sábado, 7 de novembro de 2015

Falernia Pinot Noir Reserva 2013, Las Moras Gran Syrah 3 Valleys 2012, Cedro do Noval 2010 e Cortes de Cima Touriga Nacional 2007


Reunião da confraria regada a dois vinhos sulamericanos e dois portugueses. Todos bons!
O primeiro foi o Falernia Pinot Noir Reserva 2013, levado por este que vos escreve. O vinho ganhou troféu internacional no Decanter World Wine Awards (DWWA) 2014 como o melhor Pinot Noir do mundo abaixo de 15 libras. O vinho também foi destaque absoluto no Chile Wine Awards 2014, realizado em São Paulo. E esta é apenas a sua segunda safra. As uvas vem de um vinhedo chamado Titon, plantado a 20 km do Pacífico. Apenas 30% dele é maturado em barricas de carvalho. Ao nariz mostra notas de morango e cereja, em meio a especiarias e toques terrosos. Em boca é de corpo médio, mostra boa acidez e mineralidade. O tempo em taça lhe faz muito bem. Eu decantaria por um tempo para ele revelar suas qualidades. É um Pinot Noir Chileno, que pode ser reconhecido como tal, mas possui tendências velho-mundistas, como aliás, têm os vinhos da Falernia que conheço. Gostei muito! Vale a pena experimentar. Comprei na Winemeup, onde aliás, pode-se encontrar os ótimos vinhos da Quinta das Bágeiras.
O segundo vinho da foto foi levado pelo JP, e trata-se de um Las Moras Gran Syrah 3 Valleys 2012. Eu estava curioso para apreciar vinhos mais elaborados desta vinícola, visto que um bem simples que bebemos tempos atrás, já mostrava qualidade. Este Syrah é um vinho feito com uvas de 3 vales onde a vinícola Las Moras produz seus vinhos: Tulum, Pedernal e Zonda. O vinho passa 17 meses em barricas novas de carvalho francês e americano.  No começo, o vinho exalava um pouquinho de álcool, mas em pouco tempo isso se ajustou e podia-se notar aromas de amoras maduras, vegetais, chocolate, alcaçuz e especiarias. Em boca era intenso, denso, mas com boa acidez que lhe dava frescor. Apesar de jovem, mostrava taninos redondos. O final era longo, levemente vegetal e com notas de alcaçuz. Tem longa vida pela frente. Um ótimo Syrah, comprovando a vocação da vinícola para elaborar bons vinhos com esta casta.
O terceiro da foto é um Cedro do Noval 2010, levado pelo Caião. Esse é um vinho que sempre agrada. O vinho mostrava notas de amoras em meio a azeitona preta, alcaçuz e um fundinho de café. Em boca, repetia o nariz e mostrava-se mais maduro que seus irmãos de anos anteriores. Eu também achei menos mineral que eles. E essa é uma característica que gosto muito no Cedro. Apesar de bom, acho que ficou devendo um pouco neste quesito.
E para finalizar, um Cortes de Cima Touriga Nacional 2007, levado pelo rei dos portugueses, nosso confrade Paulinho. No início, mostrava-se um pouquinho alcoólico, mas depois, esbanjou aromas de cereja, ameixa, tabaco e especiarias. Em boca, mostrava ótimo conjunto, com acidez adequada e taninos devidamente arredondados pelo tempo. Já está entrando naquela fase que lembra um bom porto. Eu gosto quando está assim. Mas ele já está no seu ápice. Está ótimo agora e não tem mais o que evoluir. Se tiver um deles na adega, abra logo e mande ver, que será prazer garantido.
Isso aí! 

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