terça-feira, 30 de abril de 2013

E na noite do Sassicaia, ainda teve: Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003, Don Maximiano 2008, Caballo Loco 12 e Foradori Sgarzon Teroldego 2010!

E a turma não brinca. Na noite em que levei o Sassicaia os amigos surgiram com grandes vinhos. Três deles foram replays, pelo menos para esse que vos escreve. Mas que replays! Pode repetir que fico feliz! Um foi novidade, bem distinta. Mas vamos a eles...
O primeiro foi o Casa Ferreira Reserva Especial 2003 levado pelo amigo João Paulo. Bem, todo mundo já sabe da história: Quando não sai Barca Velha, lançam o Ferreirinha. Alguns, chegam bem perto de seu irmão maior, como foi o caso do grande 1997, já comentado aqui no blog (clique aqui). Esse 2003 também já apreciamos tempos atrás (clique aqui). Dessa vez, parecia ainda melhor. É um vinho que trás a elegância da Casa Ferreirinha. Tem um carimbo! Um gosto peculiar. A sua marca são as frutas vermelhas maduras, sous-bois e o tabaco leve, com um fundo de alcaçuz muito gostoso. Elegância total. Não tem como não agradar.
Do lado dele, um outro replay, levado pelo amigo Caio. Aliás, foi comentado aqui na semana passada (clique aqui). Falo do Don Maximiano 2008. Nem gastarei muitas linhas com ele, por dispensar. Agradou a todos e acompanhou a comida com maestria.
E vizinho do Don Max, seu conterrâneo chileno, que traz aquela interrante história dos blends com vinho do ano anterior. Esse Caballo Loco 12 também já passou aqui no blog (clique aqui). Uma beleza de vinho feito com uvas da colheita de 2007 mescladas com o vinho do ano anterior. Potente, pegado, chilenão típico, mas que mostra grande riqueza e potencial de envelhecimento. Esse não envelhece mais, e ainda contribuiu para que envelhecessemos menos...rs. Beleza de vinho! Valeu Rodrigo! Gracias!
Elisabetta Foradori - Foto de http://www.winestories.it/eng/elisabetta-foradori/
E do lado direito do Caballo, o mais diferente da noite, levado pelo amigo Paolão. É um vinho do nordeste da Itália, mas precisamente, do Trentino-Alto Adige, feito pela vinícola Foradori. A vinícola foi estabelecida em 1901, mas o primeiro vinho foi lançado na década de 60. Quem comanda tudo atualmente é Elisabetta Foradori (foto). E o faz, de maneira muito especial. Não são utilizados pesticidas ou adubos químicos e o cultivo é biodinâmico. São apenas 23 hectares de vinhedos, em sua maioria, da uva Teroldego, uma uva que é irmã da Dureza, que por sua vez, é conhecida como sendo a mãe da conhecida Syrah. Esse Foradori Sgarzon Teroldego 2010 é feito com uvas do vinhedo Sgarzon, que com seus poucos 2.5 hectares, é conhecido por ter muita influência do clima frio e gerar vinhos muito frescos. Junto com o seu irmão Morei é considerado o que mais expressa a caraterística da casta. 
Ânforas - Foto de http://www.winestories.it/eng/elisabetta-foradori/
O vinho não passa por madeira. A fermentação e maturação é feita com as cascas em ânforas espanholas (tinajas - foto) por 8 meses. Não são utilizadas leveduras industriais e pouquíssimo sulfito é adicionado, só ao final do processo. E o vinho é realmente distinto. Ao abrir e verter na taça senti um aroma diferente, talvez oriundo do estágio na ânfora. O aroma foi ficando mais integrado em pouco tempo em meio a notas de amora, cereja preta e toques minerais. Em boca o vinho era fresco, mineral, com taninos perfeitos e um leve amargor final, que de nada incomodava. Um vinho muito bom, mas para apreciadores mais vividos. Ainda bem que tenho um Morei e um Granato para apreciar logo. Só que esse último, já passa por madeira. A propósito, a fruta do rótulo, a romã, é a preferida de Elisabetta, que a considera a mais bela das frutas, por ser um mosaico espontâneo e surpreendente. Notem que gastei mais linhas com esse vinho, por dois motivos: Ele me atrai muito e os outros já haviam passado aqui pelo blog, dispensando maiores comentários.
Bem, e ao final, à direita, um Champagne levado pelo Fernandinho, que acabamos não abrindo na noite para não extrapolar.
Gracias, amigos!

2 comentários:

  1. Flávio, acho que um Sassicaia mais descansado atropelaria todos impiedosamente, mas, como ainda estava novo, talvez o Casa Ferreirinha e o Caballo Loco tenham conseguido um lugar no cantinho da foto. Sei, são estilos bem diferentes, a comparação fica difícil...
    Agora, deixar de abrir o champagne pra não extrapolar, depois dessa farra, é a mesma coisa que dispensar a cereja sobre um paralelepípedo de chocolate, hehehe.
    Abs.

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    1. Concordo, Vitor! O danado é poderoso, e como você mencionou, ainda estava novo. Eu o coloquei na taça antes da turma chegar, descansou um pouco. Até eles chegarem claro... E aí, mandaram ver... rs. Um ou dois espertoss (me incluo nessa) guardaram a taça para beber mais ao final. E o resultado não poderia ser outro: Uma beleza! Os apressadinhos vão se lamentar por terem entornado uma taça de Sassicaia rapidamente. O Ferreirinha fez muito sucesso, assim como o Caballo e o Don Max. O Teroldego ficou meio perdido alí no meio, mas é um vinhão. Mas para tomar devagar, sem outros blockbusters do lado. É um vinho a ser experimentado.
      Rapaz, a turma queria abrir o Champagne de qualquer jeito. Mas tivemos que segurar...rs. O paralelepípedo ficou mesmo sem a cereja. Mas se tomassem ia dar hospital, sem dúvida...rs.
      Abraços,
      Flavio

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