O amigo Paolão achou a chave de sua adega e resolveu levar um vinho bão! E foi providencial, pois já estamos quase no meio do ano e a chance dele ganhar o troféu Yellow Tail em 2013 estava aumentando a cada dia. Mas ele começou a se redimir levando um Chateau Pichon-Longueville Baron 1995. O vinho, um 2ème da denominação Pauillac, é comumente conhecido como Pichon Baron. O Chateau já foi parte de uma propriedade maior (Pichon-Longueville), que incluia o Pichon Longueville Comtesse de Lalande. No entanto, em 1850 a propriedade foi separada em duas. O negócio dos nomes é meio confuso mesmo. O seu vizinho Comtesse acumulou mais reputação nesses anos e costuma ter um preço mais salgado.
Bem, mas vamos ao vinho.
O rótulo, dessa garrafa em particular, estava um negócio à parte. Parecia que o vinho tinha passado por uma guerra. Mal dava para ler as inscrições. Mas eu gosto de rótulos assim. Acho legal. No entanto, o vinho estava intacto e muito bom. Esse exemplar, da ótima safra de 1995, foi feito com 60% Cabernet Sauvignon, 35% Merlot, 4% Cabernet Franc e 1% Petit Verdot. A garrafa já mostrava depósito, mas o vinho tinha uma bela cor rubi, bem límpida. Ao nariz apresentava notas florais, tabaco, cereja e cassis, além de transbordar sous bois e mostrar notas de especiarias (alcaçuz e cravo de India). Foi ganhando complexidade com tempo em taça. Em boca, repetia o nariz, era seco, tinha acidez perfeita e taninos sedosos. O vinho tinha ótima intensidade e final longo. Os 18 anos lhe fizeram muito bem. Um ótimo bordeaux, com frescor e elegância. Isso aí, Paolão: Começou a recuperação! rsrs.
Ps1. Veja aqui a postagem sobre o 1999
Ps2. Obviamente, o negócio do troféu para o Paolão é brincadeira, pois ele costuma levar vinho bão prá turma...rs.
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