Nessa última quinta-feira sugeri aos confrades que levassem vinhos brancos ou tintos leves, pois o calor estava bravo... E a noite foi boa!
O Rodrigo levou um RAR Viognier 2010, vinho feito pela associação da Miolo com o empresário Raul Anselmo Randon (daí o RAR). Apesar do vinho passar por 12 meses em carvalho, é bastante fresco e vivo. Notas florais e de pera. Uma boa surpresa. Bom para tomar sozinho ou acompanhando um peixe.
E para confrontá-lo, nosso amigo Paulão, que nos deu o ar da graça depois de um bom tempo, levou um branco de Paul Jaboulet Ainé, o Le Petit Jaboulet Viognier 2009. É um vinho de ótimo preço e que foi elogiado por Jancis Robinson, que disse ser um vinho superior a outros bem mais caros do Rhone Norte. Diferentemente do RAR, a madeira aparece mais, lhe aportando toques tostados e amendoados bem gostosos, sem mascarar a fruta. Vinho fresco e ótimo para frutos do mar.
Eu levei outro branco, português, regional Terras do Sado, o Adega dos Pegões 2002. Este já era um senhor, com seus 10 anos. Vinho feito com Arinto, Chardonnay e Pinot Blanc, em proporções iguais, e que mostrava notas de abacaxi compotado, nozes, favo de mel e leve amanteigado. Um nariz supreendente. Em boca, muito gostoso, redondo, tudo em cima. Gostei!
O Tonzinho, levou um Pinot Noir americano, o Sonoma-Cutrer Pinot Noir 2006. Logo ao ser aberto, estava fechado (que incoerência, hein? rsrs), mas com o tempo foi se abrindo em notas de frutas silvestres, ameixa, baunilha e um toque terroso gostoso. Vinho muito gostoso, que surpreendeu por não ter aquela doçura típica que os americanos gostam. Precisa respirar para mostrar suas qualidades. Eu gostei do danado.
E para encerrar, o vinho da noite, levado pelo amigo João Paulo. Não era exatamente um vinho leve, mas com um frescor de tirar o chapéu. E novamente, era o duriense Carm Reserva 2007. Esse eu já apreciei algumas vezes (veja aqui, e alí) e não me enjôo (claro, não sou bobo!). Número 9 do mundo na lista dos Top 100 2010 da WS, é um vinho que me agradou todas as vezes que lhe apreciei. E ele não pára de melhorar. Desta vez estava ainda mais aberto que das outras vezes. Estavam lá as notas deliciosas de amoras silvestres, Kirsch e violetas. Em boca, taninos corretos, acidez perfeita, complexo, e com um frescor impressionante. E o legal foi que tomamos um pouco mais resfriado que da próxima vez, e lhe fez bem. Uma beleza! Que bom que ainda tenho uma garrafa dele... Queria muito experimentá-lo mais evoluído, mas vai ser duro resistir.
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