A vinícola Pieropan foi fundada em 1890, no Vêneto, e tem produzido grandes vinhos por quatro gerações. Ela se localiza no centro histórico do vilarejo de Soave, Verona. A vinícola é considerada a melhor produtora de Soave, e seus brancos estão sempre entre os melhores da Itália. São 5 brancos produzidos: Soave Clássico, Calvarino, La Rocca e os doces Le Colombare e Passito de La Rocca. Tanto o Calvarino, quanto o La Rocca, são vinhos feitos a partir de uvas de vinhedos únicos. O nome Calvarino significa "pequeno calvário", e se refere à dificuldade em se trabalhar no terreno tortuoso, no qual se venta de cima para baixo, e onde estão as videiras. A primeira garrafa do Calvarino foi produzida em 1971, e segundo o produtor, ele simboliza o que há de mais tradicional e mais característico na zona de Soave. O vinho é produzido com 70% Garganega e 30% Trebbiano di Soave, com idade entre 30-60 anos. A maturação é feita por 1 ano sobre as lias em tanques de cimento vitrificado, o que lhe aporta estrutura e complexidade. Depois disso, descansa alguns meses em garrafa antes de ser comercializado.
Este Pieropan Soava Clássico Calvarino 2007, que levei para apreciar com os amigos Fernandinho e Paolão, tinha uma cor palha com reflexos dourados, e provavelmente ainda teria muitos anos pela frente. Aliás, os Calvarino são conhecidos por terem grande capacidade de guarda. Ao nariz o vinho mostra notas florais, de limão, pêssego e leve cera de abelha. Em boca demora um pouquinho a se abrir. Deixe respirar! Pode parecer estranho para quem está acostumado com os brancos triviais, mas este é daqueles brancos que ganham com aeração (como o Tondonia, Capellania, o brasileiro Era dos Ventos, dentre outros). É um vinho sêco, especiado, mineral, com ótima acidez, muito elegante e com um fundinho amendoado ao final. É daqueles que deixam a gente triste quando a garrafa acaba. Evaporou rapidamente! Esse repetirei, sem dúvida! Aliás, ele é importado pela Decanter, e a inspiração para adquirí-lo veio de uma postagem do amigo Eugênio (clique aqui), na qual ele mostrava um Pieropan Soave Clássico e outros dois grandes (mesmo) brancos.
Vinhaço Flavio. A Pieoropan não brinca em serviço!!! Me deu uma vontade louca de provar esse exemplar que não conheço, mas me baseando no Soave Classico que tomei, é tiro certo. Obrigado mais uma vez pela citação.
ResponderExcluirForte abraço,
Eugênio
Realmente um vinhaço, Eugênio! E me inspirei no Soave Clássico que você mostrou no Decantando. Eu que agradeço a dica (aliás, como várias outras...rs). Agora estou curioso para experimentar os outros do produtor. Mas lembrando daquele almoço de vocês, o Ermitage De L'orée do Chapoutier que vocês beberam no mesmo dia, foi uma maldade, hein? rs.
ExcluirAbração!
Flavio