sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Domus Aurea 2008: Outro belo exemplar de um dos meus vinhos chilenos preferidos!
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Domus Aurea 2008: Este vinho é um dos vinhos chilenos que mais aprecio. Não é vinho que se rende aos modismos. Tem seu jeito próprio, que me agrada bastante. Domus Aurea significa "Casa de Ouro". É um vinho do Maipo, da Quebrada de Macul, feito com uvas colhidas e selecionadas a mão. Este 2008 possui pitadas de Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot, e passou 20 meses em barricas. Com 10 anos nas costas, mostra muita vivacidade. Ao nariz, mostrou aromas de cassis, ameixa preta, azeitonas, eucalipto e curry, em um fundo terroso. Em boca, ótimas acidez e taninos devidamente arredondados. O final era longo, especiado e mineral. Com o tempo, foram surgindo notas de café e alcaçuz, muito gostosas. Um grande vinho, sem dúvida alguma! Continua sendo um dos meus preferidos. Pena que seu preço tenha subido tanto, acompanhando também a subida de outros tantos tops chilenos. Veja aqui outros Domus Aurea que pintaram aqui no blog. |
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Queijo Canastra Real Capim Canastra: Uma beleza!
Esses dias meu querido irmão André me enviou uns queijos lá de nossa querida Minas Gerais, e dentre eles, um belo pedaço de um Canastra Real da Estância Capim Canastra. Tempos atrás postei aqui sobre alguns queijos da Canastra, e há mais tempo ainda (nos saudosos tempos do Ciao Bello), sobre um Canastra Real (clique aqui). Mas olha, este Canastra Real Capim Canastra é algo de se tirar o chapéu. Segundo o André, tem maturação de 6 meses. Eu não achei mais informações sobre ele. Vejam a bela casca e cor do danado! A textura é muito boa, tipo parmigiano, e os aromas fortes, encorpados. Massa muito gostosa, levemente arenosa, e sabores deliciosos, fortes, ricos e muito persistentes. Excelente! De dar inveja em muitos queijos importados por aí... Para acompanhá-lo, nada de cerveja fraca. Ele pede cervejas encorpadas, com mais presença. Se for para o vinho, esqueça branco leve. Eu acho que ele ficaria bem com vinhos tipo "Laranja" ou brancos mais amadeirados. Nos tintos, escoltaria bem um Brunellão ou Amarone. Vejam as fotos do pedaço do danado perto de um Canastra normal, que tem por volta de 1 kg. Valeu, meu irmão! Queijo bão! Aliás, muito bão!
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Extrapolem para imaginar o tamanho do danado inteiro... Uma peça de Canastra Real tem, geralmente, de 5 a 6 kilos |
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Foto de internet, comparando o Real com o Canastra normal, à direita |
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Cortes de Cima Reserva 2011: Que vinhão!
O Paul não brinca em serviço. Quando o negócio é vinho português então, o cidadão pega pesado. E este Cortes de Cima Reserva 2011 está aí para provar. Este vinho só é produzido em safras excepcionais, como a 2011. Ele é feito com Aragonez (40%), Syrah (35%), Touriga Nacional (15%) e Petit Verdot (10%). As uvas são submetidas a uma maceração longa com as películas, o que dá estrutura tânica ao vinho. A maturação é feita por 14 meses em barricas novas de carvalho francês. A produção deste 2011 foi pequena (apenas 9900 garrafas), como em outros anos. Só para ter uma ideia, ele ganhou 95 pontos da Decanter, 95 do Anibal Coutinho, 94 do Mr. Parker e 18 (em 20) da Revista de Vinhos. Mas vale citar uma injustiça: Nenhum Cortes de Cima Reserva ganhou, até o momento, mais de 89 pontos da Wine Spectator. Não dá para acreditar! Este 2011 é um vinho enorme. Cor granada, viva, bem bonita. Ao nariz, notas florais, de frutas como framboesa e cereja, em meio a notas sanguíneas, minerais, mentoladas, baunilha e especiarias. Em boca, muita vivacidade aportada por uma acidez vibrante e boa mineralidade. Os taninos são finos e o final longo e com toques minerais e de tabaco. Um grande vinho, muito fresco e vibrante, com grande aptidão gastronômica. Este 2011 poderia durar ainda muitos anos, mas pode ser apreciado agora, com muito prazer. O Paul insistiu e eu tive que levar um pouco que sobrou na garrafa para casa. Mandei um vacunvin e deixei na geladeira, até beber no terceiro dia, uma sexta-feira à noite. E que maravilha estava! Para mim, até melhor que no primeiro dia. Tudo ficou ainda mais integrado, e o vinho ficou bem sedoso. Isso indica que ele teria uma bela evolução na adega. Bem, esse não...rs.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Só vinhões em festa no JP: Vega Sicilia Único 1999, Brancaia IL Blu 2010, Chryseia 2012, Côte Rôtie Duclaux La Germine 2010, Don Maximiano 2009, Incógnito 2011, La Rioja Alta GR 904 2004, Quinta Vale D. Maria 2010, Vallado Reserva 2008 e um Royal Tokaji para arrematar!

Descreverei aqueles que estão apenas na foto maior, e abaixo, aqueles que têm fotos individuais. Não me lembro quem levou o Don Maximiano 2009, que já pintou aqui no blog duas vezes (clique aqui) e dispensa comentários. O Paolão levou o Quinta do Vallado Reserva 2008, que estava uma beleza! Aromas de framboesa e kirsch, em meio a chocolate e café. Em boca, muito elegante e macio, com tudo em cima. Os taninos redondinhos e o final longo e com notas de café. Uma beleza! Sou fã do Vallado Reserva.
Também não lembro quem levou o Quinta do Vale D. Maria 2010. Bebemos algumas vezes este vinho, que sempre agrada. Vinho de cor escura e aromas de amoras e framboesas em compota, chocolate amargo, café amargo e notas minerais. Em boca, intenso, denso, com taninos finos e fundo mineral. Este é outro que sempre agrada a turma da confraria.
Ah, para arrematar a festa, ainda apreciados duas garrafinhas de Royal Tokaji 5 Puttonyos 2009 e um Taylor's Porto 10 anos, por que ninguém é de ferro.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Domaine du Clos Naudin Vouvray Demi-Sec 2009: Bão demais!
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Domaine du Clos Naudin Vouvray Demi-Sec 2009: Vinho orgânico do Vale do Loire, produzido por Philippe Foreau. Cor bonita, amarela brilhante, e aromas ricos de damasco fresco, mamão, anis e favo de mel. Mudava com o tempo, oferecendo uma paleta de aromas muito rica. Em boca, ótima acidez equilibrando o dulçor. Final longo, mineral e com toque de anis. Uma delícia! Chenin blanc demi-sec bom para acompanhar queijos de massa mole e também camarão e lagosta. Deve ser bom também com aves ou pratos de comida oriental condimentados. Sem contar, claro, que deve escoltar bem sobremesas como tortas de abacaxi, cheese cake de damasco etc. Beleza de vinho! Que pena que comprei só uma garrafa. Logo abaterei o seu irmão Moelleux, do mesmo ano. A pergunta que sempre me faço: Por que os vinhos do Vale do Loire são ainda tão pouco apreciados no Brasil? A propósito, comprei na Decanter.
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Angelica Zapata Chardonnay Alta 2013: Tropical!
Tarapacá Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2014
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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
Terra d'Uro 2011: Toro, é Toro!
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Terra d'Uro 2011: Vinho produzido pela Hacienda Terra d'Uro, vinícola que é um projeto de Oscar Garrote, Pipa Ortega e o português Cristiano Van Zeller, craque de primeiro time. O vinho é feito com uvas do vinhedo Finca La Coscojosa, que é de baixa produção e possui mais de 90 anos de idade. Tempranillo (Tinta de Toro) 100% com maturação por 20 meses em barris de 500 litros de carvalho francês. Vinho com notas florais e aromas de cereja preta, casca de laranja, algum herbáceo e baunilha. Em boca é denso, mostra ótima acidez, toque licoroso e final longo e especiado. Os taninos são firmes e em camadas. Vinho perfumado, aromático, intenso, delicioso! Ao ser aberto é um pouco temperamental, mas em pouco tempo mostra a que veio, ou seja, alegrar o feliz bebedor! Recomendo uma horinha de decanter. Comprei em uma ótima promoção da Wine, e peguei algumas garrafas na confiança, pois já havia lido boas recomendações sobre ele. A Wine Spectator, por exemplo, lhe tascou merecidos 93 pontos e muitos elogios. Infelizmente, não tem mais no site da Wine. Acho que apenas seus irmãos Finca La Rana e Selección (que também devem ser bons). Tomara que volte a ser disponível, pois é muito bom o danado! Mais um belo vinho de uma região que muito me agrada.
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sábado, 10 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
Na cozinha do Tom: Giramonte 2006, Quinta Vale D. Maria 2006, Calcu Futa Cabernet Sauvignon 2009, Monte dos Cabaços Reserva 2010, Sophenia Synthesis Malbec 2014, Cadus Blend of Vineyards 2012, Pelter Cabernet Shiraz 2015 e Churchill's Estates 2011!
O Tonzinho reabriu a cozinha e fez aqueles seus famosos assados para acompanhar os vinhos levados pela turma. Além disso, abriu a sessão com aquele que foi (disparado) o melhor da noite: Giramonte 2006! Este grande vinho já pintou aqui no blog duas vezes (clique aqui) e não preciso gastar muitas linhas com ele (embora seja merecedor). Depois dele, mostro os outros vinhos da noite, na ordem de minha preferência.
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Cadus Blend of Vineyards 2012: Levado pelo JP. Aliás, é a segunda vez que leva este vinho (clique aqui). Portanto, não preciso comentar. No entanto, achei a outra garrafa melhor que esta, que estava muito doce para o meu gosto. Fiquei na primeira taça. |
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Churchill's Estates 2011: Levado por este que vos escreve, pela segunda vez. Na outra (clique aqui), achei bom, mas extraído e um pouco enjoativo. Agora piorou. Não justifica os 93 pontos da Wine Spectator. Fim da fila para ele. |
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A turma reunida. |
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Errazuriz Max Reserva Merlot 2013: Confiável!
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Marques de Riscal Reserva 2013: Sempre Riscal!
Falar do Marques de Riscal é chover no molhado. O vinho é sempre confiável e nunca faz feio em uma mesa, mesmo frente a vinhos mais caros. Falam dos vinhos para comprar de caixas, e este é um deles. Este Marques de Riscal Reserva 2013 não foge à regra e mostrou mais uma vez a qualidade deste vinho. Aliás, está até melhor que alguns de safras anteriores. Ele mostra boa fruta ao nariz, com notas de cereja e ameixa, em meio a notas cítricas, tostadas, baunilha e outras especiarias. Em boca é bem macio, sedoso, com boa acidez e taninos já redondos pela pouca idade. O tempo deve suavizar a baunilha e agregar complexidade ao danado. Beba uma garrafa agora deste 2013 e guarde algumas para ir apreciando a cada ano. Gostei dele.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Faustino I Gran Reserva 1994: Ainda muito bom!
Meu amigo Paolão sempre me liga quando abre um vinho de categoria. Diz que precisa dividir a felicidade com um amigo. Bela atitude! E quando isso acontece, eu, que não sou bobo nem nada, saio correndo para a casa dele para ver do que se trata. E desta vez era um Faustino I Gran Reserva 1994. As Bodegas Faustino se gabam de serem os primeiros exportadores de grandes reservas de Rioja e de produzirem alguns dos riojanos mais consumidos no mundo. Dizem que o Faustino I é o Gran Reserva mais vendido do mundo, correspondendo a 40% das vendas dos vinhos em sua categoria. São mais de 150 anos de história desta bodega localizada na Rioja Alavesa. Este Faustino I Gran Reserva 1994 foi feito com 85% Tempranillo, 10% Graciano e 5% Mazuelo, com maturação por 28 meses em barricas de carvalho francês e americano. A cor do vinho ainda é granada escura, brilhante, embora já possa ser notado halo de evolução. Os aromas são elegantes, com notas de cereja, canela, tabaco, couro e notas terrosas. Em boca mostrou-se muito sedoso, elegante, sem arestas. A acidez ainda lhe garante frescor, mas acho que este 1994 alcançou o máximo de sua longa vida. No entanto, ainda há no mercado exemplares de 1964 e 1970, que dizem estarem ainda muito bons. Os taninos deste 1994 estão devidamente arredondados e o final é longo e com toques de tabaco e canela. Delicioso o vinho! Tomamos acompanhado de algumas lascas de jámon e queijo, mas ele iria bem com carne de cordeiro. Continue me chamando para outras dessas, Paolão!!! Ah, vale citar que a bonita garrafa jateada é um caso à parte.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2015: 95 pontos, Decanter?
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Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2015: A revista Decanter de vez em quando (parece que agora, de vez em sempre...) está atribuindo notas exageradas para alguns vinhos mais simples. É o caso deste Perez Cruz CS 2015, que recebeu medalha de Platina e 95 pontos, com a designação de Best Value. Esta última, até não discuto, pois o vinho tem mesmo bom preço (ou tinha, quando paguei pouco mais de 50 pilas* - Já subiram! Efeito Decanter). E ele também tem boa qualidade. É um Cabernet Sauvignon típico chileno, com as notas de cassis e pimentão, em meio a menta, baunilha e outras especiarias. Também é bom em boca, com boa acidez, bom final e taninos já redondos. Bem correto e agradável o vinho, e isso, não questiono. Mas me pergunto: Se ele ganhou 95 pontos, quanto ganharia seu irmão maior, Pircas de Líguai, que, para mim, é bem superior? A propósito, a benevolente Wine Advocate lhe atribuiu 90 pontos, assim como o Guia Descorchados. Boa diferença, não? *Nota: Vi que está com preço similar ao que paguei na Bacco's e Viavini. Vale experimentar. |
Riglos Gran Corte 2014: Novo, mas com futuro!
Eu gosto dos vinhos da vinícola argentina Riglos. Tempos atrás bebemos o Riglos Gran Corte 2009 e ele fez sucesso. Ele tinha a Malbec como uva majoritária em meio a 25% de Cabernet Sauvignon e uma pitada de Cabernet Franc. Este Riglos Gran Corte 2014 tem um corte que me agrada bem mais: Quantidades praticamente iguais de Malbec, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Para mim, isso dá mais nervo e complexidade para o vinho, que tem o dulçor da Malbec equilibrado pelas Cabernets. A produção é pequena, apenas 7105 garrafas e o vinho matura 21 meses em barricas novas de carvalho francês. O vinho tem aromas de amoras, cacau, café e notas minerais. Em boca ainda está nervoso. Tem boa estrutura, mostra boa acidez e taninos firmes, ainda por arredondar. O final é longo e mineral. Ele precisa de tempo. Se for beber agora, demanda 1-2 horas de decanter. Eu beberia depois de 2020. Bordeaux-like.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Colares Adega Viúva Gomes Reserva 1965: Uma experiência única!
O meu amigo Akira me disse, há algum tempo, que havia me trazido um vinho de Portugal de presente. E que era algo especial... Ao receber o presente, não tive dúvida, saca-rolhas nele imediatamente! Era um português Colares Adega Viúva Gomes 1965! Eu tinha muita curiosidade para conhecer este vinho tradicional de Portugal.
A região demarcada de Colares é caracterizada pela exposição a ventos, nevoeiros matinais e solos arenosos com vinhas em pé-franco. As suas vinhas resistiram ao ataque da filoxera, pelo solo arenoso e pela profundidade de suas raízes, que chegam a mais de 8 metros. A região foi demarcada em 1908, sendo a segunda mais antiga de Portugal. Ela se localiza numa zona de dunas, no litoral de Sintra, entre a serra e o oceano Atlântico. A área cultivada antigamente era bem maior, mas atualmente, parece que apenas 25 hectares são cultivados. As castas principais da região são a Ramisco para os tintos e Malvasia, para os brancos. A característica comum, para tintos e brancos, é a longevidade! São vinhos amigos do tempo! A casta Ramisco é conhecida pela grande acidez natural, o que deve contribuir para a longevidade de seus vinhos. A Adega Viúva Gomes produz vinhos em Colares desde 1808 (ver foto da sede, abaixo). Este Colares Adega Viúva Gomes Reserva 1965, segundo o site da vinícola, foi feito com 95% Ramisco (não sei o restante). Fiquei com medo ao abrir, pois a rolha estava escura e um pouco frouxa. Mas o vinho, estava perfeito! A cor pode ser vista em foto que coloco abaixo. Forte para um vinho desta idade. Ao nariz, lembrava castanha portuguesa cozida, em meio a notas terrosas, frutas secas e notas amadeiradas. Em boca repetia o nariz e mostrava muita maciez, com uma textura levemente licorosa. A fruta já dava lugar a outras características, mas ainda sobrava um fundinho de cereja em licor, ou algo assim. É um vinho senhorío, muito elegante! Dizem que os mais novos também têm características parecidas. Quero beber um dia para comparar. O fato é que o vinho é uma experiência única, pela idade e pelas características peculiares. Eu gostei muito! Obrigado, Akira!
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Nesta foto dá para ver a safra do danado, próximo ao gargalo... Este ano é bom!!!! |
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E para quem esperava um vinho clarinho, ou cor de tijolo pelos mais de 50 anos, se enganou. A cor é incrível para um vinho desta idade. |
sábado, 3 de fevereiro de 2018
Matando as saudades: Santa Helena Selección Del Directorio 2013
Champagne Vollereaux Brut Rosé de Saignée: Seco e fresco!
Geralmente os Champagne Rosé são feitos por blending com vinho tinto da Pinot Noir com um vinho branco. Isso dá mais controle e reprodutibilidade da cor. Por outro lado, alguns Champagne Rosé são feitos pelo método da sangria ("Saignée"), no qual a uva é macerada com a casca para extração de cor e compostos que agregam complexidade ao vinho. Este método é mais delicado e menos reprodutivo, pois o enólogo tem que observar muito bem o momento de fazer a sangria. No entanto, costuma gerar vinhos de bela cor e ótima complexidade. É o caso deste Champagne Vollereaux Brut Rosé de Saignée, que comprei a um ótimo preço na Chez France tempos atrás. O vinho tem uma bela cor, lembrando suco de groselha, límpida, e borbulhas finas e constantes. Os aromas são de morango, toranja, panificação e minerais. Em boca mostra complexidade e grande frescor, com final seco e mineral. Apesar de poder ser bebido solo, é um Champagne mais apropriado para acompanhar comida, e o fez muito bem. Gostei muito, ainda mais, considerando a relação custo/qualidade. Aliás, o preferi ao seu irmão branco. Espero que volte a ser disponível na Chez France logo. Recomendo!
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
Covela Reserva tinto 2012: Muito bom!
A Quinta da Covela, ainda que centenária, renasceu apenas recentemente, após 2011. A Quinta pratica agricultura biológica e as fotos da propriedade são muito bonitas! Este Covela Reserva tinto 2012 é feito com Touriga Nacional cortada com Cabernet Sauvignon e Merlot. A maturação ocorre por 17 meses em barricas de carvalho francês. O vinho é complexo ao nariz, com notas florais, de amoras, cassis, cedro e especiarias. Em boca é mineral e intenso mas com ótima acidez, que lhe aporta frescor e vivacidade. Tem um lado picante bem interessante. Os taninos são firmes e o final longo e amadeirado. O vinho é classudo, com muita presença. Ia deixar este 2012 mais tempo na adega, mas notei um certo vazamento na cápsula e fiquei com medo. Mas quando abri o vinho, a rolha estava perfeita. Vai saber... O fato é que aguentaria ainda uns bons anos. Para beber agora é bom decantar. Ótimo vinho! Aliás, é o segundo que bebo da vinícola. O outro foi um branco, que ainda não descrevi aqui. Mas que estava muito bom também. Os vinhos Covela são importados pela Winebrands.
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