Amigos leitores, vou iniciar uma nova fase do Vinhobão, com postagens mais rápidas. Descreverei os vinhos de forma mais ligeira, com nossas impressões sobre eles. Vamos lá.
O amigo JP levou o espanhol Pintia 2006. Esse dispensa comentários. De Vega Sicilia não se espera pouco. Um vinho denso, típico do Toro (esse sim, um Toro de verdade), untuoso, fruta madura, notas balsâmicas, chocolate e minerais. Os taninos são presentes, mas domados (mas devem melhorar ainda com uns anos de adega). O final é longo. Foi unanimidade na noite. Mas surprise: É o que tem menor nota da WS: 87 pontos! Estão de brincadeira. Veja no blog as apreciações de outros Pintia (clique).
O Caião levou o vinho que acabou de ser eleito o primeiro da lista dos Top 100 da Wine Enthusiast, o Riglos Gran Corte 2009. Um blend de Malbec (70%), Cabernet Sauvignon (25%) e Cabernet Franc (5%). Aqui, esqueçam a Malbec doce, enjoativa etc. Não! É puro equilibrio. O vinho tem tudo no lugar. Notas de ameixas, figo e cereja preta se misturam a notas de café com leite e chocolate. Um vinho delicioso, cremoso, redondo, que nos deixa com vontade de tomar outra taça. Vinhão. É importado pela Decanter, e na região de São Carlos pode ser encontrado no Empório Basílico, de Araraquara.
O Tonzinho começou o ano arrebentando. Levou um grande supertoscano da vinícola Argiano, o Solengo 2005. É a terceira garrafa do danado que aprecio (clique aqui) e cada vez fico mais feliz. Um vinhaço, que começa com notas de pitanga, cassis e cereja e vai se desenrolando em notas cítricas, tostadas, chocolate e alcaçuz. Em boca mostra grande volume e a acidez típica de um grande italiano. A propósito, não leva Sangiovese, apenas castas francesas (Cabernet, Merlot, Syrah e Petit Verdot). Um vinhaço!
E para fechar, eu levei um Berardo Chianti Clássico Riserva 2006, da tradicional vinícola Castello di Bossi. Um vinho que foi agraciado com 93 pontos da WS e que com certeza faz a alegria de amantes de vinhos italianos. A Sangiovese se manifesta de maneira implacável. O bom dele: Vai mudando com o tempo em taça, o que para mim, é característica de grandes vinhos. O começo é nervoso, mas com o tempo mostra notas de cereja, ameixa, chá, ervas frescas, pimenta rosa, alcaçuz, tabaco e couro. Muito rico mesmo! Prato cheio para italianófilos. Eu gostei demais. Ótimo Chianti Clássico Riserva.
Isso ai! Começamos muito bem o ano, com vinhos excelentes. Pelo início dá prá ver que 2013 promete.
ps. Faltaram os confrades Paolão e Rodrigo.
Muito legal o novo formato, Flávio. Mais rápido e ainda bem descritivo.
ResponderExcluirEssa nota do Pintia é bizarra. É um vinhaço!
Fiquei surpreso quanto ao Riglos. Esperava uma bomba, como te disse. Se encontrar, vou arriscar uma botella.
O Berardo 2006 olhou pra mim, olhei pra ele... quase fechamos há alguns dias, mas optei pelas 02 meias garrafas (Sideral e Matarromera) na minha estada em Curitiba. Vende na Vino. Quem sabe ainda surge uma chance? Faz tempo que eles não soltam uma boa promoção tb. Vou ficar de olho, é o meu n°, rs.
Abs.
Oi Vitor,
ExcluirObrigado! Dessa vez foi bem mais rápida a postagem. Postei no dia seguinte à bebedeira..rs. Acho que continuarei assim.
Realmente o pessoal da WS vacilou com o Pintia. Aliás, ele e o Alión não tem boas notas da revista. Mas acho que bebem os danados muito jovens, e duvido que deixam descansar direitinho, antes de beber.
Duvido que você não goste do Berardo 06. Como você disse, é seu número! (rs). Ideal para quem gosta de um bom vinhão italiano. No começo ele surge nervoso, mas com pouco tempo já começa a brilhar. Eu comprei com aqueles Dotz do Banco do Brasil. Valeu a pena!
Abraços,
Flavio
Ah, complementando: O Riglos, mesmo jovem, é muito elegante. Não é bombona! Se achar, compre uma botella.
Excluirabs