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segunda-feira, 30 de março de 2015

Quinta do Monte D'Oiro Syrah 24 2007 lidera noite na Confraria do Ciao

Em reunião da Confraria do Ciao semanas atrás, estávamos apenas em 5 confrades, mas a noite foi boa.
Começamos um borgonha branco que levei. Era um Mallard-Gallin Puligny-Montrachet 2009. Ao ser aberto estava tímido, mas em pouco tempo foi se mostrando um belo Chardonnay. Tinha aromas de pêra e carambola, em meio a notas minerais e um fundinho de mel. Em boca era fresco, mineral, leve e ao mesmo tempo complexo. Delicioso! Uma bela surpresa que fez sucesso na noite. Foi uma ótima dica do amigo Vitor, do saudoso blog "Louco por vinhos". 
Do lado direito dele na foto está o vinho levado por nosso confrade Paulinho, especialista em (grandes) vinhos portugueses. E ele estava chateado, dizendo que levou pela terceira vez o mesmo vinho...rs. Pois é... Vinho desta qualidade pode levar quantas vezes quiser. Era um Poliphonia Signature 2009. Como já pintou por aqui, não gastarei muitas linhas. Só tenho que elogiar a qualidade deste alentejano, de primeira!
No meio da foto está o rei da noite, levado pelo confrade Paolão. O cara caprichou! Era um vinho de José Bento dos Santos, produtor que eu gosto muito. Se você quer ficar feliz com um vinho português, pegue um Quinta do Monte D'Oiro e voilá! E este Quinta do Monte D'Oiro Syrah 24 2007 não foi diferente. É um Syrah feito com uvas de vinhedos com mais de 60 anos, trazidos especialmente de Hermitage, berço dos melhores Syrah do mundo. O vinhedo é plantado no lote 24, de apenas 2 hectares. A produção é bem pequena. Esta garrafa é a numero 318. É um Syrah soberbo! Nada de superextração, geleiona etc. Tem ótima fruta, mas no ponto certo, em meio a chocolate, madeira no ponto e especiarias. Em boca é intenso e ao mesmo tempo sedoso, mineral e muito rico. A madeira está super bem integrada e os taninos são muito redondos. O final de boca é interminável e com notas de especiarias. Um Syrah de primeiríssima! Junto com o Merlot Galatrona 2004 (a segunda garrafa, que estava ainda melhor que a primeira) é um candidato forte a ser um dos meus tintos preferidos do ano. Bem, o único defeito do danado é o preço... Não é nem um pouco barato. Mas é grandioso!
À direita dele está o Numina Gran Corte 2012, vinho da bodega argentina Salentein, levado pelo Joãozinho. É um corte de Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot. O vinho tem aromas de ameixa e cassis, com um fundo amadeirado e apimentado. Em boca, repete o nariz e mostra taninos bem redondos. A acidez é boa e o final tem um toque apimentado que equilibra o dulçor característico da Malbec. Um ótimo blend Argentino talhado pelas mãos de Pepe Galante (ex-Catena). 
E o último vinho foi o Valdehermoso Crianza 2010, Ribera del Duero levado pelo JP. O vinho é um irmão menor do Valderiz, cujo exemplar de 2009 nos foi recentemente ofertado, também pelo JP. Este Crianza não agradou tanto quanto seu irmão. Tinha aromas mais quentes, de fruta madura (ameixa) em meio a café e folha de tabaco. Em boca mostrava fruta madura, fumo e um toque mineral. Tinha um aspecto meio "quente" que não agradou muito. Senti falta de frescor. Espero que seja a garrafa. Comprei também e logo quero conferir.
Isso aí!