Apreciei um Erasmo 2006 com meu amigo Fernando Tinton, no Ciao Bello, poucos dias atrás. O vinho teve 94 pontos do Guia Descorchados 2010 e foi eleito a melhor mescla chilena e segundo melhor vinho da américa latina. É um corte bordalês clássico (Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc) e produzido por um italiano (Conde Marone Cinzano) no Chile. É muito elegante, com grande delicadeza. A fruta não aparece excessivamente doce, como é moda, e sim, fresca. Tudo é equilibrado no vinho: acidez, álcool e madeira. Discordo completamente da Wine Spectator, que o considerou levemente rústico e lhe atribuiu apenas 88 pontos, com a indicação de consumo até 2011. O Guia Descorchados sugere decantar e consumir entre 2011 e 2021. Não sei se chega até lá, mas uma sobrevida maior é mais provável. O vinho ainda está meio fechado, e só começa a se abrir depois de um bom tempo em decanter (mínimo 2 horas). Na taça ele também se mostra aos poucos, como deve ser com um bom vinho. Por isso, não é para quem bebe ligeiro, sem apreciar. É um vinho para curtir. Depois de aberto dá para sentir notas de amora, groselha, tabaco e uma pitadinha de azeitona verde.Quanto ao preço, é bastante honesto, pelo que oferece e quando comparamos com ícones chilenos (R$99,00).
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