sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Confraria - Crasto Superior 2007, Vallado 2007, Era dos Ventos 2008 e outros

Ontem na confraria fizemos um pequeno duelo entre dois bons portugueses: Vallado 2007 e o novo Crasto Superior 2007. Ambos estavam ótimos. O Vallado é um vinho clássico, com boa pegada, boa fruta, e mais aberto (ao contrário do Reserva que ainda precisa um tempinho...), mas acho que a madeira ainda aparece muito. Certamente um tempinho guardado em adega lhe fará bem. O Crasto Superior 2007 é um lançamento e chegou para ser bem aceito. A vinho é muito equilibrado e a fruta (amora bem madura) aparece com muito sabor. O nariz é excelente, com notas florais em meio à fruta, e na boca o vinho surpreende. É levemente adocicado e próprio para agradar os mais distintos públicos. É vinho que dá para tomar sozinho. Belo vinho levado pelo Paolao! Vale conferir.
Tomamos ainda o esperado branco Era dos Ventos 2008, que adquiri da Confraria Carioca. O vinho é feito por uma parceria entre o Zanini (Vallontano), Álvaro Escher (ex-Cave Ouvidor) e Pedro Hermeto (Restaurante Aprazível, RJ). O Álvaro era o produtor do famoso Insólito, vinho que agradou muito, inclusive levando Ed Motta a destacá-lo como melhor branco brasileiro. E realmente é um grande vinho, que me agradou bastante. Vinho de garagem. Diferente de tudo que se conhece, a começar pela linda cor dourada. O nariz é muito vivo, também diferente. Lembra damasco, como acertado pelo amigo Tom, pimenta (típico da uva - aliás, daí o nome Peverella) e ferrugem. Na boca também é excelente, com muita harmonia. É vinho de meditação e motivo de orgulho para os fabricantes. O Paolao, o Caio e eu fomos os que mais gostamos do vinho. Os outros colegas, principalmente o Fernandinho, parecem ter estranhado um pouco. Acho que se tomarem pela segunda vez vão mudar de opinião. O próprio Álvaro me disse que o Insólito era 8 ou 80, não há meio termo. Concordo e o mesmo vale para o parecido Era dos Ventos.
Tomamos ainda um honesto Clos Torribas 2006 e um La Escondida Shiraz 2008 (bem frutado, sem aparecer muito a madeira - lembrou shiraz antigos).

2 comentários:

  1. É isso mesmo Flávio, o Era dos Ventos é 8 ou 80 como te disse o Álvaro. Quem não está acostumado com esse estilo dificilmente gosta, mas quem está, adora.

    Um abraço.

    Eugênio

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  2. Pois é Eugênio, valeu sua dica no decantando a vida. Agora é esperar para experimentar o tinto deles, que deve ser especial. Quando você tiver noticias sobre o lançamento me de um toque.
    Abraços, Flavio

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