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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Confraria do Ciao não brinca: Cos d'Estournel, Castillo Ygay, Chateau d'Armailhac, Ormes de Pez e Braccale

Ontem tivemos mais uma daquelas belas reuniões da Confraria do Ciao, regada, obviamente a belos vinhos. Bem, eu nem precisaria comentar sobre os vinhos do título, mas o farei, brevemente. Primeiramente, devo citar a belíssima coincidência ocorrida entre o amigo Rodrigo e eu. Na comemoração de um ano do blog Vinhobão o Rodrigo levou um belíssimo Cos d'Estournel 2002 e eu, um Castillo Ygay Gran Reserva Especial 2001 (clique aqui para ler a postagem). Ontem, eu decidi levar um Cos d'Estournel 2004 e para minha surpresa, chega o amigo Rodrigo com uma belíssima botella de um Castillo Ygay Gran Reserva Especial 2004. Que maravilha de coincidência! Estes dois vinhos dispensam apresentações. No entanto, comparando com aqueles apreciados anteriormente, mostraram diferenças marcantes. O Ygay 2004 está obviamente mais vivão que o 2001 e mostra mais tostado e potência. Da mesma forma, o Cos d'Estournel 2004 também se mostrou mais potente e tostado que o 2002, que estava mais pronto. O Ygay 2004 já está pronto para beber, mas sem dúvida aguentaria bons anos pela frente. Um vinhaço! Não é à toa que é considerado um dos melhores de Rioja. Valeu Rodrigão! O Cos ainda tem muitos e muitos anos pela frente, mas já está explosivo agora. Os confrades ficaram comparando os dois vinhos, a meu ver, incomparáveis. A única coisa que se pode dizer é que são grandes vinhos. O Ygay, como um grande vinho espanhol, agrada sempre e não tem erro. É aposta certa de prazer. O Cos já é mais temperamental e complexo, e exige compreensão, mesmo por que, este ainda é um bebê. A outra garrafa que tenho ficará guardada por bons anos e deverá ficar soberba. 
O amigo Paulão levou um grande vinho, o Chateau d'Armailhac 2006. Outro bebê! O Chateau d'Armailhac é de propriedade de Mouton-Rothschild e é um Gran Cru Classé (5ème) de Pauillac. É um blend de 64% Cabernet Sauvignon e o restante de Merlot e Cabernet Franc. É um vinho de médio corpo, com notas deliciosas de framboesa e groselha mescladas a notas de cânfora e café. Tudo muito sutil, nada de exageros. Um vinho mais pronto para beber que o Cos e obviamente, de estilo muito distinto, sendo menos potente. Uma delícia! Agradabilissimo! Não precisaria dizer, mas qualquer um destes anteriores carecem bom tempo em decanter.
O JP levou um Chateau Les Ormes de Pez 1994. O vinho é um Cru Burgeois de Saint-Estèphe, sendo considerado um dos melhores na faixa. Já comentei sobre um 2004 aqui no blog. Este 1994 já estava em seu ápice. Mostrava ao nariz, além da fruta,  notas marcantes de couro e estrebaria. Um bom e agradável vinho, mostrando que bordeaux mais "velhinho" agrada mesmo.
O Tonzinho levou um vinho que para mim foi uma grande surpresa. Era um Braccale 2008, de Jácopo Biondi-Santi. O vinho é produzido em Maremma e é um corte de 80% Sangiovese e 20% Merlot. Uma delícia ao nariz, com notas suaves de cereja, chá e funghi secchi. Em boca, muito redondo e com excelente acidez. Os taninos, obviamente, ainda estão presentes e em alguns anos devem melhorar bastante. Mas o vinho estava perfeito com a comida. Um belíssimo custo benefício! O vinho é importado pela Mistral. É compra certa. Recomendo mesmo!
Precisa dizer que a noite estava mais uma vez maravilhosa?