segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Belo quarteto: Barolo Rocche dei Manzoni Big 'd Big 2001, La Rioja Alta 904 2009, Cain Five 1998 e El Vinculo Paraje La Golosa 2003!




Fazia um tempo que o Carlão tentava convidar o JP para beber um vinhão, e finalmente, conseguimos nos reunir para apreciar umas belezas. O Carlão levou os dois dele embrulhados, que são os dois do meio na foto. Acertar o Barolo Rocche Dei manzone Big'd Big 2001 não foi díficil. Sua cor, aromas e paladar o entregaram. E tudo estava excelente no danado. Bem, mas deixa só mostrar umas fotos da vinícola, cujas terras foram compradas em 1974 em Monforte d'Alba, por Valentino Migliorini, que na época era proprietário de um restaurante com estrela Michelin. A belíssima propriedade começou também a produção de espumantes pelo método tradicional na região. Mas só em 1999 lançou seu primeiro Barolo. Vejam as fotos:


E esta da parte interna?


De babar, não?

Mas e o vinho? Bem, além do Barolo "normal", eles produzem outros 4 especiais, dentre eles, o Big 'd Big. Nome estranho, né? Não consegui saber a origem deste Barolo Rocche dei Manzoni Big 'd Big 2001, que vem dos menores vinhedos da propriedade (apenas 6 hectares dos 50 totais). O vinho matura em madeira e também em tanques de cimento. Tem cor clara e aromas florais, morango, especiarias e funghi secchi. Em boca, ótima acidez, taninos finos e bem presentes (Que bom isso!) e final longo e terroso. Uma beleza de vinho, que veio de grande safra na Itália. Barolo dos grandes, para ser tomado devagar, curtindo. Top! E não teve erro, matei que era um deles na primeira cafungada. Tava fácil...rs.
Mas o outro que o Carlão também levou, embrulhado, não estava tão fácil. JP e eu chutamos italiano também, e nos demos mal. Era um americano! Já confundi americano com bordeaux e sulafricano, mas com italiano, foi a primeira vez. Era um Cain Five 1998! Vinte e um anos nas costas e não mostrava. Inteiraço! Vinho americano de qualidade é assim. Aliás, na ficha técnica do vinho mais recente, o 2014, o produtor cita: "Drink now or forever". Esse californiano, da vinícola Cain Vineyards and Winery, é um dos apenas 3 vinhos produzidos pela vinícola. Foi feito com Cabernet Sauvignon (82%), Merlot (12%) e pitadas de Petit Verdot, Cabernet Franc e Malbec. Nada de excesso de extração, dulçor ou baunilha. Vinho muito equilibrado, com aromas florais, frutas silvestres, ervas e minerais. Em boca, ótima acidez, mais seco que o habitual, mineral e com taninos finos. Final longo e mineral. Uma beleza de vinho. Tirei o chapéu! Valeu, Carlão! Pelos dois belos vinhos. Ah, se as fotos da Rocche de Manzoni são bonitas, as da Cain também não ficam atrás, apesar do estilo bem diferente. Vejam uma delas:


Bem, o JP e eu não combinamos que vinhos levar, mas levamos da mesma nacionalidade: Espanhóis na veia! Vou descrever primeiro o do JP, que chegou um pouco atrasado no jantar e trazia debaixo do braço nada mais, nada menos, que um belo La Rioja Alta 904 Gran Reserva 2009. Até então, era a safra mais recente deste vinho que adoramos. Agora já lançaram a aguardada 2010, que espero algum confrade leve logo...rs. Bem, o que falar deste vinho, que sempre nos agrada e que considero uma das melhores relações custo/qualidade do mercado? Particularmente, este 2009 está muito vivo. Cor belíssima e aromas de cereja fresca, tabaco, cítricos, baunilha e outras especiarias. Em boca, grande frescor aportado por uma acidez vibrante. Taninos firmes e presentes. Destaque total para sua vibrância. Final longo e mineral. Uma beleza de vinho, como sempre. Este, com mais nervo que os anteriores que bebemos. Talvez pela idade, ou é coisa da safra mesmo. Terá anos e anos pela frente. Mas quem quiser um Riojano com nervo, manda o saca-rolhas agora que não ficará nem um pouco triste. Vinhaço!


Bem, e esse que vos escreve levou um El Vínculo Paraje La Golosa Gran Reserva 2003, produzido pelo grande Alejandro Fernandez (Pesquera) na região de La Mancha, especificamente, no distrito de Ciudad Real. Vinho com pedigree, feito com uvas de vinhedos antigos e de baixo rendimento. Só lembrando que Alejandro Fernandez foi responsável por uns dos melhores vinhos produzidos na safra 2003. Este Paraje La Golosa tem o toque de Pesquera. Apresenta aromas de cerejas maduras em meio a especiarias doces (cravo, canela, alcaçuz e baunilha). Em boca, uma entrada mais doce quando comparado com seu primeo Riojano bebido na mesma noite, mas com boa acidez aportando frescor. Final longo e rico em especiarias. Uma delícia de vinho, que conheci em uma degustação da Mistral anos atrás e que o representante da vinícola me recomendou fervorosamente. O faço também para meus leitores! Belo vinho também, em uma noite repleta deles.







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