segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Vinhões na cozinha do Tom: Tignanello 2011, Giusto di Notri 2009 e Brunello di Montalcino Il Poggione 2009!

Fazia tempo que não íamos à cozinha do nosso querido Tonzinho. É um lugar onde já passamos muitos momentos legais, e é claro, comemos e bebemos muita coisa boa. E nessa semana matamos as saudades. não fomos em muitos, e quem não foi, perdeu. Para acompanhar os assados do Tonzinho mandamos 5 vinhos. Destaquei no título apenas 3 por que foram os que se destacaram. O primeiro deles, levado pelo confrade Rodrigo, era um Tignanello 2011. O supertoscano de Antinori, feito com Sangiovese (80%), Cabernet Sauvignon (15%) e Cabernet Franc (5%), estava uma maravilha. Nariz muito complexo, com notas de cereja preta, alcaçuz, chocolate amargo, grafite, leve mentolado e um fundo elegante de pimenta-do-reino. Em boca, repetia o nariz e mostrava grande elegância. Os taninos são redondos, apesar da juventude, e o final muito longo. Um vinho muito prazeiroso, delicioso, que teria muitos anos pela frente. Mas mandamos ver agora, sem dó e com muita felicidade! Valeu, Rodrigo!
Outro supertoscano também fez sucesso: Giusto di Notri 2009, da vinícola Tua Rita. Foi levado pelo Caião, que pegou pesado também. O vinho também estava uma beleza! É feito com Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (30%) e Cabernet Franc (10%). Corte bordalês clássico, com passagem por 18 meses em barricas de carvalho 70% novas. Neste a fruta era um pouco mais presente que no Tignanello, com aromas de cereja e framboesa, em meio a tabaco e especiarias. Em boca mostrava taninos firmes e um final longo e especiado. Vinhaço também! Isso aí, Caião!
Eu levei um Brunello di Montalcino Il Poggione 2009. No começo, o vinho estava meio reticente em mostrar a fruta, mas em cerca de uma hora, e em temperatura mais adequada (um pouco mais fresco), mostrou toda a qualidade dos Il Poggione. Notas de cereja se mesclavam a tabaco e chá. Em boca, ótima acidez cítrica e toques terrosos. O final era longo e especiado. Uma delícia de Brunello! Já tinha ouvido falar que este 2009 tendia mais para o lado tradicional, e é verdade. Do jeito que eu gosto! Se tiver um deste, deixe em decanter por 1-2 horas antes de beber. O danado evolui muito bem.
O JP levou um Malbecão clássico: Lagarde Primeras Vinhas 2012! O vinho é feito com uvas de vinhedos centenários, plantados em 1906 e 1930, e é bem concentradão, com aqueles toques doces característicos. Notas de mirtilo e ameixas, com uns toques de cravo. A madeira é presente, mas nada que incomode. Muito redondo em boca, com boa acidez e final longo. É vinho bem feito, mas precisa de tempo em garrafa para dar uma amenizada na concentração. Par perfeito para uma carne suculenta e gordurosa...rs.
Faltou eu falar do vinho aberto pelo anfitrião, que era um Altos las Hormigas Vista Flores 2007. O motivo é simples: Bouchonné! E muito! Foi bater o naso e sentir... Uma pena, pois este 2007 foi considerado um dos melhores da linha. 
Isso aí! Grande noite para matar as saudades da cozinha do Tom. O saudosismo estava alto e tirei umas fotos de algumas garrafas que já abatemos lá, que o Tonzinho guarda de recordação. Quanta coisa boa para celebrar a vida...



2 comentários:

  1. Flavio,
    Vinho top bouchonné dói no coração. E não só no coração (rs).
    E penso o quê fazer. Não dá pra reclamar com o vendedor, pois muitas vezes foi comprado fora, a garrafa ficou bom tempo na adega (caso em que se esquece onde foi comprada), etc.
    Negócio é partir pra próxima mesmo.
    Abraço!

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    1. Pois é, Alexandre! Dá uma dor no coração danada...rs. E no bolso do Tom... Eu acho que ele comprou na Argentina. Aí fica ainda mais difícil reclamar. Mas foi uma das poucas que veio assim de lá. E olha, uns dois confrades mandaram ver assim mesmo...rs. Eu já refutei na primeira cafungada. O cheirão de pano molhado estava pulando da taça.
      Abraços,
      Flavio

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