Mais uma reunião da Confraria do Ciao, regada a ótimos vinhos. De entrada, um que levei, e que já apareceu aqui no blog, o Casa Marin Cipreses Vineyards Sauvignon Blanc 2009. Nem vou comentar muito sobre ele, que acho o melhor Sauvignon Blanc do Chile. É um vinho que mostra ótima fruta, toques florais e grande mineralidade. Se você gosta de Sauvignon Blanc não pode deixar de experimentar esse. Vale cada centavo investido.
Seguindo na foto, agora nos tintos, um belo Carmelo Rodero Reserva 2007 levado pelo Tonzinho. Recentemente apreciei seu irmão maior, TSM (clique aqui), mas esse Reserva mantém o pedigree. É feito com Tempranillo (90%) e 10% Cabernet Sauvignon (que aparece...). A crianza é feita em barricas francesas por um ano e mais 6 meses em americanas (ambas com idade de 1 a 3 anos). É um vinho muito aromático, com notas de amoras, cassis, tostado e café com leite. Nota-se também a baunilha e um toquezinho de canela, remetendo até a um Pago de Carraovejas que apreciei tempos atrás. Em boca, destaque para o seu frescor, aportado por uma ótima acidez. É um vinho muito equilibrado e sedoso. Delicioso! A meu ver, o destaque da noite, fácil.
O penúltimo vinho, à direita na foto, levado pelo amigo Paolão, é um dos que mais gosto na Argentina. É o J. Alberto 2008, da Bodega Noemía, da Patagônia. O Paolão já havia me ofertado o 2009 tempos atrás (clique aqui). O vinho é feito de maneira orgânica e biodinâmica, com Malbec (95%) e Merlot (5%). A fermentação é feita com leveduras selvagens e não há adição de SO2. Também não se utilizam bombas na vinícola, tudo é feito por gravidade. A maturação foi feita por 8,5 meses, sendo que 30% do vinho estagia em barricas francesas novas os restantes 70% em barricas de segundo uso, as mesmas onde foi maturado o top Noemía. A partir de 2010 não se utilizou mais barricas novas, apenas de segundo e terceiro usos, além de cubas de cimento. Esse 2008 estava uma delícia. Notas de amora e framboesa se mesclavam a alcaçuz, anis e grafite. Em boca, repetia o nariz e mostrava muita sedosidade. Nada daqueles Malbecs enjoativos, doces, pesadões. Um ótimo vinho, que prima pela elegância e chinela a maioria de seus hermanos na mesma faixa. Recomendado!
Bem, e para finalizar, um brazuca levado pelo amigo JP, o Almaúnica Quatro Castas 2010. Bem, o nome e o rótulo mostram que é feito com 4 castas: 34% Syrah, e Malbec, Merlot e Cabernet Sauvignon (22% cada). O vinho é considerado o "Super Premium" da jovem vinícola, fundada em 2008. Eu já disse que não gosto dessas designações (Premium, Super Premium, Hiper Premium, Ultra Extra Premium...), mas o vinho é muito bom. A Syrah maturou em carvalho americano e as outras em carvalho francês, por um total de 24 meses. O JP levou embrulhado e todo mundo chutou ser um espanhol. No começo ele mostrava muita baunilha e tostado, o que denuncia sua juventude. Depois de algum tempo foi ficando mais equilibrado, e foram ficando evidentes notas de frutas maduras, chocolate, café e tabaco. Em boca é encorpado e os taninos ainda pegam. Mas deve evoluir bem em garrafa nos próximos anos. Jeitão internacional, mas bem feito e uma boa surpresa!
Bem, isso aí gente! Até a próxima.
Blz Flávio
ResponderExcluirQue noite hein!! vou chegar lá..rsrs.
Bem posso comentar o J. Alberto que tomei tempos atrás...espetacular, e com vc bem diz nada de um Malbec enjoativo e doce. Pena que tomei só um gole...estav meio atrasado naquele dia...aff.
O preço está bastante salgado, mas acredito que vale o sacrificio
Abs
Orlando
Pois é, Orlando! Mais uma noite daquelas...rs. Bem, você está próximo aqui da gente. Tem que aparecer um dia em Sanca.
ExcluirRealmente o J.Alberto é muito bom. Aliás, seu irmão mais novo, A Lisa, também é uma boa compra pela qualidade (e está em promoção na Vinci, assim como o J.Alberto).
Abraços,
Flavio
Pô, Flávio, assim fico lembrando e relembrando que não achei o J Alberto na fronteira. De qualquer forma, realmente é um dos menores acréscimos do mercado. Com essa promoção, então, o preço tupiniquim não chega a 30% a mais que na fonte.
ResponderExcluirE o Carmelo Rodero, não comprei por pura bobagem: descartei pela safra meia-boca. Mais uma lembrança de que bons produtores fazem bons vinhos mesmo em anos difíceis.
Abs.
Vitor, realmente uma pena você não ter encontrado o J.Alberto. É bom o danado, de verdade. Muito elegante. E vi que ainda está em promoção, né? Mas nem vou pensar em comprar, senão não tem alvará que resista...rsrs.
ExcluirQuanto ao Carmelo, todos até agora que bebi estavam muito bons. Realmente uma prova de que produtor bom manda bem até em ano fraco. Nós compramos aqui em grupo e ainda tem um Crianza e um Reserva para serem abatidos. Tentarei convencer a turma a guardar mais um pouco.
Abraços,
Flavio