segunda-feira, 6 de junho de 2016

Noite porreta na confraria: Brancos, Rosé Italiano e belos tintos liderados por um Manyetes 2003!

Casa cheia em reunião da confraria, com ótimos vinhos. Começamos com dois bons brancos e um rosé italiano... 
O primeiro branco foi levado por este que vos escreve. Havia bebido uma garrafa dele junto com o Paolão em semanas anteriores, e estava cansado... Mas era coisa de garrafa. Este Quinta do Falorca Encruzado 2011 estava muito bom. Frutas cítricas, toques florais, minerais e finalzinho picante. Bom para beber sozinho ou acompanhar peixe. Gostei! Ainda mais pelo valor que paguei no bota-fora da World Wine...
À direita do Falorca, um Pazo Barrantes 2013, Albariño de Marques de Murrieta levado pelo Little John. Nariz bem floral e com notas de maçã e tangerina, com toques amendoados. Em boca mostrava boa acidez, boa fruta e final floral. Um bom Albariño, que seria perfeito para o Salmão com Mel e Mostarda do Chef Bart... Já no ponto para ser bebido.
O terceiro da foto foi um Rosé Italiano levado pelo Thiago: Grótollo Rosato Toscano 2011, da vinícola Colle Massari. Um Rosé feito com Sangiovese majoritária, muito fresco, gostoso e perfeito para bebericar.

Passando para os tintos, o nosso amigo Rodrigo pegou pesado e levou um Val de Flores 2008. É um vinho para mudar o conceito daqueles que torcem o nariz para Malbecs e Michel Rolland. É potente? Claro... Mas tem grande elegância. Os aromas são deliciosos, de frutas maduras, amoras e framboesas em calda, em meio a figo e chocolate. Em boca era denso, mas sem ser enjoativo, com boa acidez, taninos redondos e final intereminável. Um grande vinho! Se tiver um desses, pode beber agora ou esquecer sem medo na adega. E nem preciso dizer que ele implora por um belo bife ancho...
Do lado dele, na foto, o Quinta Ponte da Pedrinha Reserva 2005, levado pelo Caião. É um Dão que apesar da idade, ainda vive. Ao nariz mostrava ameixa e especiarias, com um toque de chocolate. Em boca, repetia o nariz e mostrava taninos já bem domados pelo tempo. Um bom vinho, mas que já mostra o sinal dos tempos.
À direita do Pedrinha, o vinho levado pelo Tonzinho: Las Moras Gran Syrah 3 Valleys 2013. Seu irmão de 2012 já pintou por aqui (clique). É um vinho feito com Syrah de vinhedos cultivados em 3 diferentes vales: Zonda, Tulum e Pedernal. Passa 17 meses em barricas. O nariz é potente, com notas de amoras maduras, chocolate e especiarias. Em boca é denso, boa acidez e final longo, com notas de alcaçuz. Como citei para seu irmão de 2012, ele comprova a vocação da vinícola para elaborar bons Syrah. Eu queria bebê-lo daqui a uns 3-4 anos. JP e Tonzinho dizem que o anunciam na Argentina como melhor Syrah do mundo etc. Bem, espero que continuem a fazer um ótimo vinho e não caiam nessa...




O Paolão levou aquele que achei o top da noite: Manyetes 2003! O vinho é o segundo do Clos Mogador, obra do craque René Barbier. Aqui o negócio pega! Priorato de primeira grandeza, com nariz complexo, floral, mineral e com bela fruta. Em boca era intenso, mineral e com final muito longo e levemente herbáceo. Priorato na veia! Os 13 anos lhe fizeram muito bem! Vinhão!
O JP levou um Pôpa VV 2007, da Quinta homônima, que é feito com vinhas com mais de 60 anos, incluindo Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca. O estágio em barricas é curto, de apenas 4 meses, e a produção pequena, de apenas 3.000 garrafas. Ao nariz mostra fruta madura e especiarias. Em boca, repete o nariz, possui toques terrosos e mostra final longo e especiado. É um vinho sem excessos e com bom frescor. Acho que foi injustiçado pela turma, que não gostou muito dele. Penso que ele ficou um pouco "ensanduichado" entre vinhos mais potentes, como o Val de Flores e o Manyetes. Mas achei um bom vinho. De qualquer forma, o que tenho não levarei para a turma, visto que torceram o nariz...rs.
Isso aí!

4 comentários:

  1. Val de Flores é simplesmente excelente, pra mim um dos melhores malbecs da Argentina junto com Colomé, Linda Flor e Carmelo Patti. Esse Syrah da Las Moras já bebi duas vezes e não me convenceu, é bom mas não é bom rs. Grandes vinhos, saudades das postagens mais constantes, mas como vc disse é preciso dar uma parada de vez em quando. Grande abraço irmão!!!

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    1. Grande Hélio!
      Realmente, o Val de Flores é muito bom. Um representante fiel de grandes Malbecs argentinos. Se eu pudesse pedir algo a mais no Las Moras, pediria um pouco mais de mineralidade...rs.
      Eu estou com várias postagens no forno e devo soltá-las logo. Tem muito vinho vindo por aí...
      Grande abraço!
      Flavio

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  2. Fiquei muito interessado neste Syrah da Las Moras. Saberia indicar alguma loja online que comercialize este produto?

    Estou iniciando uma página sobre vinhos brasileiros. Se tiver tempo de passar os olhos e dar uma sugestão, te agradeceria.
    http://winesfrombrazil.wordpress.com
    Abraço,
    Figueiredo

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    1. Caro Figueiredo,

      Os Las Moras são importados pela Decanter. Este, especificamente, pode ser encontrado no link: http://www.decanter.com.br/las-moras-gran-shiraz-3-valleys-2011-750ml/p00189511

      Vou visitar o seu blog, com certeza!

      Abraços e obrigado pela visita.

      Flavio

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