terça-feira, 31 de agosto de 2010

Noite de brancos ano 2007 - Tiara (Redoma), Maycas Sauvignon e Alvarinho Dorado

O amigo Paulão me ligou na final da tarde de ontem e depois de muita conversa (uns 2 minutos...) decidimos tomar um vinho branco em sua casa. Bem, acabou que o Fernando Tinton se juntou a nós e acabamos tomando três excelentes vinhos, todos do ano de 2007.


Eu levei um Sauvignon Blanc Reserva Especial 2007, de Maycas del Limarí, vinícola que é um projeto da Concha y Toro em Limarí, encabeçado pelo brilhante Marcelo Papa. Seus vinhos são sempre destaque, principalmente os brancos. O vinho pode parecer um pouco verde (não confundir com vinho verde...) e excessivamente ácido, como lembrado por Patrício Tápia no Descorchados, mas são características próprias que eu gosto muito. O vinho é seco, mineral, sem excesso de extração, com notas de giz (típica de bons sauvignon), pêra e frutas cítricas (sem excesso). Como lembrado por Tápia, lembra água do mar. Adorei o vinho. Adquirido na Adega Spazio, em São Carlos (http://www.spazio203.com.br/ ), que representa a Enoteca Fasano (http://www.enotecafasano.com.br/ ).

O Paulo abriu então um Tiara 2007, português do Douro. É um vinho do genial Dirk Niepoort (Redoma), que elabora o famoso Redoma Reserva Branco, considerado por muitos o melhor branco português. O Tiara é feito com castas locais do Douro (Codega, Rabigato, Donzelinho, Viosinho, Arinto e outras) e lembra grandes Rieslings, com muita fruta (maça, pêra e abacaxi) e frescor. É um vinho muito complexo, mineral, longo e com boa capacidade de guarda. A Wine Spectator lhe outorga merecidos 90 pontos. Vinhaço! Adquirido na Mistral (http://www.mistral.com.br/ ).

E para encerrar a bela noite o Paulo fechou com um Alvarinho Dorado Superior 2007, da Quinta do Feital. Um Alvarinho amarelo dourado brilhante, delicioso e muito elegante. Notas de maça madura, manga e abacaxi. Corpo médio e com boa acidez. Um Alvarinho excelente, adquirido na Grand Cru (http://www.grandcru.com.br/ )

domingo, 29 de agosto de 2010

Tabela de Safras da Mistral

Confira em "links interessantes" a tabela de Safras da Importadora Mistral. Sempre lembrando que a tabela é apenas um referencial, e que bons produtores costumam fazer bons vinhos até mesmo em safras consideradas fracas (e que produtores ruins nem mesmo aproveitam as safras espetaculares...). Destaque para 2000 e 2005 em Bordeaux (e a recente 2009!); 2005 na Borgonha; 2001 no Chile (além da 2003, 2005 e a recente 2007); 2007 para os Cabernet da Califórnia, EUA; 1997 e 2001 na Itália (além de 2004, dos grandes Brunellos e Barolos e 2006 a 2008 dos Chianti); 2002 na Argentina (e a recente 2006); 2007 na Alemanha; 2005 no Brasil (e outros tantos paises...); A regularidade da região de Toro, na Espanha, que acumula safras notas 10; 2007 no Alentejo e Douro (Portos Vintage) etc.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Confraria de 26 de agosto - Vallado Reserva 2007 e outros bons!

Nosso amigo Tom, recém-papai, foi recebido com um brinde de Veuve Clicquot oferecido por nosso amigo Fernandinho. Uma beleza! E o Tom levou o Vallado Reserva 2007, como prometido. O vinho estava excelente e acabou logo. É um vinho elegante ao extremo, com notas de bala toffee e baunilha, mas como lembrado pelos amigos Paulo e João Paulo, parecia ainda um pouco fechado. Na minha opinião, falta-lhe ainda um pouco de fruta, tipica dos portugueses. O Vallado normal mostra mais frutas. Bem, vamos esperar um pouco mais... O vinho é novo e tem muitos anos pela frente. 
O vinho levado pelo Paolao estava excelente. Um Casa Marin Pinot Noir Litoral Vineyards 2004. O vinho, top da vinícola e do time dos maduros, apresenta notas de cereja e tostado. O álcool, no alto de seus 14,5%, é um pouco evidente, e se fosse um pouquinho mais baixo o vinho seria ainda melhor. Mas é um belo vinho. 
O João Paulo levou um Valduero Crianza 2005, que estava ótimo e agradou a todos, principalmente ao Fernandinho. É um vinho muito elegante de Ribeira Del Duero, no qual a madeira aparece mas está bem integrada com a fruta. Mas como lembrado pelo João Paulo, um pouco mais na adega e ele deve melhorar. Valduero sempre agrada.
Eu levei um Barolo Franco Cesari 2004, que não é dos times de ponta, mas que não fez feio. Bem, a safra 2004 foi ótima no Piemonte. É daqueles Barolos mais leves, menos poderosos, mas que fez seu papel, e mostrava, após algumas horas de decanter os perfumes da Nebbiolo. Bem agradável.
Ah, estava me esquecendo, o cardápio estava excelente! De entrada mini-quiches de alho poró, prato principal Fettuccine com um molho "secreto" de queijos e rosbife com molho Pavarotti. O molho Pavarotti é uma especialidade da Cantina Ciao Bello e é a base de caldo de carne, queijo Roquefort e cebola. Uma maravilha! De sobremesa Profiteroles! Tava bão o negócio!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Seña 2003, Far Niente 2005 e La Fleur-Petrus 2002

Os três vinhos oferecidos pelo amigo Tom em comemoração ao nascimento de seu filho estavam excelentes!
O Seña 2006, Chileno produzido por Eduardo Chadwick e conhecido por bater ícones Franceses em degustações às cegas, é um vinho que ao nariz já mostra a que veio - É potencia e intensidade puras, mas com grande elegância. Notas de frutas maduras (amora e framboesa), cacau, mentol, baunilha e especiarias. Corte de Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot, Carmenère e Cabernet Franc.Vinho de longa persistência e grande qualidade. Deve ganhar ainda mais com alguns anos de adega.
O Far Niente 2005, do Napa, é também um grande vinho, embora não tão rico como o Seña. Apresenta notas claras de groselha (como identificado imediatamente pelo Caio...), amadeirado, ervas, terra fresca e um pouqinho de anis. O final de boca é tem um pouco de couro. Um belo vinho, potente, do tipo que americano gosta...
O Chateau La Fleur-Pétrus 2002 é um grande vinho do Pomerol, cujo Chateau se localiza entre os míticos Chateau Lafleur e Pétrus (daí o nome). É majoritariamente Merlot (80%) com um pouco de Cabernet Franc (20%). É um grande vinho, sedoso, com notas de ameixa e tostados. Encorpado, com taninos finos e final longo e prazeiroso. Um vinho mastigável, com cita a WS. Obrigado Tom!

Nasceu Winston, o filho do Tom! Só vinhões para celebrar!

Hoje, dia 24, as 3 da manhã, nasceu o filho de nosso amigo Tom Ricetti. Parabéns Tom! Felicidades para você, esposa e o recém-chegado Winston (Totti). Acabei de chegar de sua casa, onde comemoramos o ocorrido, com um belíssimo churrasco, que só o Tom sabe fazer: Picanha e T-Bone de Cordeiro, acompanhados de maravilhosos vinhos, sendo tres tops oferecidos pelo amigo Tom (La Fleur-Pétrus 2002, Far Niente 2005 e Seña 2006) e outros  que levamos (Marques de Borba Reserva 2000, Saint-Aubin Puligny Montrachet 1er Cru 2003 e Paulo Laureano Premium 2007). 
O La Fleur-Pétrus 2002 (que não é o segundo vinho do Petrus, e sim, leva o nome por ficar entre os vinhedos do grande La Fleur e do mítico Petrus), estava denso, carnudo, de mastigar. 
O Far Niente 2005, também mostrava a força de um ótimo Cabernet Sauvignon Californiano. Potência e sedosidade.
O ótimo Seña 2006, típico chileno, mas com a elegância de um bordeaux, tinha ainda anos pela frente. 
O Marques de Borba Reserva 2000, levado por este que vos escreve, dispensa apresentações. É para mim, um dos melhores vinhos do Alentejo. 
O Saint-Aubin Puligny-Montrachet 2003, mostrava, com seus 7 anos, frescor e mineralidade, com aquele tostadinho de fundo. Bem gostoso.
Nem preciso dizer que estava maravilhoso, preciso?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pequena lista Mistral para o dia-a-dia

TINTOS


Alamos Malbec 2009 (Alamos - Catena Zapata)
Altano 2007 (Altano / Graham's)
Altos Las Hormigas Malbec 2009
Carmen Classic Merlot 2008 (Viña Carmen)
Carmen Classic Pinot Noir 2008 (Viña Carmen)
Casa Lapostolle Cabernet Sauvignon 2007
Garnacha de Fuego 2008 (Bodegas Ateca)
Gran Feudo Crianza 2005 (Julián Chivite)
Guilhem Rouge 2007 (Mas de Daumas Gassac)
Infinitus Cabernet Sauvignon / Tempranillo 2007 (Cosecheros y Criadores - Martinez Bujanda)
Masi Passo Doble Malbec / Corvina 2007 (Masi Tupungato)
Montes Cabernet Sauvignon 2008 (Viña Montes)
Moulin de Gassac Syrah 2008 (Mas de Daumas Gassac)
Quinta da Lagoalva Castelão / Touriga Nacional 2005
Rio de los Pájaros Tannat 2008 (Pisano)
Rosso Piceno 2008 (Saladini Pilastri)
Santa Alvara Merlot 2006 (Casa Lapostolle)
Valdemar tinto 2008 (Bodegas Valdemar)
Vallontano Cabernet Sauvignon 2005
Villa Montes Cabernet Sauvignon 2008 (Viña Montes)
Vinha da Tapada 2006 (Herdade de Coelheiros)


ROSADOS

Domaine d´Artois Rosé de Loire 2006 (Domaine Guy Saget)
Esencia Valdemar Garnacha rosado 2006 (Bodegas Valdemar)
Gran Feudo Rosado 2009 (Julián Chivite)


BRANCOS E ESPUMANTES

Casa Lapostolle Chardonnay 2009
Maria Gomes 2008 (Luis Pato)
Montes Chardonnay 2009 (Viña Montes)
Montes Sauvignon Blanc 2008 (Viña Montes)
Paço de Teixeiró branco 2009 (Quinta do Côtto)
Porcupine Ridge Sauvignon Blanc 2009 (Boekenhoutskloof)
Vallontano Espumante Brut
Alamos Extra Brut (Alamos - Catena Zapata)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quinta do Vallado Reserva 2007! O Tom vai levar!!!

Fiquei sabendo agora pelo meu amigo João Paulo que o nosso querido amigo Tom nos brindará com um espetacular Quinta do Vallado Reserva 2007 nesta próxima quinta-feira. Se for verdade, terei que levar um à altura, pois o Vallado é um vinho sensacional. O normal já é muito bom. O Reserva 2007 é notável. Anotem aí: Estará entre os 100 do mundo pela WS este ano. Talvez os dois vinhos! Sem contar o Touriga Nacional que também está demais. Quanto à Quinta do Vallado, a vinícola fica em pleno coração do Douro, a curtos 6 km do centro histórico da Régua, estendendo-se pelas duas margens do Rio Corgo, até onde este se encontra com o Douro. A Quinta pertenceu à lendária Dona Antónia Adelaide Ferreira, tendo-se mantido na família até hoje. Os vinhateiros João Ferreira Álvares Ribeiro, Francisco Ferreira e Francisco Olazabal (o filho daquele que faz o maravilhoso Meão!) são os responsáveis por esta maravilha. Mas vou deixar para comentar o vinho depois do Tom levar... Eu o bebi durante a copa do mundo, durante um jogo do Brasil, na primeira fase, quando ainda tinhamos esperança. Foi junto com meu amigo Paolao, que me brindou com um almoço espetacular com French Rack de cordeiro e Risoto com Pêra Caramelada... Nem preciso dizer que o vinho casou maravilhosamente com o cardápio... Até quinta Tom!!!

domingo, 22 de agosto de 2010

LabeRinto Cabernet-Merlot 2007 - Ribera del Lago

LabeRinto é um projeto pessoal do enólogo Rafael Tirado (ex-Veramonte e atual enólogo da Via Wines). O vinhedo fica junto ao lago artificial de Colbún, nas bases andinas de Cachapoal. Fica uma horinha de Talca, cidade onde vive mi hermano Ariel. São 3 vinhos produzidos: O Sauvignon Blanc, o Cabernet-Merlot e um Pinot Noir. 
Hoje não resisti e tive que apreciar o tinto, não como sugerido por Patrício Tapia, ou seja, com Magret de Pato, mas com um pernilzinho de leitoa caipira assado lentamente. O vinho é de boutique,  raçudo e delicioso, de cor vermelha ruby que lembra bons bordeaux. No entanto, é um típico chileno, sendo fácil para um bom apreciador identificar a nacionalidade, o que, para mim, é uma grande qualidade e mostra ausência de internacionalização. O vinho é fresco, com boa acidez, e o álcool é bem integrado, apesar de seus 14,5% (o que não me agrada). É um tinto com boa fruta (cassis, groselha e cereja) e notas de baunilha (sem exagero). A menta aparece sutilmente, também sem exageros. A madeira é bem integrada e não sobrepuja a fruta. É um chileno às antigas e que me agrada muito. Dê-lhe tempo na taça e decanter para que mostre suas qualidades. A meu ver ainda está novo, e deve crescer muito nos próximos anos, que arredondarão seus taninos e lhe darão ainda mais elegância. Sem dúvida é um vinho que deve figurar entre os tops chilenos em pouco tempo. Estou ansioso para provar o Sauvignon Blanc*, que foi destacado no Descorchados 2010 como um dos melhores Sauvignon chilenos. A propósito, adquiri na Casa do Porto, em São Paulo (http://www.casadoportovinhos.com.br/ ).

*Nota pós-postagem: Já provei!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Luca Syrah - Sucesso na Confraria

O João Paulo agradou a todos ontem (menos o Rodrigo, pois não sobrou uma gota para ele...). Levou um Luca Syrah 2007, da Laura Catena. Um vinhão. Segundo o amigo Paulão, e todos nós, o melhor da noite. É um vinho musculoso, potente, mas sem ser enjoativo. Diferente da maioria dos Syrah atuais. Tem personalidade. A fruta é muito bem integrada com a madeira e álcool. No inicio o álcool aparece um pouco, mas em pouco tempo o vinho vai ficando redondo. Notas de ameixa, tostado e toques clássicos de pimenta e tabaco. Como cita a Wine Spectator, que lhe dá 91 merecidos pontos, é um vinho raro, do tipo selvagem.  Pode ser aquirido na Vinci Vinhos (http://www.vincivinhos.com.br/ ). Bem, vou comentar apenas este vinho, mas a noite ainda teve um Salton Talento 2005 (Caio), um bom La Vendimia, de Palácios Redondo (Paulão), um Santa Cristina, de Antinori (Rodrigo) e um Bordozinho sem-vergonha que levei, de 2005, mas que para mim poderíamos ter ficado sem... O pessoal vai acabar me dando um novo troféu Palo Alto (um dia explico por que).

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Decanter WineShow 2010 - Portugueses e outros tantos vinhos bons...

Quando cheguei ao estande do mais que simpático Sr. Domingos Alves de Souza fiquei espantado com o número de vinhos - uma coleção de vinhos bons. O Sr. Domingos selecionou alguns para mim, pois senão precisaria de uma ambulância... Começou com o Caldas, que para mim é, juntamente com o Amalaya de Colomé, um dos melhores custos benefícios da feira. Um vinho acima da média em sua faixa de preço, muito rico, delicioso. O reserva é ainda melhor. O Reserva Pessoal 2005 e o Lordelo 2007 estavam sensacionais. Este último, entre os melhores vinhos de Portugal, de complexidade e riqueza incomparáveis. E ainda havia mais surpresas: Porto Vintage 2003 e um novíssimo Vintage 2008, que segundo o Sr. Domingos, ficou melhor que seu da maravilhosa safra de 2007. Os dois estavam maravilhosos! Sedosos, amendoas torradas, densos, com muitos e muitos anos pela frente. Portos deliciosos!
Ainda no campo dos portugueses, a visita ao estande do Sr. Julio Bastos (Dona Maria) foi demais. Eu gostei muito do mineral Amantis Branco, um Viogner fermentado em barricas e com muita presença. O Rosé é muito refrescante. Dos tintos, gostei muito do Amantis (Syrah, Petit Verdot, Cab Sauvignon e Touringa Nacional): do Dona Maria Reserva, um corte de Alicante Bouschet, Petit Verdot e Syrah, que apesar de ser um vinho de personalidade forte, é muito elegante. Finalmente, palmas para o Julio Bastos 2004, um puro Alicante Bouschet feito com uvas pisadas em lagares e envelhecido por 14 meses em barricas novas de carvalho Francês. É um vinho muito complexo e com muitos anos de vida pela frente.
E tem mais... Os Alvarinhos do Sr. Anselmo Mendes continuam espetaculares, entre os melhores de Portugal. O Muros de Melgaço é uma maravilha. Fui brindado ao final com uma taça de um vinho sem rótulo, que segundo Anselmo Mendes era filha única, acima do "Moda Antiga". De tomar de joelhos!!! Ali do lado, provei os maravilhosos vinhos alemães de Hermann Donnhoff. Os vinhos de entrada já são Rieslings maravilhosos. Gostei tanto do seco quanto do meio-doce. Nos mais caros doces, o Spatlese estava divino.
Bem, estou terminando... Não poderia deixar de falar do Tiara, o sucesso no campo dos brancos da feira. O vinho, da Viña Alícia, é um corte de Riesling, Albariño e Savagnin (uma uva esquecida do Jura). É um vinho riquíssimo, fresco, mineral, com notas de lima e amendoas. Uma beleza! De tomar de joelhos, como disse o amigo Didú Russo! Assim como os Tokaj Orgânicos da Pendits. Três vinhos excelentes, do Furmint Édes (de bom custo benefício) até o esplendoroso e vibrante Esszencia 2000.
Bem, agora terminei! Sem deixar de citar que na saída ainda fui brindado com uma dose do untuoso Oracle Shiraz 2005 da Kilikanoon. Noite de gala encerrada! Parabéns Decanter! Foi um Show!

Decanter WineShow 2010 - Tintos de destaque

Da Argentina, a Familia Arizu deu um show! Todos os da Luigi Bosca estavam muito bons. Destaque para o ainda não disponível De Sangre e Icono (de elegância estupenda!). Os da Viña Alícia estavam maravilhosos, suntuosos. Gosto demais do Brote Negro. Alí, vizinhos, estavam os vinhos da Riglos - Tres vinhos de muita classe, elegância e bom custo-beneficio, com destaque para o Gran Corte e malbec. Quanto aos vinhos da familia Schroeder, gosto muito, principalmente dos Pinot (destaque para o fermentado em barrica). Finalizando, os Colomé estavam como sempre muito bons. São vinhos típicos da região de Salta, encorpados e com personalidade. O Colomé Malbec Estate é pedida certa, e o Amalaya, um dos melhores custos benefícios da Decanter.
Indo para a Itália, muita coisa boa para comentar. Sem dúvida vou esquecer alguns. Um dos primeiros que experimentei foi os Pio Cesare. Os Barberas são excelentes, fruta na medida certa, nada enjoativo (aliás, uma das características dos Pio Cesare que muito me agradam). o Barbera Fides fica em um degrau acima em elegância. Quanto ao Barbaresco e Barolos, são maravilhosos. No entanto, acho um pecado tomar estes vinhos em degustações, pois eles precisam de muito tempo para liberar seus dotes. Mas nem preciso dizer que mesmo assim, estavam maravilhosos. O que falar dos vinhos de Tommaso Bussola? Seus Valpolicellas são excelentes, e os Amarones, mesmo não sendo meus vinhos de preferência, são de primeira grandeza. De Fabiano Calcinaia gostei demais do Cerviolo, um IGT de Sangiovese, Cabernet Sauvignon e Merlot. Os outros acho que ainda estão um pouco ásperos e que melhorarão com mais tempo em adega. O Brunello Riserva de Caprili 2004 estava maravilho, honrando a grande safra. Bem, sou suspeito para falar de Brunellos, pois os adoro.
Da França não provei muitos, mas os que provei estavam excelentes. Destaque para os vinhos de Cahors, do Domaine de Lagrézette, com seus Malbecs maravilhosos (além dos cortes com Merlot e Tannat). O Le Pigeonnier é de outro planeta. Obviamente, bem diferentes dos Malbecs Argentinos. Outro grande destaque, que dispensa comentários, é o Chateau De La Tour. Falar o que de um Clos de Vougeot Grand Cru?
Chegando nos Espanhóis, Arzuaga Navarro, uma maravilha! Servidos pelo simpatico e educado Ignácio Arzuaga, estes vinhos deram um show à parte. Desde o elegante e sedoso vinho de entrada, o La Planta, que julgo um dos melhores custo benefícios da feira, até o Gran Reserva 1996, foi explosão pura. Os reservas são vinhos caros, mas oferecem muito. Também, sendo vizinho do Dominio Pingus e Vega Sicilia...
Os PradoRey (Real Sitio de Ventosilla) estavam muito bons, com destaque para o bom custo do Roble e para a categoria do estruturado Elite, vinho top. Os vinhos de Luis Cañas são todos excelentes. Gostei muito do Seleción de la Familia e também, e obviamente, do grande Hiru 3 Racimos. Quanto aos Amaren, do mesmo produtor, são excelentes. O Tempranillo 2002 estava marcante, redondo, pedindo um pernil de cordeiro assado. Ufa, devo ter esquecido muitos vinhos... Ah, os Portugueses? Vou deixar para o próximo post...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Domingo na casa do Paulão - Bacalhoada e vinho bão: Pujanza, Champy e Quinta Nossa Senhora do Carmo Reserva

Neste domingo o querido casal Paulo e Regina nos brindaram com um maravilhoso almoço. As entradas, com queijos e embutidos foram acompanhadas com um Espanhol de Rioja, o Pujanza 2005, que levei, e o Português Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Reserva 2007, do Douro, levado pelo amigo João Paulo.
 O Pujanza 2005 estava muito bom, mineral, com notas de cereja, tabaco e ervas. É um vinho harmonioso, elegante e austero, mas que mantem o frescor. O Quinta Nova Reserva 2007 fez juz a grande safra. É um corte de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Amarela. A Touriga Nacional dá o tom no vinho, que também apresenta notas de baunilha deixadas pela barrica. Chegando em casa me lembrei de seus aromas, pois o Manacá da Serra de meu quintal está intensamente florido, e a Touriga Nacional exala o perfume de flores do tipo e violetas. Um grande vinho e que tem longa vida pela frente. Para o prato principal, uma bacalhoada feita com esmero utilizando o legítimo Gadus morhua (bacalhau do Atlântico) em pedaços generosos, o amigo Paulo reservou uma magnum de Pinot Noir da Maison Champy. É o vinho de entrada do produtor, mas muito acima de outros borgonhas similares. Para mim, por serem leves, os Pinot Noir acompanham muito bem uma bacalhoada, que podem também também ser acompanhadas por brancos barricados, mais encorpados, como o Conde de Valdemar fermentado em Barricas. Bem, de sobremesa tivemos um bolo trufado de chocolate branco e preto, com uma bola de sorvete de café crocante, tudo isso acompanhado com uma taça de Porto Poças 10 anos. Ou seja, tudo uma delicia! A propósito, o Pujanza pode ser encontrado na Mercovino, Ribeirão Preto (http://www.mercovino.com.br/ ) e na Gran Reserva, São Carlos (3374 2028); o Quinta Nova na Vínea (http://www.vinea.com.br/ ), o Pinot da Champy na Vinci (http://www.vincivinhos.com.br/ ) e o Poças na Grand Cru (http://www.grandcru.com.br/ ).

sábado, 14 de agosto de 2010

Lagrein 2003 - Cantina Terlano

Anos atrás o Lagrein 2002 da Cantina Terlano foi um dos campeões das saudosas megadegustações da Revista Gula. Adquiri então duas garrafas do 2003 na Mistral (http://www.mistral.com.br/ ), pois o 2002 já tinha acabado... Sempre procuro comprar no mínimo duas garrafas para tomar uma logo e guardar outra. Foram poucas as vezes em que não me dei bem. Uma tomei de imediato, em 2007, e estava muito bom. Quando cheguei hoje em casa e a minha digníssima esposa me sugeriu comermos um espagueti ao molho de linguiça de pernil - Prato simples e que pede um italiano - Não pensei duas vezes: Abri o Lagrein! A Lagrein é uma uva autóctone do Alto-Adige, norte da Itália, e que acompanha muito bem a comida. O vinho em questão, de 7 anos, estava delicioso. Já possuia um belo halo de evolução, uma cor rubi profunda e aromas de casca de uva preta, chá e amora. Os taninos estavam redondos e macios. Valeu a pena guardar o vinho, que acompanhou o espagueti magistralmente, como deve fazer um italiano que se preze! Vinho de ótima relação custo-benefício!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Destaques Chilenos no Decanter WineShow 2010

O encontro da Decanter estava realmente um show. Não entrarei em detalhes sobre todos os vinhos que apreciei, pois ficaria cansativo. No caso dos Chilenos, me agradaram todos da Villard, uma vinicola boutique, querida do Descorchados, e que produz vinhos com características de velho mundo. A simpatia do produtor também é algo a se destacar. Os brancos são muitos bons, tanto o Sauvignon quanto o Le Chardonnay Grand Vin (2005). São brancos que envelhecem bem. Na esfera dos tintos, todos são muito bons, mas destaco o Pinot Noir Grand Vin 2007, mineral e que lembra bons borgonhas. O Tanagra, vinho de ponta do produtor, é um Syrah excelente, e que não é uma "bomba de frutas" como outros da mesma cepa. Finalizei com o El Noble Sauvignon Blanc botritizado, que para mim, é o melhor do gênero no Chile. Perto da Villard estava o estand do El Principal. Gostei muito do Calicanto 2008, o vinho de entrada, que é muito bom custo benefício. O Memórias fica um degrau acima, e é muito elegante. Embora eu tenha gostado muito do vinho top, o El Principal 2006, penso que precisa ainda de uns anos de adega para mostrar seu máximo. Agora, umas duas horas de decanter vão ajudar bastante. Da Caliterra gostei bastante do Tributo Edicão limitada e do Cenit 2006. Da Terranoble gosto do Pinot Noir, embora ache um pouco doce. Também são bons os Lauhen, nos quais a Carmenére aparece destacada. Vou finalizar com a De Martino, da qual gosto bastante. Aqui começo com os brancos, que para mim são destaques Chilenos. O Chardonnay Quebrada Seca 2008 é um show. O nariz não é exuberante, mas na boca é puro frescor e mineralidade. O mesmo acontece com o Sauvignon Blanc Parcela 5 2008, que é bastante fresco, mineral e com notas de giz. Uma beleza! Os tintos do produtor são muito bons. Nem precisa citar o Familia, o top, que é maravilhoso. Eu gostei muito dos carmenéres. Aliás, a De Martino foi a primeira a rotular um carmenére no Chile e continua a produzir exemplares bem típicos. O Syrah Granito 2006 é muito bom, e segundo o produtor uma excelente companhia para um bom churrasco! Vou testar! O Old Bush Las Cruces é também excelente. Resumindo, o time de Chilenos da Decanter está muito bom, e eu sou fã particular da Villard e De Martino.

3o. VINUM BRASILIS

Acontecerá no próximo dia 26 de agosto, às 19h30, em Brasilia, o 3o. VINUM BRASILIS. O evento contará com mais de 100 rótulos de 18 vinícolas, e vinhos premiados! É considerado o evento de maior sucesso fora do Rio Grande do Sul. No mesmo local ocorrerá também coquetel e prêmios. Endereço: Clube da ASSEFE - SCES Tr. 1, Lt 7, Brasilia. Informações: 61 3443 -8996 (valor R$50,00). Mais informações em http://www.decantandoavida.com.br/

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Apreciando um Lindaflor 2003 no Ciao Bello

Ontem fui ao Ciao Bello acompanhar o amigo Fernando no jantar. Resolvi levar um Lindaflor 2003. O jantar estava ótimo, como sempre, e o vinho, muito bom mesmo. Eu gostei mais do 2002 que levei em uma de nossas degustações, mas o 2003 também é de primeira. O vinho tem bom corpo e possui camadas de frutas compotadas, com a ameixa se destacando. Como se diz por aí, é um vinho para hedonistas, que pode ser tomado sozinho, bem devagar, mas que acompanhou muito bem o medalhão de filet à moda do chefe... Vinho rico, cheio de camadas, com ótima fruta, aromas florais e notas especiadas. Em boca, amplo, cheio, com final muito longo. Um vinhão!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

9 de Agosto - Aniversário de meu pai, o Sô Rai!

Meu pai é um mineirão simples, meio carrancudo, mas que aos poucos se abre em sorrisos contínuos. Se ele fosse um vinho seria um bom Barolo: Desconfiado, fechadão, até meio nervoso às vezes, mas com muita coisa para mostrar. Parabéns Sô Rai!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sextas-feiras na Mercearia 3M - e um Don Melchor 2005...

Acabei de chegar de passagem pela Mercearia 3M, do amigo Idinir, onde às sextas-feiras à tarde ele e o sempre simpático Léo recebem amigos para um bom vinho e muita conversa boa. Hoje a casa estava cheia: Carlos André (como sempre...), Guideli, Cidão (amigo e carrasco do Tênis), Akira e tantos outras pessoas amigas do vinho e entre si. O Léo me pediu que comentasse sobre um vinho que comprei lá há algum tempo atrás, e que bebi uma garrafa com meu amigo "Paolao" e João Paulo, o Don Melchor 2005. Bem, não precisaria nem dizer, mas o vinho estava uma maravilha. Ele ainda tem muitos anos de vida pela frente. É elegante e refinado, com notas claras de groselha, doce de figo maduro, balsâmicas, tabaco e cacau. Sem dúvida justifica plenamente o posto de 12nd lugar nos Top 100 da WineSpectator em 2008 (embora eu ache exagerados os 96 pontos - Mas isso, é outra coisa...)... Aliás, para mim ele é melhor que o 2006, que também é muito bom, mas perde a batalha.
Nos próximos blogs comentarei um pouco sobre o Decanter Wine Show que aconteceu em São Paulo nos últimos dias 3 e 4 de agosto. A principio, devo dizer que estava um Show!