terça-feira, 26 de julho de 2011

Landó 2008, Cuvée Alexandre Syrah 2007, Chateau de Macard 2009 e Las Acequias 2007

Nessa última semana o amigo Tom levou um vinho ainda não comercializado no Brasil, mas que espero chegue brevemente. É um novo rótulo das Bodegas Caro, aquela que produz o muito bom Amancaya e o excelente Caro. Bem, o nome Caro vem de CAtena e ROthschild. Há como esperar algo que não seja muito bom?
Mas o vinho em questão é uma novidade. O Landó 2008 é um vinho produzido com 60% Malbec e 40% Cabernet Sauvignon (o Amancaya é 50/50), de vinhedos localizados em Agrelo, Gualtallary, Tupungato e Las Compuertas. O nome Landó vem de Landeau, que em francês é uma carruagem grande, elegante. E queriam mesmo dar destaque a elegância do vinho. Ele descansa 14 meses em barricas francesas de primeiro e segundo uso. O vinho tem cor rubi com tons violáceos. Ao nariz, mostra notas de frutas bem maduras, como cassis e ameixa, além de toques achocolatados e de baunilha. Em boca o ataque é doce, com taninos bem redondos e bem aveludados. Vinho muito gostoso, mas não muito melhor que o Amancaya. Já pode ser apreciado sem problemas ou guardado um tempo na adega. [Nota pós-postagem: Há pouco tempo falei com meu amigo Vitor, do blog Louco por Vinhos, e ele me disse que o Landó foi feito para ser o vinho base da linha, abaixo do Amancaya (chamado Petit Caro na Argentina). No entanto, o Landó foi muito bem sucedido e seu preço acabou subindo, chegando perto do Amancaya].
O Caião levou um vinho de primeiríssima, da chilena Casa Lapostolle, a mais francesa das vinícolas chilenas. O vinho era um Cuvée Alexandre Syrah 2007. Todos gostaram muito. É vinho do tipo maduro, mas menos que o Montes Alpha Syrah. Possui notas típicas de chocolate e café, e muita amora madura. É um vinho que tem boa mineralidade, embora muito menos que um vinho do vale do Limarí. Em boca é untuoso, suculento e com final longo e agradável. Um belo vinho, encontrado na Mistral.
João Paulo e eu fomos responsáveis pelas decepções. Eu levei um bordozinho simples, mas que levou 90 pontos da Winespectator, o Chateau de Macard 2009. Bem, pode-se pensar que o vinho estava novo, mas bordeaux superieur são vinhos mais simples e que podem ser tomados mais jovens mesmo. Não são feitos para aguentar muito tempo de adega. O negócio é que estava ralo mesmo. Quando abri até mostrava uma boa fruta, mas depois de um tempinho aberto se esvaiu. Não gosto de vinho que some depois de um tempo.
O JP levou um cabernet sauvignon argentino, o Las Acequias 2007, que também teve 90 pontos do Parker (diga-se Wine Advocate). Um vinho ralo, doce, sem presença. Parecia um pinozão melado. Não encontrei outra definição. Ou seja, todos nós fomos categóricos ao discordar dos "não-sei-como" 90 pontos outorgados aos vinhos citados, os quais, não recomendamos!

3 comentários:

  1. A vida é muito curta realmente para ficar bebendo vinho ruim e é exatamente por isso que leio diariamente esse blog. Sendo assim, Flavinho e principalmente João Paulo, por favor, abram suas adegas e não o armário. Abraço. Caio

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  2. João Bola,

    Pra variar...Levando o troféu Palo Alto!!!

    Boa, Flavitz!

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  3. Carissimos Tom e Caio!
    Pois é... desse jeito vou ter que mudar o nome do blog! Mas pode deixar que na quinta vou me redimir!
    Abração,
    Flavio

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