Tempos atrás fui a Ribeirão Preto participar de uma degustação da Mercovino. Ótima recepção do Ricardo e bons vinhos para apreciar. Vou destacar apenas alguns que me chamaram a atenção.
O primeiro foi o de abertura, um Chablis Seguinot-Bordet 2013 muito fresco, com notas de pera e cítricas, em um fundo mineral muito legal.
Nos tintos, destaque total para um Barolo Cascina Ballarin Bussia 2007. Foi o rei da degustação. Bem, sou suspeito em se tratando de Barolo, mas este estava uma delícia! Notas típicas de pétalas de rosas, morango, funghi secchi e especiarias. Em boca mostrava grande complexidade, taninos redondos e final longo e especiado. Barolo no ponto exato!
Do lado do Barolo tinha um Amarone della Valpolicella Corte Majoli 2011 muito gostoso, denso e de longo final. Dê-lhe tempo...
Dois vinhos chilenos me surpreenderam por fugirem daquele perfil apimentado, goiaba etc. Um deles era um Lauca Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2011, feito na terra de meu hermano Ariel, Talca, no Vale do Maule. O vinho tem aromas de cassis, amoras, alcaçuz e chocolate amargo, em meio a toques terrosos. Em boca, repete o nariz e tem um ótimo final de boca. Muito bom vinho, para quem quer beber um chileno com características distintas da maioria. Quero experimentar os outros do produtor. O João Filipe Clemente comenta em seu blog sobre o Reserva, destacando a ausência do pimentão e a goiaba, e o bom preço. É um vinho a ser conhecido. Pode comprar, e se não gostar, pode escrever aqui.
O outro
chileno, localizado alí pertinho de Talca, em Curicó, foi um Matapenquero 5,
dos Viñedos Puertas. Esse é um blend secreto, de uvas de 5 diferentes terroirs.
Passa 18 meses em barricas. Também é muito bom! Notas de frutas maduras e
tostadas, em meio a chocolate e especiarias. Acho que é mais caro que o
Lauca...
Tinha ainda
muita coisa boa. Gostei do Barbaresco Bondino 2011, de Piero Busso; dos
bordeaux Domaine du Compostelle 2011 (Pomerol) e Chateau Tayac Cuvée Nicolas
2012 (Margaux), ambos bons, mas ainda bem fechados; Clos de Chacras Gran
Estirpe Blend 2010, complexo e com muita presença (assim como seu irmão
Malbec); Juan Gil, etc. E ao final, para arrematar, um ótimo Marsala Francesco
Intorcia Virgine Secco Vintage 2004, para acompanhar ótimos doces que estavam
sendo servidos. Uma delícia de vinho! Notas de frutas secas e laranja em meio a
toques especiados. Em boca era intenso e com final longuíssimo! Uma
beleza!
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Mesa com queijos, pães e sobremesas... |
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Espumantes |
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Saint Joseph ainda novo, Capatosta (sou fã) e Touriga Solar dos Lobos (floral e fresco)... |
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A produtora do vinho Palacio Queimado estava lá... Vinhos de boa presença e bom preço. |
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