Ontem os vinhos levados pelos confrades estavam muito bons. O João Paulo, nosso querido JP, levou embrulhado um LAN Reserva 2005. Bem, bati o naso e já mandei um Rioja. Embora com tempo de taça, no fundinho, ele induzisse até outra nacionalidade. O vinho parecia mais novo e tinha notas de cereja, casca de laranja, especiarias e herbáceas. Os taninos ainda aparecem e a madeira deixa sua marca no final de boca. É um vinho seco, fresco e gastronômico. Deve ganhar elegância com alguns anos de adega. Bem, os confrades, inclusive o JP, o deixaram na rabeira dos vinhos apreciados. Mas é um bom vinho.
O Paulão levou uma novidade de Ernesto Catena, o Alma Negra Pinot Noir 2008. O vinho é feito com uvas de um vinhedo de altitude (1.300 m), que segundo o produtor permite um perfeito amadurecimento desta cepa, que é temperamental. Apenas 50% do vinho é maturado por 14 meses em barricas de carvalho francês. O restante é mantido em cubas de aço. Isso mantém as características da cepa e dá frescor ao vinho. É um vinho maduro (até um pouco demais para o meu gosto), bastante aromático e com notas de goiaba e cereja maduras. Em boca é bem gostoso, redondo, com tudo no lugar. É Pinot Noir de novo mundo, não remetendo muito aos borgonhas. No entanto, depois de algum tempo em taça começa a expressar algumas características interessantes. Eu acredito que em alguns anos poderá mostrar novas facetas. Um bom vinho de Ernesto Catena.
O Caião levou o também riojano Muga Reserva 2004. Este vinho foi top 100 da Winespectator em 2008, com 91 pontos da revista. É um vinho de uma belíssima safra e que tem consistência. Ao nariz, notas de cereja madura e casca de laranja, além de um leve caramelo. Em boca está bem redondo, com bom corpo e taninos já domados. Foi um dos melhores da noite. É vinho que deve melhorar ainda nos próximos anos. O difícil é achar esta safra no mercado.
Eu levei um vinho que gosto muito, o Aliara 2007. Eu apreciei há alguns anos atrás o 2001, que estava uma maravilha. O Aliara é um vinho top da vinicola chilena Odjfell. Este 2007 é feito com as uvas Cabernet Sauvignon (10%), Carignan (35%), Malbec (26%) e Syrah (29%). Vejam que é um corte sem a Carmenére, atualmente onipresente nas mesclas chilenas. É um vinho muito complexo. Os aromas de frutas, como o cassis e figo, se mesclam a notas tostadas, de especiarias (noz-moscada e canela), café e chocolate com leite. Em boca é amplo, muito elegante e aveludado, com taninos muito finos. O final é muito gostoso. Um vinho agradabilíssimo! O JP achou muito bom, mas um pouco doce. Acho que realmente tem esta característica, talvez aportada pela Malbec, mas não penso que influencie na grande qualidade do vinho. Aliás, ele acompanhou o filé ao molho Pavarotti muito bem, e acredito que deve ser uma companhia muito boa para um carré de cordeiro assado ou um bom bife de chorizo. A propósito, é comercializado pela Worldwine.
Olá Pessoal, tenho algumas garrafas do vinho Muga reserva 2004, quem tiver interesse me dá um tok, podemos trocar por outros vinhos que me interessem.
ResponderExcluirAbraços
Caro amigo,
ResponderExcluirSó faltou seu nome e contato.
Abraços,
Flavio
Caro amigo,
ResponderExcluirSe quiser tenho algumas garrafas do Marques de Riscal Reserva,ótima safra para trocar pelo Muga!
João Paulo
Olá Amigo, quantas garrafas você possui deste 2004 e por quanto quer vende-las? Abraço. Caio
ResponderExcluirOlá pessoal!!!
ResponderExcluirTenho apenas 02 garrafas do 2004 por 126 cada, depois tenho da safra 2006 por 96.
Marcelo Novaes
Topvinhos@hotmail.com