quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Poggio a'Frati Chianti Clássico Riserva 2006: Itália na veia!

Fico feliz quando acerto uma compra em algum bota-fora (quem não gosta?). Pagar um preço justo por um bom vinho o deixa ainda melhor. E este eu adquiri 2 anos atrás, em um bota-fora da Mercovino. Lembro que peguei a última garrafa do 2006 em meio a algumas 2004. Bem, as duas safras foram boas, mas a 2006 foi uma das melhores dos últimos tempos na Itália. Por isso, queria uma garrafa dele. Mas acredito que o 2004 devia estar tão bom quanto. O vinho é um Poggio a'Frati Chianti Clássico Riserva 2006, da vinícola Rocca di Castagnoli. Já comentei aqui no blog sobre outro vinho da vinícola, o Buriano, feito com Cabernet Sauvignon (clique aqui). Bem, mas este Chianti Poggio a'Fratti Riserva 2006 me agradou ainda mais, pois tem mais alma italiana. Isso porque, obviamente, é feito majoritariamente com a rainha Sangiovese (95%), mais uma pitadinha de Canaiolo (5%). O danado é maturado por 15 meses em barricas de carvalho e um ano em garrafa antes de ser comercializado. Ao nariz mostra notas de cereja preta, tabaco e alcaçuz. A fruta é um pouco suplantada pelas notas de tabaco e alcaçuz, mas nada que comprometa. Em boca, tem boa intensidade, ótima acidez e taninos já domados. Vinho muito bom e gastronômico por natureza. Só faltou a bisteca fiorentina para acompanhar. Pena que era a última garrafa...

Nota: Li no blog do amigo Vitor, que é Louco por Vinhos, uma postagem sobre o 2004. Nela o amigo cita que o referido Chianti bate muitos Brunellos por aí. Concordo plenamente! Aliás, com relação aos famosos (e maravilhosos) Brunellos há que se ter cuidado: Infelizmente tem muito Brunello meia-boca no mercado. Desta forma, como sempre, é bom se atentar ao produtor.

2 comentários:

  1. Flávio, valeu pela referência ao meu puxadinho, rsrs.
    Tentei comprar esse 2006, mas esgotou mesmo. Pela sua descrição, acho que o produtor fez vinhos muito parecidos para as safras 2004 e 2006. Vou deixar minha outra garrafa guardada, pra gente beber quando surgir uma oportunidade.
    E não tenho dúvida: entre um bom Chianti Riserva e um Brunello genérico e baratinho, fico com o primeiro.
    Abs.

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    1. Oi Vitor,
      Na época eu revirei a loja e peguei a última garrafa do 2006. Mas a própria pessoa que me vendeu disse que o 2004 estava muito bom. Guarda a danada então! Quem sabe não bebemos em uma nova reunião de Loucos por Vinhos tomando Vinhobão? rsrs.
      E concordo com você: Melhor um Chianti Riserva (ou um bom Rosso) que Brunello genérico!
      Grande abraço,
      Flavio

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