segunda-feira, 27 de junho de 2016

Paulinho triunfou com um CH by Chocapalha 2008, em noite com belos vinhos!

Em noite cheia na confraria, o Paulinho, Rei dos Portugas, matou a pau novamente, e desta vez, com um vinho de Lisboa: CH by Chocapalha 2008! É o segundo vinho da foto, com o rótulo escuro. Ele é feito pela enóloga Sandra Tavares da Silva em homenagem a sua família, de origem suíça. É um 100% Touriga Nacional, elaborado com uvas de vinhas velhas, fermentado em lagares e maturado por 24 meses em barricas novas de carvalhos francês. Os aromas são riquíssimos, com notas florais da Touriga, domadas, sem exageros, em meio a framboesa, cassis, chocolate amargo e um mentolado bem evidente, muito charmoso. Em boca era igualmente rico, com ótima acidez que lhe conferia muito frescor, mineralidade e taninos firmes. Uma beleza de vinho, que pedia a cada momento uma nova taça. Foi mudando com o tempo e no final da noite estava bem macio. É muito legal acompanhar sua evolução. É um dos melhores Touriga Nacional que apreciei recentemente. Excelente! O Paulinho fez sucesso novamente com um português.
Não gastarei muitas linhas com o vizinho esquerdo dele na foto, o Roquette e Cazes 2012. Isso por que ele já pintou por aqui. Desta vez, foi levado pelo Rodrigo, e obviamente, também fez sucesso. Só quero citar que o vinho está uma beleza. É para mim um dos melhores da linha: Belo nariz e intenso em boca, com muita presença. Ótimo vinho!
À direita do CH, um ótimo riojano levado pelo Caião: Marqués de Murrieta Reserva 2010. Belos aromas de cereja, baunilha e outras especiarias. Em boca, muito macio, bom frescor e taninos redondos. A madeira é presente, mas muito bem integrada. Delicioso! O melhor Murrieta Reserva que bebi.
Um pouquinho mais à direita, no meio da foto, um Ribera del Duero levado por este que vos escreve: Torre de Golban Crianza 2008. Antes, este vinho da Dominio de Atauta, era chamado Atalayas de Golban. Mudou na safra de 2007. Gosto dos vinhos deste produtor, principalmente, do mineral Domínio de Atauta. Mas o Golban mostra também qualidade. Tem um lado austero que aprecio. Ao nariz mostra notas de ameixa, cereja e tabaco. Em boca mostra maciez, boa acidez e um final de boca com toque de café. Vinho gostoso, que desce fácil. 
Seguindo na foto, um Chateau du Cédre Le Cédre 2007. O JP chegou com este vinho perguntando se não havíamos levado vinho pesado para matar o francês dele...rs. Mas foi justamente o contrário. Foi o mais pesado da noite. O vinho é um Malbecão de sua origem, Cahors, muito intenso, denso, tanto nos aromas quanto em boca. Bem rico ao nariz, com notas de cereja madura, framboesa e pasta de figo, em meio a café, chocolate e especiarias. Em boca, bem potente, denso, mastigável, lembrando Malbecs argentinos de peso. Mas ao mesmo tempo que mostrava o lado denso e frutado, tinha acidez para contra-balançar. Mas mesmo assim, apesar de gostoso, é daqueles vinhos que satisfaz com uma taça, devendo ser bebido em grupos grandes.
Caminhando no sentido contrário, o vinho levado pelo Thiago: Kumeu River Pinot Noir 2009. Como um bom PN neozelandês ele mostrava boa clareza e frescor. No começo, um pouquinho nervoso, mas em pouco tempo foi se equilibrando na taça e se mostrando um PN muito gostoso, com boa fruta, acidez correta, mineralidade e especiarias. Pede comida! Muito bom vinho.
E para finalizar, um Pulenta XI Cabernet Franc 2011. O vinho apresentava um nariz apimentado, amoras, azeitonas e chocolate amargo. Em boca, repetia o nariz, era concentrado e mostrava final longo e especiado. Um pouco doce para o meu gosto. Aliás, é um vinho que já gostei mais.  Ele era um Cabernet Franc argentino que se destacava. Mr. Parker (ou o pessoal de sua equipe) sempre lhe outorgava belas notas. Atualmente, a casta caiu na graça dos produtores argentinos, e há muitos outros no mercado para competir. Este é no estilo para quem aprecia vinhos mais novomundistas, concentrados. 
Isso aí!


2 comentários:

  1. olá flavio,
    Quanto vinho bao!
    Este chocapalha CH provei no adega alentejana road show, juntamente com o chocapalha vinha mãe, que espetaculo! Infelizmente nessas degustações não temos tempo de ver a evolução em taça.
    Espero algum dia tomar tanto vinho bom em um só dia!
    Grande abraço
    Renato Lopes

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    1. Caro Renato,
      Pois é, muito vinho bão! rs.
      Os Chocapalha são muito bons, não? Mas realmente, quando se prova em um evento, a gente não tem a chance de acompanhar a evolução. No entanto, se a gente gosta no evento, certamente gostaremos demais quando bebermos com mais calma.
      Eu tenho a sorte de fazer parte desta turma de doidos que adoram vinho bão! A turma pega pesado, levando a risca o negócio da vida ser curta para beber vinho ruim...rs. Às vezes o tempo é curto também e não dá para beber todos os vinhos nas condições corretas. Mas a turma não tá nem aí...rs. Mandam ver. E eu, acompanho...rs.
      Grande abraço!
      Flavio

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