Como os leitores do blog devem saber, a Confraria do Ciao acabou... Na verdade, não se reune mais no Restaurante Ciao Bello, que não mais abrirá a noite. Fomos então ao Restaurante Barone, que nos acolheu maravilhosamente. O ambiente é legal, a comida muito boa, e o atendimento, nota 10. E para iniciar nossa saga no Barone, começamos com um branco levado por nosso amigo Paolão. Era um Luis Pato Vinhas Velhas branco 2009. O vinho é feito com Bical (50%), Cerceal (25%) e Cercealinho (25%). A vinificação é feita em inox e barricas de castanho, e a maturação ocorre por 4 meses em tanques de inox. O vinho tem bons aromas cítricos e minerais, mas o seu destaque é a acidez vibrante, que lhe aporta muito frescor e o torna excelente acompanhamento para comida. É um vinho rico, com ótima presença e que tem um preço justo pelo que oferece. Na sua faixa (~80 pilas) é duro de bater. É importado pela Mistral.
Eu levei um Grosset Piccadilly Chardonnay 2006 que comprei na Vinci. O produtor é conhecido por produzir excelentes brancos na Austrália. Eu ainda não conhecia, mas acreditei nas informações do catálogo e me dei bem. Além disso, o danado, que custa 85 doletas, estava por ótimos 105 reais. Bem, ainda tem gente que tem dó de pagar um pouquinho mais por vinho branco. Essa é uma visão muito antiga e equivocada. Para mim, não tem dessa não. Mas enquanto pensarem assim, dá prá gente comprar ótimos brancos a preços menos exorbitantes que tintos no mesmo patamar. Mas voltando ao vinho, ele é leve, muito fino, com notas de grapefruit, nectarina, florais e minerais. Nada daqueles exageros de manteiga e mel, que tanta gente gosta (eu não...). É muito fresco e com tudo em cima. Muito elegante e com seus 7 anos esbanja vitalidade. Ainda aguenta uns anos pela frente. Estilo borgonha. De pronto, não consigo imaginar nada com a mesma qualidade pelo preço que paguei. Um ótimo Chardonnay.
O Caião levou um embrulhado, que ao dar a primeira cafungada já matei a nacionalidade chilena. Sabia que era um bom vinho e chutei da safra 2007. Pensei até se tratar de um Caballo Loco... Mas não, era um Don Melchor 2008. Não passei muito longe, vai... rs. Bem, esse vinho já foi tema de uma postagem aqui no blog (clique aqui). Nem precisaria comentar muito sobre ele. No entanto, preciso mencionar que estava diferente da garrafa que apreciei anteriormente. Senti menor agressividade, mas elegância nesse exemplar. A madeira estava mais integrada. Depois de um tempo aberto, foi melhorando e ficando muito bom. Como explicar isso? O outro apreciei há alguns meses apenas. Não era para ter tanta diferença. A questão é: Essa garrafa estava melhor que a que eu apreciei da outra vez. E estava muito boa, mesmo! O problema do Don Melchor: Preço alto (no Brasil e no próprio Chile). O negócio é trazer de outras paragens... Valeu Caião!
O JP, que estava ralado por levar vários espanhóis cozidos, resolveu levar agora um que trouxe diretamente da Espanha, o Roda I Reserva 2006. Ele já nos havia brindado com um desses há exatamente um ano (clique aqui). Naquela oportunidade, achei o vinho parecido com exemplares de Ribera del Duero, com notas de toffee. Lembrei que parecia um pouco ralo também. Mas ele evoluiu bem e estava melhor que o anterior. Além disso, o bebemos mais devagar, dando tempo para ele respirar, o que fez com que ele mostrasse suas qualidades. No final da garrafa, estava muito bom, mostrando a que veio. Notas de cereja preta, toffee mais bem integrada, cítricas e especiarias. Bom mesmo. Agora sim, JP!
E para finalizar a bela noite, o Tonzinho levou um californiano, o Garys' Vineyards Pinot Noir 2010, da vinícola Loring Wine Company. Dei uma boa olhada no site dela e vi que o produtor é moderno e bem cuidadoso. Ele menciona apreciar muito os borgonheses. Não encontrei muita informação sobre cada vinho individual no site. Senti falta. Seus vinhos maturam em barricas francesas de primeiro e segundo usos (geralmente 50% cada), com tosta média. A média tosta aparece nesse exemplar levado pelo Tom. Mas nada que incomode. Dá para sentir o tostadinho, que é bem integrado com a fruta, que é madura mas não chega a ser super madura, com em muitos americanos. A framboesa se destaca. É um vinho muito bem feito, redondinho, redondinho. Tem muito potencial de guarda e acredito que melhorará com o tempo. Gostei dele, mas queria tê-lo bebido mais tranquilamente, em taça apropriada, devagar e sentindo sua evolução. Do jeito que foi, não deu para curtir na totalidade as suas qualidades. Como a maioria dos vinhos americanos, o rótulo é bem bonito. A WS lhe outorgou 92 pontos. Não é um vinho barato, custando uns 50 doletas nos EUA.
Bem, a primeira noite da confraria no Barone foi bem legal. Vamos ver se mantemos o padrão...rs.
Eu levei um Grosset Piccadilly Chardonnay 2006 que comprei na Vinci. O produtor é conhecido por produzir excelentes brancos na Austrália. Eu ainda não conhecia, mas acreditei nas informações do catálogo e me dei bem. Além disso, o danado, que custa 85 doletas, estava por ótimos 105 reais. Bem, ainda tem gente que tem dó de pagar um pouquinho mais por vinho branco. Essa é uma visão muito antiga e equivocada. Para mim, não tem dessa não. Mas enquanto pensarem assim, dá prá gente comprar ótimos brancos a preços menos exorbitantes que tintos no mesmo patamar. Mas voltando ao vinho, ele é leve, muito fino, com notas de grapefruit, nectarina, florais e minerais. Nada daqueles exageros de manteiga e mel, que tanta gente gosta (eu não...). É muito fresco e com tudo em cima. Muito elegante e com seus 7 anos esbanja vitalidade. Ainda aguenta uns anos pela frente. Estilo borgonha. De pronto, não consigo imaginar nada com a mesma qualidade pelo preço que paguei. Um ótimo Chardonnay.
O Caião levou um embrulhado, que ao dar a primeira cafungada já matei a nacionalidade chilena. Sabia que era um bom vinho e chutei da safra 2007. Pensei até se tratar de um Caballo Loco... Mas não, era um Don Melchor 2008. Não passei muito longe, vai... rs. Bem, esse vinho já foi tema de uma postagem aqui no blog (clique aqui). Nem precisaria comentar muito sobre ele. No entanto, preciso mencionar que estava diferente da garrafa que apreciei anteriormente. Senti menor agressividade, mas elegância nesse exemplar. A madeira estava mais integrada. Depois de um tempo aberto, foi melhorando e ficando muito bom. Como explicar isso? O outro apreciei há alguns meses apenas. Não era para ter tanta diferença. A questão é: Essa garrafa estava melhor que a que eu apreciei da outra vez. E estava muito boa, mesmo! O problema do Don Melchor: Preço alto (no Brasil e no próprio Chile). O negócio é trazer de outras paragens... Valeu Caião!
O JP, que estava ralado por levar vários espanhóis cozidos, resolveu levar agora um que trouxe diretamente da Espanha, o Roda I Reserva 2006. Ele já nos havia brindado com um desses há exatamente um ano (clique aqui). Naquela oportunidade, achei o vinho parecido com exemplares de Ribera del Duero, com notas de toffee. Lembrei que parecia um pouco ralo também. Mas ele evoluiu bem e estava melhor que o anterior. Além disso, o bebemos mais devagar, dando tempo para ele respirar, o que fez com que ele mostrasse suas qualidades. No final da garrafa, estava muito bom, mostrando a que veio. Notas de cereja preta, toffee mais bem integrada, cítricas e especiarias. Bom mesmo. Agora sim, JP!
E para finalizar a bela noite, o Tonzinho levou um californiano, o Garys' Vineyards Pinot Noir 2010, da vinícola Loring Wine Company. Dei uma boa olhada no site dela e vi que o produtor é moderno e bem cuidadoso. Ele menciona apreciar muito os borgonheses. Não encontrei muita informação sobre cada vinho individual no site. Senti falta. Seus vinhos maturam em barricas francesas de primeiro e segundo usos (geralmente 50% cada), com tosta média. A média tosta aparece nesse exemplar levado pelo Tom. Mas nada que incomode. Dá para sentir o tostadinho, que é bem integrado com a fruta, que é madura mas não chega a ser super madura, com em muitos americanos. A framboesa se destaca. É um vinho muito bem feito, redondinho, redondinho. Tem muito potencial de guarda e acredito que melhorará com o tempo. Gostei dele, mas queria tê-lo bebido mais tranquilamente, em taça apropriada, devagar e sentindo sua evolução. Do jeito que foi, não deu para curtir na totalidade as suas qualidades. Como a maioria dos vinhos americanos, o rótulo é bem bonito. A WS lhe outorgou 92 pontos. Não é um vinho barato, custando uns 50 doletas nos EUA.
Bem, a primeira noite da confraria no Barone foi bem legal. Vamos ver se mantemos o padrão...rs.