quarta-feira, 29 de maio de 2013

Paul Sauer 2008: Mais uma beleza!

Se tem um vinho que sou fã é o Paul Sauer, da vinícola sulafricana Kanonkop. Já apreciei de vários anos, e sempre fiquei muito feliz. Recentemente dei umas bebericadas no 1995 e mandamos ver em um 2005 (clique aqui). Mas agora foi a hora do Paul Sauer 2008, que abati sozinho... Perdão confrades! Ainda tenho outra garrafa para compensar o egoísmo...rs. 
O vinho é feito com Cabernet Sauvignon (69%), Cabernet Franc (22%) e Merlot (9%). Corte bordalês típico. A maturação é feita por 24 meses em barricas francesas (Nevers) de médio tostado. O vinho tem aromas complexos de cassis, framboesa, florais, café e alcaçuz. Em boca, repete o nariz e é intenso, com muita presença. Os taninos são finíssimos, o final é longo e a acidez é corretíssima. Prima pela elegância, como um ótimo bordeaux. Uma delícia, como todos os Paul Sauer que apreciei até hoje. Como sempre saliento: É daqueles vinhos que colocam os vinhos premium chilenos em situação delicada. Para quem for apreciar: Aeração é recomendada. Deixe em decanter por 1-2 horas e verá o vinho se abrir. Bem, dá prá acompanhar na taça também. É um vinho longevo. O 1995 que apreciei tempos atrás estava uma beleza. Se tiver paciência, guarde em adega e terá um belíssimo vinho em alguns anos. A propósito, os Kanankop são importados pela Mistral

10 comentários:

  1. Flávio, por isso mesmo que, entre os objetivos para o blog neste ano, tá a pretensão de beber mais vinhos sulafricanos. Tenho encontrado a complexidade e a elegância que, nos chilenos, estão saindo mais caras. Tem coisa muito boa na faixa das 100 pilas! Como sugestão, uma opção interessante e pouco badalada é a Raka, trazida pela Decanter.
    Abs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso aí, Vitor! Investir mais nos sulafricanos! São páreo duro para os chilenos, que aumentam de preço a cada dia. Os sulafricanos possuem uma boa diversidade de vinhos, desde cortes a ótimos varietais. Sua lembrança do Raka é muito boa! Faz tempo que levei um deles para o pessoal na confraria (antes do blog existir). Acho que era um Figurehead que peguei em uma promoção do representante Decanter em Araraquara. E todos gostaram. Um dia te conto uma história engraçada que aconteceu com um amigo e o produtor em um Decanter Wine Show.
      Grande abraço,
      Flavio

      Excluir
  2. Blz Flávio

    Acredito que não tenha que pedir perdão por abater sozinho este super vinho sulafricano; afinal vinho bão é muito bão!!

    Abs
    Orlando

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Orlando!
      Acho que eles me perdoam...Contando que um dia lhes ofereça uma garrafa...rs. Mas como você disse, eles teriam que ficar bravos se não fosse um vinho bão!
      Grande abraço,
      Flavio

      Excluir
    2. Sou seguidor assíduo deste blog, raramente posto alguma coisa, mas concordo com vc quase sempre. O Chile e agora tb a Argentina perderam a noção do valor de seus vinhos, não conheço nenhum chileno que em condições de igualdade seja superior a um bom barolo ou brunello e hoje está mais em conta comprar esses vinhos do que um chileno top, acho isso um absurdo. Obrigado pelo seu blog, minha adega hoje em dia está quase que 100% baseada nas indicações de vcs e sem arrependimentos por enquanto.
      Grande abraço! Hélio Teixeira de Brasília.

      Excluir
    3. Caríssimo Hélio!
      É por comentários tão gentis, como o seu, é que fico incentivado a manter sempre o blog atualizado. E saber que sua adega está baseada em nossas sugestões é uma honra (além de aumentar nossa responsabilidade...rs). Fico muito feliz com isso! Muito obrigado pelas visitas regulares ao "Vinhobão"! Seja sempre bem-vindo!
      Quanto ao seu comentário, sobre os valores dos vinhos argentinos e chilenos, concordo em gênero, número e grau! Podemos adquirir bons Barolos, Brunellos e outros ótimos vinhos por valores abaixo (e as vezes bem abaixo) de tops chilenos e argentinos. Eu não sei onde querem chegar com isso. Muita gente está pensando como nós, e a tendência é que percam mercado. Se bem que o preço dos vinhos argentinos e chilenos nos EUA e Europa são bem abaixo dos praticados aqui. O negócio é garimpar vinhos dos hermanos que não seja badalados. Um exemplo é o Chacai, Aliara, o Flaherty e outros.
      Grande abraço!
      Flavio

      Excluir
    4. Flávio,

      Faz tempo que pretendo provar este vinho e até hoje nada. Preciso consertar isto.

      Quanto aos preços dos chilenos eu adiro ao coro. Realmente dá pra comprar muita coisa, inclusive italianos e franceses. Uma hora o pessoal vai acordar e ver que não dá pra pagar 300, 400, 500 nesses vinhos.

      grande abraço!

      Alexandre/DF

      Excluir
    5. Oi Alexandre,
      Acho que você gostará do vinho. Comparando o seu preço e qualidade, com os chilenos e argentinos na mesma faixa, acho que ele leva nítida vantagem. E olha que ele já teve preço melhor. Dizem que o 2009 é o melhor de todos. A Mistral ainda não tem, ou está ainda terminando com o estoque do 2008 para iniciar a venda. É um que não quero deixar escapar.
      Voltando à questão dos preços dos vinhos chilenos e argentinos, é como você disse: Dá para comprar italianos e franceses excelentes com o que pedem pelos tops hermanos. Acho que o pessoal já está acordando e notando isso. Eu só bebo esses tops em condições muito restritas: Trazidos do exterior; degustações; quando ganho de presente de uma alma bondosa ou quando pego uma boa promoção. Fora disso, tá difícil.
      Agora, se a gente quiser esquentar ainda mais a discussão é só ver também o preço que o pessoal tem pedido pelos vinhos nacionais "Super Hiper Premium Gran Reserva Especial"...rs. Aí é prá chorar...
      Grande abraço,
      Flavio

      Excluir
    6. Obrigado pela dica Flávio, não vou deixar passar esse 2009. Ficarei atento.

      Essa questão dos preços realmente depende do consumidor, e o consumo é uma coisa coletiva, portanto temos sempre que nos manifestar, pois dependemos uns dos outros.

      Quanto aos nacionais eu nem comento, ainda não consegui digerir aquelas salvaguardas e desde aquele triste episódio só tenho tomado uns (poucos) espumantes.

      abraços,

      Alexandre/DF

      Excluir
    7. Não há de quê, Alexandre! Ah, e quando o apreciar, deixe aqui suas impressões (ou no seu futuro blog...rs).

      Quanto aos preços, acho que temos que começar mesmo a manifestar nosso descontentamento, e escolher vinhos com preços mais justos. Assim, se todos tomarem a iniciativa, poderemos melhorar as coisas.
      Junto-me a você na indignação quanto às salvaguardas! Eu também diminui meu consumo de nacionais, principalmente daquela turma que liderou o movimento.

      Abraços,

      Flavio

      Excluir