Depois de nosso jantar de final de ano, resolvemos nos reunir para um almoço rápido no dia 22, para fechar o ano. Nosso amigo Paul havia prometido levar um grande vinho e não deu outra: Barca Velha 2004! Este vinho já pintou no blog tempos atrás (clique aqui) , bebido em uma especial de final de ano da confraria em 2013. Foi ótimo bebê-lo novamente, claro. E os 4 anos já resultaram em evolução do vinho. A fruta aparece mais madura em meio aos toques florais, e o lado terroso, mineral, está um pouco mais acentuado. Uma maravilha de vinho, que reina entre os melhores vinhos portugueses sempre. É daqueles que a gente fica com o gosto na boca e na lembrança por muito tempo, e que nos dá a vontade de logo beber outro. Valeu, Paulinho! Vinho grandioso!
Havíamos combinado de não levar muitos vinhos e apenas alguns confrades levaram.
O Rodrigo levou um excelente Tondonia Reserva 2005, que ainda não havíamos bebido. Seu irmão de 2004 foi apreciado recentemente algumas vezes, e estava excelente. Este 2005, de uma safra também excelente, estava bastante parecido. Aromas de cereja seca, chá, tabaco, cogumelos, notas cítricas e minerais. Um pouco mais de notas de ervas secas em relação ao seu irmão de 2004, mas bem parecido. Uma delícia em boca, com a elegância e presença de sempre de um Tondonia. Acidez perfeita, notas minerais e taninos finos. Ainda com muitos anos pela frente. Delícia de vinho! E foi muito legal apreciá-lo pouco tempo depois de beber o 2004. Não contente, o Rodrigo ainda buscou no carro um Altos las Hormigas Paraje Altamira 2011, que já pintou aqui no blog diversas vezes, e que estava muito bom.
O Tonzinho, que estava com o troféu Yellow Tail na mão este ano, resolveu fechar o ano com um ótimo vinho, sempre apreciado na confraria: Abadia Retuerta Selección Especial 2012. Este não tem erro. É garantia de agradar sempre, e este 2012, não foi diferente. Aliás, foi Top 100 da Wine Spectator em 2016, com 93 pontos e ocupando uma honrosa 12a posição na lista. Vinho de cor escura e aromas de cereja preta, alcaçuz e notas minerais. Denso em boca, com notas balsâmicas e final achocolatado e especiado. Uma delícia de vinho!
E teve ainda um bom embate entre dois Chardonnay argentinos de 2015. Um deles era o Lindaflor Chardonnay 2015 (levado pelo Cassio), e outro, o D.V. Catena Chardonnay 2015 (levado pelo Joãozinho). Foi legal beber os dois juntos para ver a diferença clara entre eles. O Lindaflor tem notas de abacaxi, coco e amanteigadas, que se repetem em boca e a meu ver, deixam o vinho bem flat. Para mim, sobra a manteiga e falta frescor. O D.V. feito com uvas do vinhedo San Domingo e Piramide foi, a meu ver, bem superior, sem notas amanteigadas e com acidez que lhe aportou ótimo frescor. Vitória fácil...
Isso aí! Abaixo a foto de todos os vinhos.
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