quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Chateauneuf-du-Pape Vieux Télégraphe La Crau Blanc 2009

Depois de beber o seu irmão tinto de 2009 (clique aqui), chegou a hora de beber o Chateauneuf-du-Pape Vieux Télégraphe La Crau Blanc 2009. O vinho é feito com as uvas Clairette, Grenache Blanc, Roussanne e Bourboulenc, de vinhedos com média de 45 anos plantados em apenas 5 hectares no Plateau de La Crau. Sua cor é belíssima, amarelo-dourado brilhante e transparente. Os aromas são florais e de pêra e maçã golden, com um fundinho leve de mel e amendoas. Em boca é macio e muito elegante. Muita finesse! A acidez é correta, mas acredito que o vinho devia estar ainda melhor uns 3-4 anos atrás. Estou cada vez mais convencido de que, como os Condrieu, Chateauneuf branco tem que ser abatido mais jovem. Mas o vinho estava uma delícia... Para acompanhar camarão!


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O Paulinho confirmou ser mesmo o Rei dos Portugueses: Barca Velha 2004 lidera em almoço dos confrades!

Depois de nosso jantar de final de ano, resolvemos nos reunir para um almoço rápido no dia 22, para fechar o ano. Nosso amigo Paul havia prometido levar um grande vinho e não deu outra: Barca Velha 2004! Este vinho já pintou no blog tempos atrás (clique aqui) , bebido em uma especial de final de ano da confraria em 2013. Foi ótimo bebê-lo novamente, claro. E os 4 anos já resultaram em evolução do vinho. A fruta aparece mais madura em meio aos toques florais, e o lado terroso, mineral, está um pouco mais acentuado. Uma maravilha de vinho, que reina entre os melhores vinhos portugueses sempre. É daqueles que a gente fica com o gosto na boca e na lembrança por muito tempo, e que nos dá a vontade de logo beber outro. Valeu, Paulinho! Vinho grandioso!
Havíamos combinado de não levar muitos vinhos e apenas alguns confrades levaram.
O Rodrigo levou um excelente Tondonia Reserva 2005, que ainda não havíamos bebido. Seu irmão de 2004 foi apreciado recentemente algumas vezes, e estava excelente. Este 2005, de uma safra também excelente, estava bastante parecido. Aromas de cereja seca, chá, tabaco, cogumelos, notas cítricas e minerais. Um pouco mais de notas de ervas secas em relação ao seu irmão de 2004, mas bem parecido. Uma delícia em boca, com a elegância e presença de sempre de um Tondonia. Acidez perfeita, notas minerais e taninos finos. Ainda com muitos anos pela frente. Delícia de vinho! E foi muito legal apreciá-lo pouco tempo depois de beber o 2004. Não contente, o Rodrigo ainda buscou no carro um Altos las Hormigas Paraje Altamira 2011, que já pintou aqui no blog diversas vezes, e que estava muito bom.
O Tonzinho, que estava com o troféu Yellow Tail na mão este ano, resolveu fechar o ano com um ótimo vinho, sempre apreciado na confraria: Abadia Retuerta Selección Especial 2012. Este não tem erro. É garantia de agradar sempre, e este 2012, não foi diferente. Aliás, foi Top 100 da Wine Spectator em 2016, com 93 pontos e ocupando uma honrosa 12a posição na lista. Vinho de cor escura e aromas de cereja preta, alcaçuz e notas minerais. Denso em boca, com notas balsâmicas e final achocolatado e especiado. Uma delícia de vinho! 
E teve ainda um bom embate entre dois Chardonnay argentinos de 2015. Um deles era o Lindaflor Chardonnay 2015 (levado pelo Cassio), e outro, o D.V. Catena Chardonnay 2015 (levado pelo Joãozinho). Foi legal beber os dois juntos para ver a diferença clara entre eles. O Lindaflor tem notas de abacaxi, coco e amanteigadas, que se repetem em boca e a meu ver, deixam o vinho bem flat. Para mim, sobra a manteiga e falta frescor. O D.V. feito com uvas do vinhedo San Domingo e Piramide foi, a meu ver, bem superior, sem notas amanteigadas e com acidez que lhe aportou ótimo frescor. Vitória fácil...
Isso aí! Abaixo a foto de todos os vinhos.





sábado, 23 de dezembro de 2017

Confraria de final de ano: Jean-Marc Boillot Puligny Montrachet 2014, Domaine Tissot Arbois Savagnin 2012, Chateau de Beaucastel 2013, Galatrona 2011, Pujanza Norte 2006 e um belíssimo Chateau Climens 2014 para arrematar!

Há uns dias fizemos nossa reunião de final de ano e a coisa pegou. Comida boa e belos vinhos para acompanhar. Não teve um que não tenha gostado da seleção. 
A noite começou com um excelente Jean-Marc Boillot Puligny Montrachet 2014. Esse foi recomendação do Amauri, da Cellar. E fez tanto sucesso que sentimos não ter comprado mais garrafas. Um vinho vibrante, com aromas de pera, citricos e salinos. Em boca, acidez vibrante e grande presença. Final longo, leve tostado e mineral. Uma delicia de vinho. Muito vivo, fresco e com grande potencial para ser guardado. Abriu a noite com muita classe.
Seguimos com outro branco francês, mas agora, de outra região e estilo: Domaine Tissot Arbois Savagnin 2012. Enquanto o borgonha era delicadeza pura, este era mais nervoso, temperamental, que demandava compreensão dos confrades. Cor amarelo dourado, brilhante, e aromas oxidados típicos. Notas de damasco, cítricas e frutas secas, em meio a favo de mel, cardamomo, gengibre e outras especiarias. Muito rico em aromas, que mudavam com o tempo. Em boca, ótima acidez e final muito longo, mineral e especiado. Um vinho forte, nervoso, que pede um tempo descansando para ser apreciado. Também gosta de um queijo Comté. Achamos que ele deu uma saída lateral na linha de vinhos que bebemos, por ser mais temperamental. Mas é, obviamente, por suas características. Eu, particularmente, gostei mais de seu irmão de 2009, que achei mais equilibrado. Talvez este 2012 pedisse mais tempo em garrafa.

Entremos nos tintos, que estavam muito bons. O primeiro deles foi um Galatrona 2011, de La Tenuta de Petrolo. Este é fera! Alguns de seus irmãos de outras safras já pintaram por aqui. É considerado o Petrus italiano. Vinho com belos aromas que incluiam cereja preta, cassis e alcaçuz, em um fundo tostado e mineral. Com o tempo, um mentolado muito gostoso surgia. Em boca, intenso e sedoso, reproduzindo o que se sente ao nariz. Acidez lhe conferindo frescor e taninos redondos. O final, muito longo, como para todos os exemplares que já bebi. Muitos anos de vida pela frente para este vinho, que sou fã! Vinhaço!
Seguindo, um belo Chateau de Beaucastel 2013, da família Perrin. Aqui também é garantia de qualidade. É o que se espera de melhor em questão de Chateauneuf du Pape. Precisou respirar bastante, pois a juventude falava alto. Aromas ricos de amoras, frutas confitadas e minerais. Em boca, ótima acidez e taninos ainda nervosos. Camadas e camadas de frutas e final mineral. Explosivo agora, pedindo tempo em garrafa. Mas já dando muito prazer para quem não tem paciência de esperar alguns anos. Outro vinhão!
Fechando os tintos, um excelente Pujanza Norte 2006. Vinho feito pelas Bodegas Pujanza, que se encontram no coração de Rioja Alavesa, aos pés da Sierra Cantabria. A Finca Norte fica a 720 m de altitude e é uma das mais altas da Espanha. São apenas 2,7 hectares, de baixo rendimento. O Pujanza Norte fica apenas atrás do concentrado Cisma. Este 2006 está uma beleza! Já devidamente domado pelo tempo, está no ponto! Riojano de esatilo moderno, mostra fruta madura, com notas de cereja preta e ameixa, em meio a tostados, couro, tabaco e notas minerais. Em boca, muito equilibrio, sedosidade e taninos muito redondos. Uma delícia de vinho, que fez muito sucesso entre os confrades. O mais pronto de todos. Uma bela compra. Lembrei de quando provei o 2005 muitos anos atrás, na época da saudosa loja Gran Reserva em São Carlos. O vinho era novo na época, mas me chamou muito a atenção.
E para finalizar a noite de gala, um belíssimo Chateau Climens 2014. Premier Cru Classé renomado, que coleciona altas notas da crítica. Este, por exemplo, teve 97 pontos da Wine Spectator. Jovem ainda, com cor mais clara, amarelo-dourado, brilhante, muito bonita. Ao nariz, notas de damasco, nectarina, leve abacaxi, amendoas e gengibre, em fundo floral. Em boca, acidez vibrante e mineralidade. Incrível o seu frescor! O final era mineral e interminável. Uma maravilha! Fico imaginando como estará em alguns anos. Fechou a noite com extrema competência. Aliás, nada melhor que fechar um belo jantar com um grande Sauternes!
Isso aí! Desta vez os confrades não reclamaram dos vinhos. Se assim fosse, eu desistiria...rs.


sábado, 9 de dezembro de 2017

Cantine Pellegrino Passito de Pantelleria 2015

Cantine Pellegrino Passito de Pantelleria 2015: Feito com Muscat de Alexandria. Vinho bem gostoso, com aromas de casca de laranja, cointreau e especiarias. Bem aromático! Em boca, ótima acidez equilibrando o dulçor. Vinho vibrante e com final longo. Lembra bons Moscatéis portugueses, mas tem o acento italiano. Muito bom com cheesecake de Damasco. Comprei na Wine, por um preço muito bom. Atualmente custa 88 pilas. Vale a pena.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Chryseia 2014: Um monstro!

Estou devagar com o blog... O tempo está curto. Mas tenho apreciado grandes vinhos, como este Chryseia 2014, ofertado pelo Caião. Sou fã dos Chryseia, que sempre me dão grande prazer. Este 2014 está uma beleza. Cor escura, instransponível, e aromas riquíssimos que incluem notas florais, achocolatadas, de kirsch, framboesa, azeitona preta e especiarias. Em boca, intenso, com ótima acidez e camadas de taninos, que devem se arredondar lindamente com anos de adega. O vinho têm grande persistência e final mineral e com notas especiadas (alcaçuz). Um grande vinho, que embora novo, já pode ser apreciado após um tempo de decanter. Tem muitos anos pela frente. Só como informação, este 2014 foi top 100 da Wine Spectator, com 94 pontinhos bem atribuidos.