Meus amigos André e Akira apareceram com um borgonha de responsa para mandarmos ver. E não era coisa pequena: Dominique Laurent Mazis-Chambertin Gran Cru 1997! Bem, eu poderia gastar umas boas linhas sobre Dominique Laurent, que é um négociant muito respeitado na Borgonha, mas prefiro remeter à uma postagem do Beto Gerosa, que descreve com muito mais propriedade as características do produtor, que figura entre os négociant tops (isso, tem négociant e négociant...). Para se ter uma idéia, até a Wine Spectator, que não costuma ser muito generosa com borgonhas (?), ou pelo menos o quanto deveria ser, lhe outorga sempre pontuações de respeito. O Mazis de 1995, por exemplo, faturou 98 pontos, e este de 1997 que bebemos, 96 e elogios rasgados.
O Grand Cru Mazis-Chambertin é localizado dentro da comuna de Gevrey-Chambertin e conta com pouco mais de 8 hectares plantados, em sua maioria, com Pinot Noir (85%). Os restantes 15%, obviamente, são ocupados por videiras de Chardonnay. Seus vinhos são conhecidos pela opulência e é claro, elegância. E este Mazis-Chambertin 1997 não poderia estar diferente. O vinho exalava aromas de morangos silvestres e amoras, em meio a sous-bois, notas florais e muita (mesmo) especiaria. As notas de alcaçuz se alternavam com canela e noz-moscada. Eram impressionantes os aromas do vinho. Na primeira cafungada lembrei também de carne flambada. Parece esquisito, né? Mas foi a sensação que eu tive. Em boca era intenso, especiado, com bela acidez e taninos finíssimos. A madeira, como deve ser em um bom vinho, era coadjuvante e muito bem integrada. O final era interminável, terroso e levemente cítrico. Uma maravilha! Um vinho de 16 anos e em plena forma. Tudo que a Pinot Noir pode oferecer. Sem dúvida alguma um dos melhores borgonhas que eu bebi, ajudado pela perfeita maturação nesses anos em garrafa. E ele foi apreciado na presença de dois outros Pinot Noir do novo-mundo que, embora de muita qualidade, tomaram chineladas daquelas ardidas. Bem, ardido também é o preço do vinho, que é importado pela World Wine. A safra disponível é, no entanto, a 2006.
Valeu André e Akira!
O Grand Cru Mazis-Chambertin é localizado dentro da comuna de Gevrey-Chambertin e conta com pouco mais de 8 hectares plantados, em sua maioria, com Pinot Noir (85%). Os restantes 15%, obviamente, são ocupados por videiras de Chardonnay. Seus vinhos são conhecidos pela opulência e é claro, elegância. E este Mazis-Chambertin 1997 não poderia estar diferente. O vinho exalava aromas de morangos silvestres e amoras, em meio a sous-bois, notas florais e muita (mesmo) especiaria. As notas de alcaçuz se alternavam com canela e noz-moscada. Eram impressionantes os aromas do vinho. Na primeira cafungada lembrei também de carne flambada. Parece esquisito, né? Mas foi a sensação que eu tive. Em boca era intenso, especiado, com bela acidez e taninos finíssimos. A madeira, como deve ser em um bom vinho, era coadjuvante e muito bem integrada. O final era interminável, terroso e levemente cítrico. Uma maravilha! Um vinho de 16 anos e em plena forma. Tudo que a Pinot Noir pode oferecer. Sem dúvida alguma um dos melhores borgonhas que eu bebi, ajudado pela perfeita maturação nesses anos em garrafa. E ele foi apreciado na presença de dois outros Pinot Noir do novo-mundo que, embora de muita qualidade, tomaram chineladas daquelas ardidas. Bem, ardido também é o preço do vinho, que é importado pela World Wine. A safra disponível é, no entanto, a 2006.
Valeu André e Akira!
Flavio,
ResponderExcluirUm belo pinot, de fato, arranca suspiros (e uns bons pilas tb, fazer o quê kkk).
Abraço!
Caríssimo Alexandre,
ExcluirDissestes bem: Arranca suspiros! E deixa lembranças... E como você disse, deixas recordações na conta também...rsrs. Este meus amigos trouxeram de NY, mas mesmo assim, a facada dói.
Abraços!
Flavio
Que beleza de vinho Flávio!
ResponderExcluirÉ bom às vezes abrir uma garrafa dessas e pensar um pouco na vida, sempre com alegria!
abraços,
Alexandre/DF
Grande Alexandre!
ExcluirRealmente, um belo vinho. O amigo disse uma coisa muito importante: Pensar um pouco na vida, sempre com alegria! O vinho nos dá esta possibilidade. E que bom seria se pudéssemos pagar pelo menos algo próximo ao que os americanos pagam por belos exemplares...rs. Bem, não poderia deixar de dar uma alfinetada no custo Brasil...rs.
Abração,
Flavio
Faltou comentar o outro Pinozinho, comparar um com outro, posicionar as crianças...
ResponderExcluir[]s,
Carlão
Oi Carlão,
ExcluirA postagem dos outros dois já está preparada. É que o Mazis-Chambertin merece uma postagem individual...rs. Mas logo posto sobre os outros dois, que não são Pinozinhos...rs.
Abração,
Flavio
Aí falou no ouvido que eu escuto!!! Pinot Noir da Matriz!!! Que maravilha!!!!
ResponderExcluirÔpa! Escuta e bem! rs. Como você disse, Pinot Noir da Matriz! Não tem igual, né amigo Eugênio?
ExcluirAbraços,
Flavio
Flávio,
ResponderExcluirAmigos que trazem um Borgonha desse naipe podem abrir a geladeira, botar o pezão no sofá, tomar o controle da tv e mandar o cachorro deitar lá fora. Tá tudo liberado, rs.
Abs,
Vitor
Rapaz, sem dúvida! Já dei carta branca prá eles! Só não deixei a chave da adega com os caras...rsrsrs.
ExcluirAbraços,
Flavio