O negócio não foi brincadeira! O JP pegou pesado e chegou com um Vega Sicilia Único 1998 debaixo do braço. Não sei porque, mas o cara adora este vinho...rs. E nós agradecemos! Falar o que de um vinho desses? Quando vejo gente chamando de ícone vinhos de qualidade duvidosa, fico pensando com os meus botões sobre como chamariam um Vega Sicilia. Este 1998 estava uma delícia. Vinho com aromas de cerejas, ameixa, tabaco, café, terrosos e um fundinho de cedro. Em boca mostrava grande riqueza e elegância, típico dos vinhos desta bodega. Os taninos era sedosos e o final interminável, com notas especiadas e terrosas. Se transformava com o tempo em taça. Vinhaço, claro! Isso aí, JP! Matou a pau.
E nosso amigo Rodrigo fez um desafio ao JP, que com esta, já cumpriu duas vezes (veja aqui): Toda vez que o JP levar um Vega, ele levará um Valbuena, seu irmão "menor"! Que beleza! Ficamos tristes com o desafio, mas fazer o que? E desta vez o Rodrigo levou um Valbuena 2006. O vinho tinha características muito parecidas com a de seu irmão "maior" de 1998, mas com mais jovialidade. As notas terrosas do Vega não eram tão sentidas no Valbuena, que tinha mais frescor e mineralidade. Um vinhaço, que fica alí, pertinho de seu irmão maior. Valeu, Doc! Aguardamos o próximo desafio! rs. A propósito, os vinhos da Vega Sicilia eram importados pela Mistral, mas parece que agora migrarão para a Grand Cru.
E para continuar nos espanhóis, eu levei um Clos Mogador 2007, vinho top de René Barbier, o mago do Priorato. René é descendente de uma família de viticultores franceses que produzem vinhos desde 1200. Tive a oportunidade de conversar algumas vezes com ele em Encontros Mistral. É um cara sensacional, muito gentil e entusiasmado com seus vinhos. Este Clos Mogador 2007 é feito com uvas de baixo rendimento, sendo Garnacha 40%, Cariñena 22%, Cabernet Sauvignon 20% e Syrah 18%. A maturação é feita em barricas de carvalho de 300 litros (70% novas) por 18 meses. Eu abri o danado em casa e deixei 2 horas decantando antes de levar ao restaurante. E na hora, já senti seu poder. Os aromas invadiram a adega e ficaram lá por tempos. Notas florais, de cassis e framboesa, em meio à baunilha e outras especiarias, como cravo e canela. Com o tempo surgiram notas de chocolate amargo. Em boca era potente, balsâmico, com muito frescor e taninos presentes, mas muito corretos e que davam muita estrutura ao vinho. O final era daqueles intermináveis. Vinhão que teria ainda muitos anos pela frente. É importado pela Mistral.
Bem, eu vou passar reto pelo vinho levado pelo nosso querido Tom. Era um que a DOCG de Barolo deveria processar por usar o seu nome. Sorry, Tonzinho, mas o tal de La Marchesina não pode ser chamado de Barolo. Aliás, nem de vinho...rs. Como não foi você quem fez, posso malhar (como diria nosso amigo Fernandinho...rs). Mas semanas depois, o Tonzinho apareceu com um Flaccianello 2006, que nos fez esquecer fácil este Marchesina...rs.
O Caião, que está cada vez mais fã de italianos, levou um Rosso di Montalcino Siro Pacenti 2010. Eu "cansei" de beber Rosso 2001 do produtor, comprado em saudosos botas-foras da Mistral. É um ótimo Rosso que briga com muitos Brunellos da praça (inclusive no preço...rs). Este 2010 é bastante frutado, com notas de cerejas e ameixas, em meio a tabaco, baunilha e cravo. Em boca é fresco e bem frutado, com final abaunilhado. Uma delícia! Muito jovial! Importado pela World Wine.
E finalizo com o vinho que na verdade começou a noite, pois era um branco de estirpe levado por nosso amigo Paolão. Era o californiano Paul Hobbs Chardonnay Russian River Valley 2010. Este vinho é um Chardonnay top do produtor e é fermentado em barricas com leveduras indígenas. A maturação é por 12 meses, sur lies, com battonages, em barricas 52% novas. Não é submetido a clareamento nem filtração. O vinho tinha cor amarelo dourada, bem brilhante, e com aromas riquíssimos, de flores, melão príncipe, mexerica, baunilha e mel. Em boca, repetia o nariz, era mineral e com final longo e frutado. Uma beleza de vinho! Chardonnay riquíssimo. Importado pela Mistral.
Bem, e foi isso. O aniversário do JP é sempre muito bem comemorado! Merece!
E para continuar nos espanhóis, eu levei um Clos Mogador 2007, vinho top de René Barbier, o mago do Priorato. René é descendente de uma família de viticultores franceses que produzem vinhos desde 1200. Tive a oportunidade de conversar algumas vezes com ele em Encontros Mistral. É um cara sensacional, muito gentil e entusiasmado com seus vinhos. Este Clos Mogador 2007 é feito com uvas de baixo rendimento, sendo Garnacha 40%, Cariñena 22%, Cabernet Sauvignon 20% e Syrah 18%. A maturação é feita em barricas de carvalho de 300 litros (70% novas) por 18 meses. Eu abri o danado em casa e deixei 2 horas decantando antes de levar ao restaurante. E na hora, já senti seu poder. Os aromas invadiram a adega e ficaram lá por tempos. Notas florais, de cassis e framboesa, em meio à baunilha e outras especiarias, como cravo e canela. Com o tempo surgiram notas de chocolate amargo. Em boca era potente, balsâmico, com muito frescor e taninos presentes, mas muito corretos e que davam muita estrutura ao vinho. O final era daqueles intermináveis. Vinhão que teria ainda muitos anos pela frente. É importado pela Mistral.
Bem, eu vou passar reto pelo vinho levado pelo nosso querido Tom. Era um que a DOCG de Barolo deveria processar por usar o seu nome. Sorry, Tonzinho, mas o tal de La Marchesina não pode ser chamado de Barolo. Aliás, nem de vinho...rs. Como não foi você quem fez, posso malhar (como diria nosso amigo Fernandinho...rs). Mas semanas depois, o Tonzinho apareceu com um Flaccianello 2006, que nos fez esquecer fácil este Marchesina...rs.
O Caião, que está cada vez mais fã de italianos, levou um Rosso di Montalcino Siro Pacenti 2010. Eu "cansei" de beber Rosso 2001 do produtor, comprado em saudosos botas-foras da Mistral. É um ótimo Rosso que briga com muitos Brunellos da praça (inclusive no preço...rs). Este 2010 é bastante frutado, com notas de cerejas e ameixas, em meio a tabaco, baunilha e cravo. Em boca é fresco e bem frutado, com final abaunilhado. Uma delícia! Muito jovial! Importado pela World Wine.
E finalizo com o vinho que na verdade começou a noite, pois era um branco de estirpe levado por nosso amigo Paolão. Era o californiano Paul Hobbs Chardonnay Russian River Valley 2010. Este vinho é um Chardonnay top do produtor e é fermentado em barricas com leveduras indígenas. A maturação é por 12 meses, sur lies, com battonages, em barricas 52% novas. Não é submetido a clareamento nem filtração. O vinho tinha cor amarelo dourada, bem brilhante, e com aromas riquíssimos, de flores, melão príncipe, mexerica, baunilha e mel. Em boca, repetia o nariz, era mineral e com final longo e frutado. Uma beleza de vinho! Chardonnay riquíssimo. Importado pela Mistral.
Bem, e foi isso. O aniversário do JP é sempre muito bem comemorado! Merece!
Vejam abaixo a comprovação que decantei direitinho o Mogador...rs
Flavio, é cada postagem sua de nos deixar babando. Pela segunda vez, Único e Valbuena de uma só vez, e ainda com um Clos Mogador de sobra?
ResponderExcluirOlha, na viagem que fiz em abril a Ribera del Duero, trouxe, além de outros, como um Único 2000, um Valbuena 2006.
Quanto tempo achas que ele ainda tem para estar em sua plenitude?
Abs.,
Roberto.
Grande Roberto,
ExcluirPois é... Este desafio dos confrades é algo que me deixa feliz...rs. Bem, e com o Mogador de quebra o negócio fica ainda melhor.
Quanto ao Único 2000, deve ter longa vida pela frente. Mas acho que já é perfeitamente apreciável. Este de 1998 estava ótimo e não sei até que ponto ele ganharia muito com os anos. O Valbuena acho que chega ao ápice mais cedo. Bebi uns 1998 também tempos atrás, com 13 anos de idade e para mim, estava no auge (e muito bom!). Acredito que os Valbuenas atingem sua melhor forma com 10-12 anos. Depois estabilizam (nunca bebi um na descendente, felizmente). Este 2006 estava delicioso e já bem apreciável. Mas acho que ainda deve ganhar com adega.
Abraços,
Flavio
Olá Flavio,
ResponderExcluirEsses seus confrades vivem fazendo essas sacanagens...rsrs
Pois bem, estou saindo de viagem, e devo trazer uns figurões desses na bagagem obviamente.
Pelo que tenho olhado, o morgador comercializado é o 2012.....???!!! quanto tempo imagina pra ele??? Sinceramente devo optar por algum outro já mais evoluído pois sofrer com um bichão desses por 10 anos no mínimo não é minha praia.
Você sabe alguma outra boa opção do priorato?(l'Ermita está fora de cogitação)
Quem sabe consiga achar algum já mais evoluído.
Se tiveres mais algum outro na manga pra me indicar, além de priorato, (inclusive da Itália) ficaria feliz! (+/- 30/40 EU$)
Abração e bons caldos,sempre!
Marcelo
Caríssimo Marcelo,
ExcluirPois é... Esses confrades vivem aprontando. Mas estas sacanagens são bem-vindas! rsrs.
Olha, eu provei o Morgador 2011 e achei bem novo. É um vinho que pede um tempo de adega. Mas talvez dê para beber em menos de 10 anos. O Priorato tem ótimas opções. Eu gosto muito do Embruix e Mas Doix. Se encontrar, manda ver! De Rioja, Tondonia, CVNE e Ygay. De Ribera del Duero, Aalto (o PS é um pouco mais caro, mas é espetacular), Pago de Carraovejas, Pago de Capellanes, Sastre etc. Do Toro: San Roman e Numanthia.
Na Itália a oferta é maravilhosa! Se quiser Brunellos já entrando no ponto, os de 2004 são boa pedida. Tem muita opção nesta faixa de preço. Eu gosto de Capanna, Canalicchio di Sopra, Ciacci Piccolomini, Sasseti etc. Mas se quiser esperar, compre algum 2010, cuja safra foi espetacular. Quanto a vinhos feitos com uvas francesas, na Itália, tem dois que adoro: O Il Bosco, um super Syrah da Tenimenti Luigi D'Alessandro e o Galatrona, um Merlot fantástico da Petrolo. Este último é um pouquinho mais caro, mas é uma maravilha (muitos o comparam ao famoso Petrus). Tente também alguns vinhos do sul da bota, principalmente aqueles feitos com a Aglianico e Nerello Mascalese. Tem muita coisa boa e a bom preço.
Grande abraço!
Flávio
Olá Flavio...
ResponderExcluirO duro é justamente isso....muitas opções.....camarada acaba ficando perdido, mas tem que abrir mão não tem jeito de trazer todos.
Andei olhando e Brunellos tem muitos na região que irei (Siena), mas quero trazer suas recomendações de outras castas pra não ficar só neles.
Depois posto aqui como foi o "estrago"...rs
Abraço
Marcelo
Caro Marcelo,
ExcluirRealmente o difícil é escolher... rs. As opções são muitas. A disponibilidade de Brunellos em Siena não é brincadeira... Espero que aproveite! In loco o vinho fica ainda melhor. E sem dúvida, você voltará com as malas cheias de grandes garrafas. Aguardo aqui notícias sobre o "estrago"...rs. Boa viagem!
Abraços,
Flavio