Mais uma postagem atrasada de reunião da confraria. Não estou conseguindo acompanhar a turma...rs. Bem, mas vamos lá. A noite foi liderada por um grande sulamericano, um dos melhores a meu ver, o Cheval des Andes 2006. Vinho grande, de grande safra, levado pelo amigo João Paulo (JP). Já comentei aqui no blog sobre o 2006 no ano passado, também levado pelo JP (clique aqui) e sobre o 2007 em duas ocasiões (1 e 2). No ano passado o danado ainda estava fechadão, mas mostrava todo o seu poder. Agora, está mais aberto, embora ainda tenha longos anos pela frente. É um vinho riquíssimo, untuoso e elegante ao mesmo tempo. Ao nariz mostra notas de ameixas, figo, bala toffee, chocolate, café e alcaçuz. Em boca, repete o nariz e cada cantinho é preenchido com um vinho denso, mas sedoso, que pede sempre mais um gole. Um vinhaço! Valeu (de novo) JP!
Eu citei o Chevalzão primeiro, mas a noite começou mesmo foi com um belo branco levado pelo amigo Paolão, que o trouxe direto do Rhone, o Chateauneuf du Pape Les Vignes D'Alexandre branco 2010. A safra de 2010 foi excelente no Rhone, e eu esperava a chance de mandar ver em um Chateauneuf 2010, fosse ele branco ou tinto (gosto muito dos dois!). O vinho é produzido pelo enólogo Alexandre Favier com as castas Grenache Blanc, Clairette, Roussanne e Bourboulenc. É um vinho delicioso, com notas de flor de laranjeira, pêssego e amêndoas. Em boca mostra-se fresco e com final longo. Delicioso! Ainda tem anos pela frente que lhe trarão ainda mais complexidade. Beleza, Paolão!
Depois dele, veio um que é figurinha carimbada na confraria, o Fulvia Pinot Noir 2011. Essa garrafa foi levada pelo amigo Rodrigo, e é mais uma das muitas que bebemos desse vinho, sempre com muito prazer. Dê uma olhada no blog para saber do que falo (clique aqui). Um vinho delicioso e que não preciso comentar mais sobre ele nessa postagem. Logo virá outra com mais sobre ele (e outros vinhos Tormentas). Nem vou colocar uma foto, pois ele está incluído na foto geral, ao final.
Terminando o Fulvia, o que foi rápido, passamos para um uruguaio de peso, o Prelúdio Barrel Select 2006, da Família Deicas, levado por esse que vos escreve. Já apreciamos o 2005 em duas oportunidades (clique aqui). Esse 2006 não ficou atrás. O 2005 (Lote 81) é um corte de Tannat (38%), Cabernet Sauvignon (22%), Cabernet Franc (10%), Merlot (15%), Petit Verdot (8%) e Marselan (7%), com envelhecimento por 26 meses em barrica, enquanto esse 2006 (Lote 86) possui Tannat (39%), Cabernet Sauvignon (7,5%), Cabernet Franc (20%), Merlot (28%), Petit Verdot (3,5%) e Marselan (2%), com envelhecimento por 24 meses em barricas. Notem uma diminuição na Cabernet Sauvignon e aumento de Cabernet Franc e Merlot no corte. No entanto, o vinho continuou parecido com o anterior, com notas de figo seco, ameixa, anis, chocolate, baunilha e um tostado bem gostoso. Em boca é muito macio, redondo, com taninos muito sedosos. Um vinho que ainda tem longos anos pela frente. Muito bom mesmo!
E para finalizar, o Quinta dos Carvalhais Colheita 2008, levado pelo Caião. Um ótimo Dão, que já comentei aqui. O pessoal estranhou um pouco, mas acho que é falta de costume. Os vinhos do Dão me agradam muito, e esse não foi diferente. É um vinho com boa fruta, especiarias e ótima acidez. Gastronômico por natureza, implorando por comida. O negócio é que ele foi apreciado depois de dois vinhos muito macios (Cheval des Andes e Preludio), o que exaltou sua acidez e certa rusticidade. Mas se fosse apreciado "solo", acompanhando comida, a turma ia gostar mais.
Bem, pessoal... É isso aí! Mais uma noitada daquelas, padrão Vinhobão!
A turma reunida: Chateauneuf D'Alexandre, Cheval des Andes 06, Fulvia PN 2011, Preludio Lote 86 06 e Quinta dos Carvalhais. |