domingo, 18 de junho de 2017

Como foi o Wine Day Decanter em Araraquara

Como esperado, o Wine Day Decanter realizado pelo Empório Basílico, em Araraquara, foi bem legal. Vinhos bem selecionados, bom buffet e público antenado. O Rodrigo, sempre presente, conduzia muito bem o evento, como sempre. Coloco algumas fotos a seguir, com destaque para alguns dos vinhos apreciados.
Este da primeira foto foi, para mim, o melhor do evento. O Quinta da Gaivosa 2008 é feito pelo mestre Domingos Alves de Sousa com uvas tradicionais do Douro (um monte delas). A maturação é de 15 meses em barricas de carvalho Allier 50% novas. Este 2008 está um pouco diferente do 2009 que bebi tempos atrás. Está mais pronto. Cor bonita, rubi, e aromas de frutas maduras, especiarias e notas licorosas. Bem amplo e macio em boca, com boa acidez, taninos redondos e final especiado e licoroso. Muito gostoso! Mas ainda preferi seu irmão de 2009, menos maduro e mais austero...
Branco da Gaivosa 2014, feito com Malvasia Fina, Gouveio e Arinto, com 4 meses de passagem em barricas, mostra notas cítricas, florais, minerais e um toque exótico bem interessante. Gostei dele!
Tricau 2012: Ótima surpresa da Terranoble. Feito com Carignan (65%), que estagia 24 meses em barricas usadas, e Cinsault (35%), que passa 4 meses em tanques ovais de concreto. Aromas de groselha, tostados e especiarias. Em boca, médio corpo, macio e taninos finos. Muito elegante. Às cegas, é difícil falar que se trata de um exemplar chileno. O rótulo é outro ponto positivo. Muito bonito.
Outra ótima surpresa: Pardusco 2013. Vinho feito pelo mestre dos Alvarinhos, Anselmo Mendes, na região do Minho, com as castas Alvarelhão, Pedral, Caínho, Borraçal e Vinhão. Passagem rápida em madeira usada.  Cor clara, aromas de frutas silvestres, muito agradáveis. Em boca é leve, macio, fácil de beber. É vinho que pede outra taça, sem exageros, bem agradável. Na direção oposta dos vinhões concentrados e enjoativos. Gostei!

Este é sempre bom! Quinta de Foz de Arouce 2013. Ótima fruta, especiarias, cereja em licor e chocolate. Qualidade sempre constante. 
Luis Cañas Reserva 2011 muito bom. Só um pouco modernoso demais para o meu gosto. Mas muito agradável e fácil de beber. O Rosso di Montalcino Caprili 2015 estava bom, ainda que um pouco fechado. O Isole e Olena Chianti Clássico 2013 estava muito bom! Notas de cereja, chá, especiarias e lácteas. Entre os melhores do evento.
Desta turma, gostei do Pio Cesare Il Nebbio 2009 e mais ainda do Ziggurat Tenute Lunelli Montefalco Rosso 2011, com boa fruta (cereja) em meio a especiarias, toques cítricos e minerais. Bom frescor e taninos presentes, para acompanhar carne gordurosa. 
O Ferrari Perlé Brut 2009 estava muito bom, cremoso, amendoado e mineral. Eu esperava mais do Gallardia del Itata Muscat 2012, da De Martino. Falaram bastante deste vinho. Tem um nariz mineral, lembrando até Riesling, mas em boca bem diferente. Tem um toque de lichia que não sou fã (por isso não também muito fã de Gewurz..). Prefiri seu irmão tinto feito com Cinsault. 
E para fechar a noite com classe, acompanhando um queijo azul, um José Maria da Fonseca - Domingo Soares Franco Moscatel Roxo de Setúbal 2005. Delícia de vinho! Doce de casca de laranja, damasco e flor de laranjeira. Acidez equilibrando o dulçor e final muito longo. Uma beleza! 






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