segunda-feira, 6 de maio de 2013

O aniversário do amigo Tom foi batuta! Isso, Batuta 2009!

O confrade Tom voltou de viagem e comemorou seu aniversário com algum atraso. Mas a celebração foi boa, como sempre. E para acompanhar a Paella Caipira, que ele mesmo fez alí, na nossa frente em seu fogão à lenha, tinha que ter vinho bão, claro. O destaque foi para um que ele ganhou do amigo Margarido e que foi descorchado alí na hora. Era um vinhão de Dirk Niepoort, o Batuta 2009. E esse também justifica o nome do blog como ninguém. É um vinho top do craque Dirk Niepoort, feito com vinhas velhas (70-120 anos de idade), mas com predominância de Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Matura por 20 meses em barricas novas de carvalho francês. Ao nariz mostra notas de amoras, kirsch, framboesa, chocolate e especiarias, como canela e alcaçuz. Em boca, repete o nariz, é mineral e tem como destaque uma acidez vibrante, que o deixa muito fresco. Os taninos são presentes, vivos, sedosos e o final é longo e especiado. Uma maravilha de vinho! Briga fácil com Meão, Vesúvio e outros grandes portugueses. Impressionou-me pela finesse, leveza e clareza. Um vinho digno da comemoração. Um dos melhores portugueses que já bebi. Tem longos anos pela frente, mas já é perfeitamente (e prazeirosamente) apreciável agora. A propósito, os vinhos de Dirk Niepoort são importados pela Mistral.
Bem, e não tinha só ele, não... Vejam as fotos abaixo. A entrada foi com um vinho bem mais simples, um DV Catena Cabernet-Malbec 2008. Vinho com notas florais e de especiarias em meio a ameixa, cassis e figo. Em boca, repete o nariz e mostra boa acidez. Foge um pouco do estilo mais denso, embora ainda tenha aquele doce característico. Mas não é do tipo exagerado. Acredito que ganhará com adega. Diversão certa para novo-mundistas de plantão.
Depois dele, outro argentino de peso e que já foi comentado aqui outras vezes, o Lindaflor Malbec 2002. É um dos vinhos mais consistentes feitos com essa uva na Argentina. Vinho grande, super em tudo, e parece que não morrerá nunca! Incrível como esse 2002 ainda está vivo e cheio. Mas o tempo está lhe aportando ainda mais elegância. Bom mesmo o danado.

Seguiu-se um espanhol, que nunca falta. Agora, um que não conhecia, o Rioja Bordón Gran Reserva 2004. O vinho é produzido pelas Bodegas Franco-Espanholas, e passa 36 meses em barricas americanas de tostado médio a intenso. Depois, descansa mais 2 anos em garrafa antes de ser comercializado. O vinho é um Rioja clássico, tradicional, com madeira presente, mas sem incomodar, e notas de licor de cereja, caramelo, baunilha, cítricas, canela e um fundinho de tabaco. Em boca, mostra ótima acidez, madeira presente e taninos sedosos.  Um vinho muito bom pelo preço que vi no mercado. 
E para finalizar (pelo menos enquanto eu estava lá...) abriram um outro velho conhecido nosso, o Quinta da Bacalhôa 2009. Bem, esse vinho é tiro certo. Não tem erro. É difícil não agradar. Nem vou comentar muito sobre esse ótimo Cabernet (com uma pitadinha de Merlot), pois já foi comentado aqui no blog (clique aqui). No entanto, quando foi bebido mostrava-se ainda novo, meio fechado, mas com ótimo potencial. Agora, já está ótimo para beber. Notas de cassis se destacavam em meio a um tostado delicioso e alcaçuz. Em boca, corretíssimo, como sempre. Mais um Quinta da Bacalhôa que não deixou barato.
Bem, isso ai, pessoal. Aniversário muito bem comemorado do Tonzinho. Parabéns, meu amigo!
A propósito, depois disso tudo, ainda fui para uma degustação da Épice, na qual vinhos ibéricos deram o show. A postagem virá logo. 
Bem, e acabei de receber a informação do JP, que depois de minha saída ainda rolou um Lagarde Primeras Viñas 2009, um Lindaflor 2006 e um Amarone Zenato Clássico 2006 (coisa rara, hein Tonzinho?). Essa turma não perdoa...rs.
Neto colocando o arroz na Paella Caipira feita na hora pelo amigo Tom

Tonzinho dando os toques finais.. Como estava boa a Paella...

Voilá! Depois disso, só alegria!



4 comentários:

  1. Que farra, Flávio! E que paella caipira, deu água na boca!
    Lindaflor 2002 e 2003 foram alguns dos melhores Malbecs que bebi. A partir de 2004, turbinaram o álcool, daí saiu um pouco do meu gosto.
    Vi alguns vinhos da Niepoort na Sax, em minha última visita, inclusive o Batuta. Acho que vou pegar um deles. Tenho muita curiosidade pra provar o Charme.
    Abs.

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    1. Oi Vitor!
      Rapaz, tava bão o negócio. A Paella realmente estava de dar água na boca. E com o tempo mais fresco chegando aqui em São Carlos, melhor ainda.
      Concordo com você em relação ao Lindaflor. Deram uma carregada nele nos últimos anos. Mas é incrível como o 2002 ainda está vivão! Parece um vinho indestrutível.
      Legal a Sax ter os vinhos do Niepoort. Acho que colocarei na lista dos alunos...rs. Acho que uma vez, em um Encontro Mistral, experimentei o Charme. Mas não me lembro bem. Deve ser de primeiríssima também. Eu fiquei muito bem impressionado com o Batuta. É um vinho clean, sem exageros, com tudo no ponto. Fiquei imaginando beber ele devagar, bem tranquilo, sentindo seu comportamento com o tempo... Deve crescer demais na taça. Depois, se você lembrar quanto estão pedindo pelos vinhos do Niepoort na Sax, por favor me escreva, que já combino com os alunos aqui...rs.
      Abraços,
      Flavio

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  2. Flavio,
    Após alguma dificuldade para comentar no teu blog - coisa que tenho verificado no meu tb depois da mudança de formato - venho enaltecer os belos vinhos degustados.
    Mas essa Paella Caipira aí, é brincadeira!
    Grandes fotos.
    Abraço!

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    1. Grande Alexandre,
      Não sei o que acontece quanto aos comentários. Você usa o Google Chrome? É o melhor. Mas se não tiver a barra lateral preta completa do lado direito, nada feito. Quando vou comentar no seu blog eu passo para o modo Classic, aí fica mais fácil.
      Rapaz, quanto à Paella Caipira, estava uma beleza! O amigo Tom é craque. As fotos ficaram boa, né? Obrigado!
      Abraços,
      Flavio

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