terça-feira, 21 de maio de 2019

Confraria com: Bosconia Reserva 2004, Le Prélat de Pape Clément 2007 e outros

Noite boa na confraria, que começou com este Viña Bosconia 2004, levado pelo Paulinho, Rei dos Portugueses, mas que às vezes se enverada, e bem, pelos espanhóis.

Viña Bosconia Reserva 2004: Obra de Lopez de Heredia, os irmãos dos belos Tondonia provêm de uvas plantadas no vinhedo El bosque. O vinho procede de um vinho que costumava ser feito pelo bisavô da família, com influência francesa, ao estilo de Borgonha e com parte de Pinot Noir. Daí a garrafa no estilo borgonhês. O vinhedo tem apenas 15 hectares e nele são plantadas, além da Tempranillo, a Garnacha, Mazuelo e Graciano. O vinho, como é tradição da vinícola, tem longa Crianza, de 5 anos em barricas de carvalho americano, com 10 trasfegas. A diferença em relação ao Gran Reserva é que este último matura mais tempo em barricas de carvalho (6-7 anos) e são produzidos apenas em grandes safras, em quantidade menor. Este Bosconia da grande safra 2004 estava ainda nervoso e precisava ter sido decantado. Mostrou austeridade e a madeira se mostrava um pouco acima do meu limiar. Bela acidez e taninos ainda pegados. Foi melhorando com o tempo, mas acabou antes de mostrar o seu melhor. Bom? Claro! É um Lopez de Heredia!

AN/2 2005, da vinícola Anima Negra, de Mallorca. Levado pelo Caio. Vinho feito com as uvas O vinho é feito com 5 uvas, as cepas locais Callet (60%), Mantonegro e Fogones (20%), e as francesas Cabernet Sauvignon e Syrah (20%). No seu ápice, mostra ainda ótima fruta e toques de couro e tabaco. Muito redondo e fácil de beber. Gosto dos vinhos dessa vinícola. 

Barolo Tenuta Arnulfo Costa de Bussia 2013: Levado pelo Tonzinho. Barolão feito em Bussia, localidade de Monforte d'Alba. A vinícola data do século XIX. O vinho é um Barolo clássico, com notas de pétalas de rosa, morangos e cerejas, com um fundo de funghi secchi e alcaçuz. Em boca, ótima acidez, mineralidade e taninos finos, bem presentes, como esperado para um Barolo de apenas 6 anos. Mas mesmo assim, uma delícia em boca. Gostei muito.

Tarapacá Etiqueta Negra 2011. Levado por este que vos escreve para matar as saudades. É um vinho que não decepciona e que há tempos não bebíamos. Nariz com notas de amoras, cassis e pimenta-do-reino. Em boca, bom conjunto, com taninos já domados e final picante. Vinho bem feito, como sempre, e que sempre agrada. Não fez feio. Eu pensei que ocuparia uma posição nos degraus de baixo da escada, mas o JP se incumbiu de levar um que além de ficar na rabeira, não agradou. 
Le Prélat de Pape Clément 2007: Terceiro vinho do grande Chateau Pape Clement, destaque na região de Graves (o segundo é o Le Clémentin de Pape Clément). É feito com Merlot e Cabernet Sauvignon em quantidades parecidas e pitadinhas de Cabernet Franc e Petit Verdot. Nariz mostrando fruta madura e especiarias. Em boca, a fruta madura dava o tom e os taninos já redondinhos. Ótimo volume e persistência. O mais acertado da noite. Muito bom! Isso aí, Thiagão!


Oak Ridge Lodi Zinfandel Ancient Vine 2016, levado pelo JP. Não é o primeiro Zinfandel meloso que o JP leva. Acho que ele pensa que todos os Zins (como chamam nos EUA) são da mesma qualidade do Seghesio Sonoma County. Não são! Para mim, a maioria lembra este da foto: Doce, superextraido, abaunilhado etc. Este, na verdade, superou todos os outros que já bebemos. Ninguém conseguiu terminar uma taça. Nem o JP! Não foi para o Sagu por que o deixaria muito doce. 







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