Olha, esse negócio de notas é traiçoeiro. O que tem de vinho meia boca com notaça não é brincadeira. Temos que desconfiar muito de notas, medalhinhas e concursos. Estes últimos então, difícil algum que me convença. Depois daquela do Toro Loco, o negócio degringolou.
No último domingo fiz um papelão imperdoável. Havia comprado um Santa Rita Reserva Syrah 2009 após ler em algum lugar que ele tinha recebido enormes 92 pontos e muitos elogios da Wine Spectator, que inclusive, lhe deu vida até 2020. Muito para um vinho de 50 e poucas pilas. Pensei ter encontrado uma barbada. E não foi só a WS que o elogiou. Ele recebeu elogios de vários blogueiros e sites especializados em vinhos. Por outro lado, teve um cara, acho que inglês, que meteu o sarrafo no danado, mencionando que foi uma das piores coisas que ele já bebeu e perguntando de onde a WS tirou aquela nota. Bem, infelizmente o inglês estava coberto de razão. Levei o vinho para beber com amigos e quase os perco. Há muito tempo não bebia algo tão estranho. Até esperava um Syrah mais quente, extraído, mas nem assim estava. Tinha uns aromas esquisitos, de remédio e um herbáceo estranho, passando por cima da fruta discreta. Em boca, para nossa tristeza, repetia o nariz e deixava um gosto estranho ao final. Não estava estragado. Era o gosto do danado mesmo! Fiquei de escrever este post para me penitenciar com os amigos e também prometer que da próxima vez levo algo bebível. Vejam abaixo o que a WS disse dele. Ou eles, ou nós, bebemos outro vinho. Na verdade, nós não bebemos. Ninguém conseguiu finalizar uma tacinha sequer.
No último domingo fiz um papelão imperdoável. Havia comprado um Santa Rita Reserva Syrah 2009 após ler em algum lugar que ele tinha recebido enormes 92 pontos e muitos elogios da Wine Spectator, que inclusive, lhe deu vida até 2020. Muito para um vinho de 50 e poucas pilas. Pensei ter encontrado uma barbada. E não foi só a WS que o elogiou. Ele recebeu elogios de vários blogueiros e sites especializados em vinhos. Por outro lado, teve um cara, acho que inglês, que meteu o sarrafo no danado, mencionando que foi uma das piores coisas que ele já bebeu e perguntando de onde a WS tirou aquela nota. Bem, infelizmente o inglês estava coberto de razão. Levei o vinho para beber com amigos e quase os perco. Há muito tempo não bebia algo tão estranho. Até esperava um Syrah mais quente, extraído, mas nem assim estava. Tinha uns aromas esquisitos, de remédio e um herbáceo estranho, passando por cima da fruta discreta. Em boca, para nossa tristeza, repetia o nariz e deixava um gosto estranho ao final. Não estava estragado. Era o gosto do danado mesmo! Fiquei de escrever este post para me penitenciar com os amigos e também prometer que da próxima vez levo algo bebível. Vejam abaixo o que a WS disse dele. Ou eles, ou nós, bebemos outro vinho. Na verdade, nós não bebemos. Ninguém conseguiu finalizar uma tacinha sequer.
An elegant and complex red, offering rich and concentrated flavors of dark cherry, damson plum, raspberry and chocolate that show a creamy intensity. Presents pepper and allspice notes midpalate, with a finish of huckleberry and flan.
Grande Flavio!
ResponderExcluirVez ou outra o mundo dos vinhos nos joga uma casca de banana (rs).
O problema é que nós, consumidores, é que passamos pelo constrangimentos. Produtor, vendedor e crítica ficam com os dividendos.
No passado, já bebi um Medalla Real cab sauvignon que gostei. Mas notei que algumas linhas da Santra Rita se promiscuíram.
Mesmo assim, não podemos deixar de buscar o bom custo x benefício, embora, no Brasil varonil, tal relação esteja cada vez mais difícil.
Abraço!
rsrsrs... Pois é, Alexandre! Casca bem escorregadia!
ExcluirEu estranhei a qualidade deste Santa Rita, pois os da linha Reserva costumam ser justos. Os Medalla são bons, né? Aliás, o Medalla Cabernet Sauvignon está a bom preço na Wine.
Bem, a gente continua a saga atrás de bons vinhos, a bons preços. De vez em quando dá com a cara no muro, mas vale a intenção...rs.
Grande abraço,
Flavio
Não conhecemos o Reserva de Santa Rita, só o Medalla Real mesmo (15 dólares se não estou enganado), e também cab sauv, e o prazer obtido foi ótimo, ainda mais com aquele preço. Teus amigos já te devem conhecer bem e saber que a culpa do vinagr... ops..vinho ruim é pura e exclusiva da vinícola e não de vc. Cada vez estamos mais convencidos que aqui no Brasil é: deixa o preço alto, se cola, cola, e geral e infelizmente cola.
ResponderExcluirAbraço!
Ola Cristina y Manolo,
ExcluirBom ter o comentário de vocês aqui.
Acontece um negócio estranho com o Medalla. Ele já teve preço alto, agora está mais baixo. Sei lá o que acontece. Acho que vocês estão certos: Mandam um preço alto... Se colar, mantém... Ou até sobe!!! O Medalla é um bom vinho. Inclusive, o Cabernet está a bom preço na Wine.
Abraços e obrigado pela visita de sempre!
Flavio
Blz Flavio
ResponderExcluirConcordo em gênero, número e grau.
Até eu gosto de pontuar (mas sempre pondero que é uma opinião particular, sem grandes pretensões, e que inclusive muda e como muda numa segunda botelha).
Falta muita criticidade à estes sites / revistas, e costumo dizer (sem provar) que sempre tem a parte financeira por trás!
Abs
Orlando
Olá Orlando,
ExcluirO negócio de notas é realmente complicado, assim como opiniões em sites e alguns blogs. Fica sempre a sombrinha do jabá.
Abraços,
Flavio
Flávio,
ResponderExcluirVez ou outra caímos em uma furada dessas... faz parte.
Quanto ao Medalla Cabernet eu concordo, é um bom vinho e costuma envelhecer bem. Também não entendi essa do preço, que já estava nos 100 reais na safra anterior. Tenho aqui duas garrafas 2010 que pretendo guardar um tempinho.
abraços,
Alexandre/DF
Pois é, Alexandre... Faz parte do mundo do vinho cair em umas furadas dessas...rs. Mas eu fiquei surpreso, porque a Santa Rita costuma produzir coisas boas.
ExcluirEu comprei umas garrafinhas do Medalla Cabernet 2010. E o preço estava bom, né? Vai entender... Eu li boas referências sobre ele. Se estiver bom mesmo, pelo preço que pagamos ficaremos contentes. Talvez eu abra uma garrafa logo e post aqui no blog para tirar a cisma. Aí você já fica mais tranquilo com as suas...rs.
Abraços,
Flavio
Flavio,
ResponderExcluirSeria bom, kkkkk...
Eu tomei o Medalla apenas duas vezes, em safras diferentes, e gostei, principalmente porque achei mais elegante em relação ao Marques e ao Montes Alpha. E também achei que envelhece melhor.
Vamos torcer para que a mudança no preço não reflita em queda de qualidade.
E realmente é uma surpresa quanto à Sta. Rita, porque seus vinhos não costumam decepcionar.
Comigo aconteceu um fato interessante. Tempos atrás comprei umas garrafas do Leyda Reserva Shiraz. A primeira que abri eu quase caí pra trás, o vinho estava com a qualidade muito acima para sua faixa de preços. Resolvi guardar um pouco as garrafas. Menos de um ano depois abri a segunda e... decepção, não tinha mais nada a ver com aquela primeira. Mais pra frente um pouco, abri outra. Mesma coisa, parece que o vinho estava caindo rapidamente de qualidade. Achei incrível porque foi pouco tempo, menos de um ano.
esse mundo no vinho é complicado!
Abraços,
Alexandre/DF
Oi Alexandre,
ExcluirSempre que bebi os Medalla fiquei satisfeito. Espero mesmo que o preço mais baixo não signifique queda de qualidade.
Será que aconteceu com este Santa Rita Syrah o mesmo que aconteceu com o Leyda que você bebeu? Pode ser que teve uma evolução (no caso, "involução"...rs), acelerada por algum motivo. Eu achei estranho porque muita gente falou bem dele. No entanto, teve o gringo que meteu a boca, tendo as mesmas impressões que eu tive. Acho que peguei as garrafas do mesmo lote das dele...rs.
Realmente esse mundo do vinho é complicado! Por isso às vezes não se pode estranhar quando alguém elogia e outro desce o sarrafo no mesmo vinho...rs.
Abraços,
Flavio
Ps. Logo vou experimentar também o tão falado Marques de Casa Concha 2011... Quero ver se corresponde.
Pois eh, esse caso do Leyda foi o mais impressionante mas já aconteceu algumas vezes com outros vinhos. Salvo engano tinha recebido uns 93pts da Decanter magazine. Quando tomei a primeira garrafa quase concordei com a nota.
ResponderExcluirRecentemente resolvi me aproximar um pouco dos vinhos nacionais e, seguindo algumas informações comprei umas garrafas, Salton Desejo 2008, Lidio Carraro Merlot 2006, e Valduga Cabernet Franc 2011. Todos vinhos bem comentados. Foi uma decepção, os vinhos estavam praticamente 'intomáveis". Tentei de tudo, decantei, deixei respirar mais, guardei pra tomar outro dia...
Eu tenho 2 garrafas do Marques 2011, gosto de deixar ele um ou dois anos quieto. Comprei por cerca de 60 reais. O preço da Wine já está na casa dos 100. Espero que esteja bom, vou aguardar sua avaliação.
grande abraço,
Alexandre (DF)
Oi Alexandre,
ExcluirFaz um tempo que não bebo uns nacionais. Costumava beber mais, mas depois do episódio das salvaguardas me afastei um pouco. Tempos atrás participei de uma degustação aqui em São Carlos e também não fui muito feliz. De vez em quando mando um Vallontano, que me agrada. Quero experimentar o Máximo Boschi, que dizem ser legal. Mas é dificil de achar por aqui.
Eu também acho que o Marques fica melhor depois de uns 5 anos, quando amacia. Também peguei um bom preço nele em uma loja virtual. Depois dos elogios da crítica, a turma mandou ver no preço do danado, né? Acho que desta semana não passa mandar uma garrafa dele para eu experimentar e postar aqui. Vamos torcer...rs.
Grande abraço,
Flavio