sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pombal do Vesúvio 2007, Abadia Retuerta Selección Especial 2007 e Megara 2005 - Na Confraria do Ciao



Ontem começamos a noite com um vinho levado pelo confrade Caio, o Pombal do Vesúvio 2007, da Quinta do Vesúvio. É a segunda vez que o Caião nos brinda com este vinho, já postado aqui (clique), mas esta garrafa estava ainda melhor que a primeira. O vinho abriu bastante neste ano, desde a época em que apreciamos a outra garrafa. É o segundo vinho da Quinta do Vesúvio, e é elaborado com as castas Touriga Franca (60%), Touriga Nacional (30%) e um pouquinho de Tinta Amarela (10%). As notas florais da Touriga Nacional aparecem majestosas, em meio às notas de cereja, amora e leve chocolate. É um vinho que surpreende, pois é um duriense com aromas que lembram alentejano. Em boca o vinho está mais gostoso agora, mais redondo, com boa acidez e taninos já domados. Vinho elegante e muito equilibrado. Uma delicia! É importado pela Mistral.
E como na semana passada eu havia pisado na bola e levado um vinho que desagradou até o saca-rolhas, levei um que tinha certeza de que todos iriam gostar, o Abadia Retuerta Selección Especial 2007. Já comentei sobre ele aqui no blog (clique aqui). O levei embrulhado, para que os confrades acertassem a procedência. O Caião matou na hora e o Fernandinho concordou com a alma espanhola do danado. Comparando com a primeira garrafa, que bebi há cerca de um ano atrás, esta já mostra um vinho mais amigável, mas redondo, aliás, bem redondo! O vinho tem notas tostadas, carameladas, de bala toffee, em meio a cereja passa. Uma delícia! Em boca é elegância pura, mas com imponência. Os taninos já estão bons, mas com o tempo devem ficar ainda melhores. É vinho que se pode beber agora, mas que deve envelhecer muito bem. Bem, foi unanimidade entre os confrades. O Fernandinho, que adora o Abadia, o elegeu, ainda embrulhado, com o melhor da noite. Os vinhos da Abadia Retuerta são importados pela Peninsula.
Bem, o final da noite não foi lá dos melhores, tenho que confessar. Apreciamos um vinho siciliano levado pelo JP, o Megara 2005, da Duca di Salaparuta. O vinho é um corte da uva (provavelmente autóctone) Frappato e Syrah (50/50). Ao nariz, tinha notas medicinais que não me agradam, que com o tempo foram diminuindo, mas persistiram. A fruta aparecia, mas um pouco enjoativa, com notas bastante evidentes de licor de cassis e cereja. Em boca era leve, com bons taninos. Mas no geral, o vinho não agradou.

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