sábado, 4 de fevereiro de 2012

Uma noite de vinhos mais modestos na Confraria do Ciao

Nesta última quinta-feira foram levados bons vinhos na confraria. Nenhum acima de 100 pilas. E alguns bem abaixo disso. Mas todos agradaram. Eu levei o Duriense Vinha Grande 2007, das Casas Ferreirinha. Já comentei sobre o 2008 aqui no Vinhobão. Este 2007 está um pouco diferente, mais maduro e aberto. Aromas de amora e cereja em meio a notas de chocolate e leve tabaco. Em boca, muito redondo, correto e elegante, como é marca das Casas Ferreirinha. É comercializado pela Zahil, e em São Carlos, pela Mercearia 3M.
O JP estava lá com um vinho embrulhado, que me agradou logo na cor rubi bonita, e ao nariz, com aquelas notas de estrebaria e tabaco, em meio a groselha. Em boca, gostoso, com leve tanicidade, mas nada que incomodasse. Rodrigo e eu chutamos ser um brasileiro, mas nada de acertar a uva. Era um Don Laurindo Tannat 2007. Bem diferente dos Tannat uruguaios, mas com corpo e lembrando vinho francês. Eu gostei bastante.
O Caião levou um Três Palácios Merlot Family Vintage Grand Reserve 2006. Esta vinícola boutique chilena é reconhecida por produzir bons vinhos com a Merlot. Este até parecia um pouco o Don Laurindo, o que nos levou a pensar que o anterior era um Merlot. Mas não tinha aquelas notas de estrebaria e tabaco tão evidentes. O vinho tinha notas de ameixa, groselha e um tostado gostoso. Em boca, encorpado e levemente tânico. Eu gostei dele também. Os vinhos Três Palácios eram comercializados pela Fasano, agora, provavelmente pela World Wine.
O amigo Rodrigo levou mais um daquele série de espanhóis bem pontuados pelo Mister Parker e com bom preço, vendidos pela Grand Cru. Desta vez foi um da região da Calatayud, biodinâmico feito com as uvas Aragon, Provechon (ambas clones de Garnacha) e Carigñena. Era um Pieza el Coll Aragon 2008. Vinho leve, com aromas adocicados de marmelo, que se repetiam em boca. Bem redondinho, doce e fácil de beber. Não decepcionou. Deve agradar a mulherada que é uma beleza (nem todas, claro). Mas peraí Mr. Parker! 90 pontos na média para estes vinhos é brincadeira! Parece que a escala do Parker começa em 90... rs.
O amigo Tom levou um que há tempos não bebia, o Los Vascos Grande Reserve Cabernet Sauvignon 2009. Eu gosto dos vinhos desta vinícola chilena, propriedade dos Rothschild. Ele é sempre correto. Este tinha notas de cassis, café, tostado e grafite. Em boca, redondo, com taninos corretos e um final médio. Também gostei!
Bem, e foi isso, noite com vinhos bons e de bom preço.

4 comentários:

  1. É Flavitz,
    Bom vinhos abaixo dos cem!!!
    Acho que semana que vem vamos ter que comemorar a volta do Paulão,prepare a adega!
    Abs, JP

    ResponderExcluir
  2. Isso aí JP! Bem, eu não quis comentar que o Vinha Grande foi o destaque... mas... rsrs...
    Sem dúvida teremos que abrir a adega para a volta do Paulão! Desde que ele abra a dele, fechada há tempos, não??? rsrs...
    Abração!
    Flavitz

    ResponderExcluir
  3. Sem querer fazer apologia ao Parker (até porque os vinhos que gosto não são os que ele gosta), os vinhos espanhóis, assim como australianos, portugueses e sul-americanos eram avaliados pelo Jay Miller, que avaliava bem até café gelado. Parker só avalia Bordeuaux e Rhone, até Califórnia ele passou a bola.

    ResponderExcluir
  4. Você tem toda razão Eugênio! Na verdade, onde escrevo Parker, leia-se "Wine Advocate". Bem, mas Mr. Parker deve assumir a responsabilidade pelos seus comandados... Afinal, é o nome dele que está na reta. A não ser na hora de um escândalo, como o do Jay Miller. O engraçado é que Mr. Parker é rigoroso com alguns Bordeaux, dando notas menores que a WA dá a muitas geléias do novo mundo.
    Abraços,
    Flavio

    ResponderExcluir