Aos poucos, liberando o que está engavetado. E não é pouca coisa. Abaixo, foto de vinhos apreciados semanas atrás em reunião da confraria. Todos estavam ótimos! Mas alguns me chamaram mais a atenção. Apesar do Post Scriptum 2015 estar grande, precisa de tempo. O La Tremenda, precisa de um prato denso para se espelhar. no mais, 5 vinhões.
Rutini Apartado Gran Blend 2014, levado pelo Caião. Acho que é um corte com proporções parecidas de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec e Syrah, e passagem por madeira nova e usada. Um belo vinho, floral e com notas de mirtilo, amoras, pimenta-do-reino e cacau. Em boca, complexo e persistente, com boa acidez e taninos firmes. Final longo e com notas de cacau e picantes. Todas as castas se mostram com ótimo equilíbrio. Um belo blend, que pede tempo em adega para ficar ainda melhor.
Do lado dele um que já pintou aqui no blog, mas merece mais uma menção, pois melhorou muito em dois anos: Quinta de Foz de Arouce 2011! Vinho de grande safra e que parece melhorar a cada dia. Aromas florais, fruta viva, fresca, e especiarias, com aquele fundinho vegetal da Baga. É feito com esta casta, sinônimo de Bairrada, e Touriga Nacional. Foi unanimidade na noite, agradando a todos. Belo vinho, que lembro ter comprado em uma bela promoção da Decanter. Mais uma vez: Vasco!
O Cassião chegou meio ressabiado, com uma garrafa de Neyen Limited Edition Syrah 2006. Mas a desconfiança durou pouco, pois o vinho estava ótimo! Syrah muito bem feito, equilibrado, com ótimo corpo e sem aquele calor por vezes comum nos Syrah chilenos. Lembrava mais Rhone. Muito macio, com taninos já devidamente arredondados pelo tempo. Está em seu limite e não deve evoluir mais. Mas mostra que bons vinhos chilenos podem ser longevos.
O JP levou o Post Scriptum de Chryseia 2015. Vinho com pedigree! Segundo vinho do grande Chryseia, em grande ano. Blend de Touriga Nacional (53%) e Tinta Roriz. Notas florais, amoras, cereja, cacau, couro e tabaco. Em boca, boa acidez, mineralidade e taninos ainda um pouco nervosos. Bem francês... Precisa de tempo. Deve recompensar quem tiver paciência.
E para finalizar, um vinho que o Tonzinho levou uma vez na casa do Rodrigo e eu não bebi, e que agora tive a chance: La Tremenda 2014. Monastrell do craque Enrique Mendoza, feito no sul da Espanha, mais precisamente, na bela região de Alicante. Vinho aromático, com notas de cereja preta e ameixas, em meio a um toque tostado e de chocolate amargo. Em boca, certo calor, fruta madura e taninos macios. Mas não tem exageros por vezes visíveis em vinhos feitos com a Monastrell, provavelmente, pela boa acidez que lhe aporta frescor. Bom vinho, que pede uma boa carne para acompanhar. Muito boa qualidade pelo preço. Vasco!
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