnay 2010, H3 Horse Heaven Hills 2010, Klinker Brick Syrah 2010 e Varramista 2006!

Nosso amigo Tony resolveu mudar a data de sua viagem anual para o Brasil, e nesse ano, veio em Julho. E como sempre, trouxe alguns vinhos americanos, de bom custo, para experimentarmos. 
A noite começou com um Four Vines Naked Chardonnay 2010. A foto está meio escura (como as outras a seguir), mas o vinho não estava... É um Chardonnay  sem passagem por madeira, fermentado em tanques de inox, para manter o frescor. E o intuíto foi alcançado. É diferente de muitos Chardonnays americanos, pois não é carregado em mel-manteiga-baunilha, como diria meu amigo Vitor, do Louco por Vinhos. Tem cor amarelo claro, com toques esverdeados. Ao nariz, mostra notas de cítricas, de grapefruit e limão, e com leve pessego ao fundo. Em boca repete o nariz, tem boa acidez e mostra um fundinho de baunilha, bem leve, que de nada lembra os excessos da dita cuja em muitos vinhos americanos. É um vinho leve, fresco, que vai bem solo e acompanharia bem um peixe. Gostei dele.
Depois do Chardonnay, passamos para H3 Horse Heaven Hills Les Cheveaux 2010, da Columbia Crest. Bem, o nome "Les Cheveaux" vem do francês "os cavalos", em referência aos cavalos selvagens que habitavam a região. O corte não era mencionado na garrafa, e fizemos uma brincadeira. Cada um escreveu em um guardanapo a sua opinião, e o Tony guardou para depois averiguar. Eu chutei Merlot majoritária, com uma pitada de Syrah. Não vou falar do chute dos meus confrades, que erraram feio, claro...rs. Acabei de verificar o corte no site da vinicola: 80% Merlot, 13% Cabernet Sauvignon e 7% Syrah. Passei perto...rs. O vinho matura 18 meses em barricas de carvalho francês (33% novas). O vinho mostra seu lado novo mundo logo de cara. Tem muitas notas de fruta madura, côco queimado, baunilha, alcaçuz e chocolate. Tudo para satisfazer o paladar americano. Parece muita coisa, né? Mas é isso mesmo. É um vinho rico, possuidor de todas as características que agradam novo-mundistas de carteirinha. Em boca repete o nariz e mostra taninos doces. É muito redondo. Com o tempo vai perdendo um pouco o exagero de baunilha e côco queimado, mas não perde essas características. É bem trabalhado? Sim. Mas não faz meu estilo. No entanto, deve agradar muita gente. A WS lhe tascou 90 pontinhos.
Ele foi seguido por um Klinker Brick Syrah 2010, californiano da denominação Lodi. E ao abrir, lá vem a baunilhona de novo, pesado. Mas com o tempo, foi sumindo e dando espaço para a fruta (ameixa e amora), tabaco, chocolate e alcaçuz. Foi melhorando muito com o tempo. A surpresa ficou para a boca. Eu esperava que ele repetisse as notas doces mostradas ao nariz, mas não. A fruta e especiarias dão o toque, e o vinho deixa um retrogosto amargo interessante, que lhe dá um charme especial. Com o tempo foi ficando ainda melhor, pois o nariz foi ficando menos doce e o paladar melhorando cada vez mais, com o surgimento de umas notas minerais. É um vinho para se abrir com antecedência ou então, deixar na adega. Se com o tempo a baunilha  der uma sumida, o vinho vai ganhar muito. Apesar de ainda carregar as características novo-mundistas (mais ao nariz, que na boca, e no início), gostei dele, principalmente depois de uma hora. A WS também lhe tascou 91 pontinhos. Bem, eu também achei melhor que o H3.
E para finalizar, saímos dos EUA e migramos para a Bota. O JP levou um toscano, o Varramista 2006. Foi difícil saber de que uva se tratava. Só depois vimos que era um 100% Syrah. Foi trazido por nosso amigo Marga, em viagem recente à Itália. O vinho é feito na propriedade onde ele ficou. Não é vinho badalado. Passa 15 meses em barricas francesas novas e mais 2 anos em garrafa antes de ser comercializado. Ao nariz, lembra um Chateauneuf. Mostra notas de ameixas, cassis, carne e sálvia (bem evidente), em meio a alcaçuz e outras especiarias. Em boca, repete o nariz, mostra boa acidez e taninos levemente terrosos. É um vinho que fica na outra extremidade dos tintos mencionados anteriormente. Aqui, o velho mundo se manifesta. Eu gostei (muito) dele. Vinho especiado e fresco. Bom mesmo! Foi legal a comparação com o Klinker Syrah.
Bem, foi isso. O nosso amigo Tony disse que só saberia se eu tinha gostado dos vinhos após a postagem. Sintetizando: Gostei do Chardonnay, pelo lado cítrico e frescor; do Klinker Syrah, pelas especiarias e amargor final interessante, e do Varramista (aquí sou suspeito...rs). Mas o melhor de tudo, claro, foi dividir a mesa com meus queridos amigos. Uma visita anual é pouco, amigo Tony! Gracias! Ou melhor, TKU!

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Barolo Renato Ratti Marcenasco 2012, Naudin-Varrault Mercurey 1er Cru 2013, Muga Prado Enea 2009, Brunello di Montalcino Capanna 2009 e Gran Enemigo Gualtallary 2012!

Como o Caião não foi na última reunião da confraria, resolvemos fazer uma especial para brindar! Era garantia de não ter zurrapa  na mesa! E a turma mandou ver. Foram cinco vinhos de categoria. Não foi por que eu levei, mas o top da noite para mim foi o Barolo Renato Ratti Marcenasco 2012. Podem dizer que é muito novo, que é um pecado abrir um Barolo de apenas 5 anos etc, etc. Mas o irmão dele tá guardado na adega para abrir daqui a uns bons anos. O fato é que, surpreendentemente, o vinho do tradicional produtor estava perfeitamente apreciável em sua juventude! Abaixo a foto do danado e comentários.
Barolo Renatto Ratti Marcenasco 2012: Cor belíssima, lembrando um borgonhês, brilhante e límpida. Aromas riquíssimos florais, frutas silvestres, cogumelos e minerais. Em boca, elegância, acidez perfeita, frescor, mineralidade e final muito longo. Camadas de taninos, que apesar de jovens, não incomodavam nem um pouco. Pelo contrário! Uma delícia de Barolo, que deve, obviamente, ganhar com adega, mas que, surpreendentemente, já pode ser apreciado agora sem problemas. Foi unanimidade na mesa. Para mim, o rei da noite. Eu beberia uma garrafa dele sozinho, com tranquilidade. 
Naudin Varrault Mercurey 1er Cru 2013: Vinho levado pelo Little John. Produtor de 1860m sediado em Santenay. Um Mercurey muito bom, com notas de morango, sous bois e terrosas. Em boca, muito macio, fresco e mineral. Delicioso! O Joãozinho, ele trouxe de lá. Não vi onde encontrar...
Prado Enea Gran Reserva 2009, levado pelo Thiagão. Este é garantia de qualidade. Muga nunca decepciona.  Estilo tradicional e que mantém sempre a ótima qualidade. Rico ao nariz, com notas de ameixas, cerejas, alcaçuz, tabaco e cítricas. Em boca, intenso, mas com bom frescor, cítrico, taninos redondos e final longo e com leve mentolado. Delicioso, como sempre!
Brunello di Montalcino Capanna 2009. Levado pelo JP para agradar a gente e mais que isso, provocar o Caio, que adora os vinhos do produtor e não estava lá para apreciar. Inclusive, o Caião já levou um prá gente apreciar tempos atrás (clique aqui). Brunellão em estilo tradicional, notas de cereja, tabaco em fundo terroso. Está melhorando a cada ano. Muito bom! Pena que não é mais encontrado no Brasil, enquanto tem zurrapa de sobra no mercado. 
Gran Enemigo Gualtallary 2012, levado pelo Paul, Rei dos Portugueses, mas que decidiu levar um Argentino nessa noite. Aqui tem controvérsia.. Eu já havia bebido este vinho tempos atrás (clique aqui). É vinho premiado, que já foi eleito o melhor vinho argentino pela Wine Advocate. Por outro lado, a Wine Spectator não foi tão generosa com ele. Brigas a parte, esta segunda garrafa estava melhor que a primeira. Tinha mais acidez e mais nervo. Implorava por uma carne! Mas continuo achando que não é vinho para beber em pouca gente. Os que tenho na adega são mais antigos, e devo deixá-los lá por mais tempo. 
A turma reunida, e o JP ao fundo, feliz como sempre! Também, bebendo estes vinhões, tem mais é que dar risada...rs.






terça-feira, 20 de junho de 2017

Tinedo Cala N.2 2010: Pode comprar!

Após beber o Tinedo Cala N.1 2014, vinho fresco e fácil de beber, fiquei curioso para beber seu irmão "maior", este Tinedo Cala N.2 2010. O vinho, de Castilla y Leon, é orgânico e feito com Tempranillo e uma pitada de Graciano (parece que também uma pequena de Roussanne). Passa 18 meses em barricas usadas de carvalho e um refinamento final em tanques de concreto. É um vinho de ótimos aromas, de cereja seca, ameixa, chocolate, canela e outras especiarias. Em boca, repete o nariz e mostra muita maciez, mineralidade e acidez correta, dando frescor. Os taninos são muito sedosos e o final especiado, lembrando canela e alcaçuz. Ficou melhor a uma temperatura um pouquinho mais alta que a usual. Mais sedoso. Mas isso é questão de gosto. O fato é que o vinho é muito bom e tem bom preço pelo que oferece. Bem, a safra ajudou e o vinho ganhou elogios e belos 93 pontos da Wine Spectator. Não sei como estão os de outras safras, mas se encontrar um deste 2010, pode colocar na cesta que vale a pena! Bons degraus acima de seu irmão N.1.



domingo, 18 de junho de 2017

Como foi o Wine Day Decanter em Araraquara

Como esperado, o Wine Day Decanter realizado pelo Empório Basílico, em Araraquara, foi bem legal. Vinhos bem selecionados, bom buffet e público antenado. O Rodrigo, sempre presente, conduzia muito bem o evento, como sempre. Coloco algumas fotos a seguir, com destaque para alguns dos vinhos apreciados.
Este da primeira foto foi, para mim, o melhor do evento. O Quinta da Gaivosa 2008 é feito pelo mestre Domingos Alves de Sousa com uvas tradicionais do Douro (um monte delas). A maturação é de 15 meses em barricas de carvalho Allier 50% novas. Este 2008 está um pouco diferente do 2009 que bebi tempos atrás. Está mais pronto. Cor bonita, rubi, e aromas de frutas maduras, especiarias e notas licorosas. Bem amplo e macio em boca, com boa acidez, taninos redondos e final especiado e licoroso. Muito gostoso! Mas ainda preferi seu irmão de 2009, menos maduro e mais austero...
Branco da Gaivosa 2014, feito com Malvasia Fina, Gouveio e Arinto, com 4 meses de passagem em barricas, mostra notas cítricas, florais, minerais e um toque exótico bem interessante. Gostei dele!
Tricau 2012: Ótima surpresa da Terranoble. Feito com Carignan (65%), que estagia 24 meses em barricas usadas, e Cinsault (35%), que passa 4 meses em tanques ovais de concreto. Aromas de groselha, tostados e especiarias. Em boca, médio corpo, macio e taninos finos. Muito elegante. Às cegas, é difícil falar que se trata de um exemplar chileno. O rótulo é outro ponto positivo. Muito bonito.
Outra ótima surpresa: Pardusco 2013. Vinho feito pelo mestre dos Alvarinhos, Anselmo Mendes, na região do Minho, com as castas Alvarelhão, Pedral, Caínho, Borraçal e Vinhão. Passagem rápida em madeira usada.  Cor clara, aromas de frutas silvestres, muito agradáveis. Em boca é leve, macio, fácil de beber. É vinho que pede outra taça, sem exageros, bem agradável. Na direção oposta dos vinhões concentrados e enjoativos. Gostei!

Este é sempre bom! Quinta de Foz de Arouce 2013. Ótima fruta, especiarias, cereja em licor e chocolate. Qualidade sempre constante. 
Luis Cañas Reserva 2011 muito bom. Só um pouco modernoso demais para o meu gosto. Mas muito agradável e fácil de beber. O Rosso di Montalcino Caprili 2015 estava bom, ainda que um pouco fechado. O Isole e Olena Chianti Clássico 2013 estava muito bom! Notas de cereja, chá, especiarias e lácteas. Entre os melhores do evento.
Desta turma, gostei do Pio Cesare Il Nebbio 2009 e mais ainda do Ziggurat Tenute Lunelli Montefalco Rosso 2011, com boa fruta (cereja) em meio a especiarias, toques cítricos e minerais. Bom frescor e taninos presentes, para acompanhar carne gordurosa. 
O Ferrari Perlé Brut 2009 estava muito bom, cremoso, amendoado e mineral. Eu esperava mais do Gallardia del Itata Muscat 2012, da De Martino. Falaram bastante deste vinho. Tem um nariz mineral, lembrando até Riesling, mas em boca bem diferente. Tem um toque de lichia que não sou fã (por isso não também muito fã de Gewurz..). Prefiri seu irmão tinto feito com Cinsault. 
E para fechar a noite com classe, acompanhando um queijo azul, um José Maria da Fonseca - Domingo Soares Franco Moscatel Roxo de Setúbal 2005. Delícia de vinho! Doce de casca de laranja, damasco e flor de laranjeira. Acidez equilibrando o dulçor e final muito longo. Uma beleza! 






terça-feira, 13 de junho de 2017

Carmelo Patti Cabernet Franc 2013: Excelente!

Como fã dos vinhos do Sr. Carmelo, eu estava há tempos querendo experimentar este Carmelo Patti Cabernet Franc 2013. Não por que ele ficou entre os melhores vinhos argentinos no Descorchados 2017, com tremendos 97 pontos (o que achei exagerado), mas por que gosto muito dos vinhos do produtor e queria beber sua novidade feita com a casta que, para mim, rende excelentes vinhos na Argentina. O vinho tem cor bonita, granada, e aromas de amoras em meio a azeitona e notas vegetais. Em boca, repete o nariz, mostra acidez correta e taninos finos. O final é longo, especiado e levemente vegetal. Vinho sem exageros, fresco, muito elegante e prazeiroso. Vai bem solo ou com comida. Comparando com outros argentinos feitos com a mesma casta, fica bem à frente. Isso por que, para mim, muitos estão ficando carregados, madeira marcada, muito apimentados etc. Ainda não bebi o Zorzal Piantao, que descansa tranquilo em minha adega, mas por enquanto, este Carmelo Patti é o melhor Cabernet Franc argentino que bebi. 



segunda-feira, 12 de junho de 2017

Blue Eyed Boy 2015: Chame amigos para te fazer companhia!

Este Blue Eyed Boy 2015 é o terceiro vinho que bebo da vinícola Australiana Mollydooker. O que mais gostei deles foi um Velvet Glove 2013, que é grande. Bebi uma vez o Enchanted Path, que é um Shiraz cortado com Cabernet Sauvignon. Mas não gostei muito, pois achei pesado. Muito concentrado. O Blue Eyed Boy tem o nome em homenagem ao filho (Luke) do casal dono da vinícola, Sarah e Sparky. O vinho é feito com uvas de dois vinhedos do Mclaren valley, fermentadas em barricas de carvalho francês em sua maioria, novas. Tem cor bonita, ruby, brilhante, e aromas de geléia de framboesa, café, cedro e baunilha. Em boca, explosivo, mas sedoso e com acidez equilibrando o dulçor. O final é longo e com notas de cedro. O problema dele: É difícil encarar um vinho com 17% de álcool! Isso mesmo! Só lembrava do Bafarela 17 com esta quantidade de álcool. Levedura poderosa capaz de viver com tanto álcool. É vinho bem feito, mas este aspecto me incomoda. Não é um vinho que colocaria na cesta novamente. Aliás, fiz isso sem saber que tinha esta característica. Mas valeu a experiência. Ressalte-se que o vinho tem seu público e sempre recebe muitos elogios. Mas se for beber, aconselho faze-lo em companhia de alguns amigos, por que sozinho, ou em dois, não vai ser fácil...rs. Visite a página da vinícola. É bem legal.
Contra-rótulo do danado