Tempos atrás o amigo Rodrigo, do excelente Vinhos e Viagens, disse que postaría sobre uma degustação de Carménères, que incluia um exemplar brasileiro. Fiquei curioso, porque não havia, até aquele momento, ouvido falar de vinhos feitos com essa casta no Brasil. O Rodrigo ainda não publicou o resultado da degustação, mas na semana passada, de passagem por um supermercado de Ribeirão Preto, vi o danado do Carménère na gôndola: Aurora Pequenas Partilhas Carménère 2009. Não tive dúvidas: Esqueci um pouquinho o negócio das salvaguardas e por pouco mais de 30 pilas levei o danado para casa. E nesse final de semana o apreciei. Que boa surpresa! O vinho, que tem cor rubi clara bonita, mostra aromas típicos da casta: Notas de pimentão, frutas vermelhas e um fundo herbáceo e especiado. Em boca, repete o nariz e é vivo, alegre, com boa acidez. O vinho pede comida (tem gente que fica bravo quando se utiliza o termo "gastronômico"...rsrs). Não tem excesso de extração, comum em muitos Carménères chilenos. Vi alguns comentários na rede que ressaltavam um certo dulçor final, mas não notei. Aliás, achei o vinho mais seco que a maioria dos seus primos (bem mais famosos) chilenos. Parece que ele passa por madeira, mas apenas 6 meses. Ela não deixa marcas.
Peraí! Não vai pensando que é um "hiper super premium Gran Reserva Especial". É um vinho gostoso, de bom preço e boa opção para o dia-a-dia. Vale a pena experimentar.
Flavio,
ResponderExcluirJá o vi por aí, mas não comprei.
E tendo boas referências do amigo, deve valer a compra mesmo.
Vi que falaste no herbáceo, que é algo que às vezes me incomoda num carmenere.
Nesse vinho, como se comportou essa nuance?
Abraço!
Grande Alexandre!
ExcluirConfesso que o herbáceo exagerado também me incomoda. Mas se for na medida certa, eu encaro. Esse não tem exagero. Mas é aquele negócio: A percepção do herbáceo também varia de pessoa para pessoa. Tenho um amigo que sente o cheiro da Carmenérè de longe, e fica incomodado com o apimentado dela. Experimentando, você verá que ele é mais seco que os Carmenénères usuais. A fruta é presente, mas não estilo "geléia". Isso me agradou nele, que acompanhou bem comida.
Grande abraço,
Flavio
Blz Flávio
ResponderExcluirConfesso que não bebi muito carménère, mas usando o chavão das uvas emblemáticas...eis aqui uma vinho típico chileno. Há muito tempo tomei um Selec.del Direct.Gran Reserva Carmenere 09 da vínicola Sta.Helena; um vinho muito aveludado e com persistência final bem prolongada (além de estar na faixa dos abaixo de R$40,00)
Abs
Orlando
Oi Orlando,
ExcluirEu ainda não provei o Seleción Carmenére. Os Seleción são vinhos de bom preço pelo que oferecem. Apenas acho que estão exagerando na extração e na madeira. Se dessem um jeito nisso, seriam imbatíveis na sua faixa de preço.
Abraços,
Flavio
Flavio tente provar os Carmenére brasileiros Benedicto (Eduardo Zenker) que é um vinho muito exótico e o Fabian Carmenére. Abraço.
ResponderExcluirGrande Eugênio! Valeu pela dica! Quando os encontrar (onde?), colocarei na cesta.
ExcluirAbraços,
Flavio
O Benedicto Carmenére teve aqui no estande do DCV na Vinum Brasilis via Eduardo Zenker (você o acha no Facebook)e o Fabian Carmenére na La Charbonade que fica em Canoas/RS.
ExcluirValeu, Eugênio!
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